Início Colunas #55 – De músico para músico – A importância de merchandising

#55 – De músico para músico – A importância de merchandising

Banda ensaiando, criando músicas, fazendo shows, gravando, enfim, na atividade.

Como fazer para que as pessoas que não são os nossos amigos próximos possam saber da nossa existência? E também, como fazer para nos aproximarmos dos amigos próximos?

Obviamente todos nós que apreciamos música temos algum item além da música em si, seja física ou digital que nos faz remeter ao ou aos artistas que mais temos carinho ou afinidade.

Pode ser a famigerada camiseta preta com a capa do disco favorito, pode ser um adesivo no carro, uma caneca personalizada, um chaveiro, etc, etc, etc. Há inclusive bandas gigantes com itens até mesmo inusitados e bizarros.

Com o passar do tempo, o comum fica básico demais e começam a virar clichê. Com isso começam a surgir novidades no mercado. Hoje é comum a fabricação de bebidas com o rótulo da banda, como cervejas, vinhos, gin, cachaças, dentre outras.

Aí vem o questionamento: O que e como fazer para a minha banda?

Ponto inicial – Qual é a sua base de fãs atual?

A pergunta é muito importante pois define uma média de investimento a se fazer para criação de itens.

Nesta altura da vida da banda é de se esperar que já exista uma marca criada com logotipo, arte, capa de disco ou algo que o valha que tenha a identidade visual da banda refletida ali.

Se existe uma quantidade de pessoas interessadas no seu material que lhe passe uma segurança de compra de material, podemos pensar nos itens a se produzir.

Básicos: Camiseta, adesivo, chaveiro, palheta ou afins. (Venda até R$50,00)

Intermediários: Moletom, caneca, bonés ou afins. (Venda até R$150,00)

Avançados: Cervejas ou itens perecíveis, pacotes de viagens, itens mais elaborados ou atípicos. (Valor variado)

Nas três categorias percebe-se diferenças de valor e de interesse. Se seus fãs te dão uma segurança de compra, faz sentido produzir cervejas, por exemplo. Caso não haja compra, a produção irá estragar gerando prejuízo. Já nos casos básicos, os itens permanecem vendáveis independente do tempo que demorarem para serem vendidos.

Ponto secundário – Meu material é facilmente reconhecível?

É fatalmente importante que sua marca seja vista. Não há dúvidas sobre isso, mas a sua marca é forte ao ponto de fazer com que uma pessoa que não te conheça venha a sentir vontade de conferir sua música só pelo fato de ter visto a marca estampada no peito de alguém?

Claramente o tópico deixa questionamentos a serem respondidos por alguém que entenda da matéria, mas todos nós como fãs de diversas bandas sabemos e entendemos que as cores, formas, clarezas ou obscuridades da arte que estamos mostrando ou consumindo fazem efeito em quem vai procurar material.

Quem nunca comprou um disco pela capa que atire a primeira pedra (ok, sou velhinho, comprei muito disco e cd apenas por capa…)

Retificando para os tempos modernos: Quem nunca clicou para ouvir uma música só por causa da arte?


Sobre lojas:

E como e onde eu posso produzir tudo isso?

Vivemos na era digital, hoje em dia é raro quem compre qualquer tipo de material na loja mais próxima de casa sem antes verificar a trinca qualidade x preço x praticidade na internet.

Claro que o melhor pode ser sim a loja perto da sua casa, mas hoje em dia quem não pesquisa simplesmente não existe.

Como pesquisar?

– Busque por lojas especializadas e com boas referências;
– Analise as reclamações em sites especializados (padrão reclameaqui);
– Se não houver limite de encomenda (o que considero um ponto super positivo), faça um pedido para testar tanto a qualidade quanto o cumprimento de prazos (entrega e fabricação);
– Havendo limite, é bem legal fazer um pedido de teste;
– Seja um cliente legal. Envie seu material dentro das especificações solicitadas pela loja. Caso não existam as especificações, não deixe de perguntar antes de enviar.

Com certeza montar a lojinha de itens da sua banda nos seus shows vai servir para fazer um caixinha extra e vai te trazer bons frutos em relação ao crescimento da base de fãs.

“Quem não é visto não é consumido” é um jargão muito utilizado na área de vendas e é impossível discordar.


Tecladista desde cedo, produtor musical, atua exclusivamente na área musical com bandas, aulas e estúdio.