Estou eu em mais um evento organizado pela banda As The Palaces Burn acompanhando e desta vez em uma edição especial, eis que realizado em uma sexta feira 13, data emblemática aos admiradores dos filmes de terror. Mais um baita evento organizado por esta galera que eu admiro faz tempo!
O lugar? Meteoro Estúdio, e aqui enalteço o Meteoro por mandarem muito bem ao criarem um espaço para shows, atendendo uma demanda das bandas locais e organizadores de eventos, abrindo espaço para organização de eventos dentro do contexto Underground.
Mas vamos falar de música, que é o negócio que me propus a fazer. A noite começou com chave de ouro, outrora eu acreditava que a banda das meninas da Ultraviolet ficaria meio deslocada no cast, mas eu queimei minha língua legal, pois elas fizeram o que sabem muito bem fazer, que é entregar um show com uma energia muita boa!
Ultraviolet
Eu já cruzei nos palcos algumas vezes com a Cissa Manenti (baixista) e a Beatriz Buogo (baterista) e sempre percebo a empolgação que elas tocam, e toda a bagagem das duas é acompanhada pelas outras duas meninas, Gisele Bergmann (vocalista) e a Ana Vicenzi (guitarrista). A Ultraviolet consegue entregar os covers que se propõem a reproduzir com a roupagem própria, deixam cada música com a cara e personalidade da Ultraviolet, é sem dúvida um show muito empolgante de acompanhar.
As músicas executadas no show foram muito bem escolhidas, legal escutar Man in The Box e Would (Alice In Chains) com a roupagem diferente, vide OutShined (Soundgarden), Aerials (SOAD) e Killing in The Name (Rage Against the Machine), as garotas simplesmente deram uma nova cara para essas músicas, além de terem uma roupagem musical muito próxima ao Grunge e pesadona, é uma pegada um tanto própria.
Mas as garotas não param de botar quente, elas ainda colocam uma música própria, e com a personalidade delas, chamada Natasha. Sigo acompanhando-as, pois sempre entregam um ótimo show para se acompanhar, tanto que elas já garantiram a casa cheia por terem além de talento o público delas!
Vida longa para Ultraviolet, e que venham mais músicas!
Motorbreath
Na sequência uma outra banda que me agrada muito, Motorbreath, uma banda tributo ao Metallica, os dois Robson guitarristas são muito, mas muito fãs de Metallica, e só por isso já é um fato à parte. Soma ao fato de os dois terem uma bagagem musical extensa, chamam dois outros ótimos músicos: André Cardozo (bateria) e Lucas Pavei (baixo), a formação da banda já é quase garantia de sucesso.
Aqui é um fã de Metallica falando de um tributo, então é mais fácil mostrar a setlist para quem está lendo conseguir entender a empolgação com o show desse que vos fala:
Battery; Ride The Lightning; Fuel; Sad But True; One; Enter Sandman; Master Of Puppets; Seek And Destroy.
Conseguem entender agora? Um repertório escolhido a dedo e muito bem executado por músicos que são bastante fãs da banda, e por isso falo que é uma banda tributo, pois os músicos aqui tocam com espírito, empolgação e qualidade!
Consigo ir além ao afirmar que gosto da execução dos mesmos ao darem cara e vida própria ao executarem as músicas de outra banda, fazendo o show ser muito atrativo e divertido. Só faltou tocar a música que tem o nome da banda.
Garantia de diversão a cada apresentação da Motorbreath!
Alkila
Próxima banda a subir no palco foi a fortíssima e vindoura Alkila. Mostrou ao público a sua nova formação, que agora conta com o excelente vocal do Erick Quinsler! Salvo engano é a segunda vez na história da Alkila que o Renato Vieira deixa de lado os vocais e fica apenas na Guitarra, particularmente achei que esta formação ficou muito boa!
A Alkila continua com seu som agressivo, pesado, técnico! Aquele soco na orelha que é bom levar! As linhas de bateria do Gustavo são muito bem criadas e executadas. Soma na banda o experiente Rafael Spilere no baixo e o excelente guitarrista Jaison Junior. Eles já vinham acompanhando a banda, e agora com a soma do Erick nos vocais, a banda está em um excelente nível, irão colher bons frutos, pois com certeza virá músicas e shows de alto nível.
Foi o primeiro show da noite a ser executado com um set de músicas próprias na maioria, e de começo vem uma música deles que acho o nome interessante: The Dead Call My Name, e na sequência a música que tem muita da personalidade musical da fase da banda, Madness, mas em particular tem muito a cara das composições do Renato, um dos fundadores remanescentes da banda.
Outra da fase atual é Ashes Of This World, e aqui o vocal do Erick deu uma dinâmica diferente e interessante, principalmente na execução de refrão. Segue com Systematic Murder, Corruption, Hate By Hate e Infernal Hunter em que se percebe como os outros três integrantes entenderam o espírito da banda, a ponto de darem suas caras na composição e execução dos sons.
Na sequência o single de estreia do Erick na formação atual: Scorched Land, som com uma pegada mais atualizada com vários arranjos e um riff principal que é uma metralhadora sonora. Aqui a banda mostrou que achou um vocalista pra somar, uma ótima estreia!
Que banda pesada, som agressivo, instrumentos casados, bateria demoníaca. A banda é muito entrosada, vida longa para Alkila! E pra fechar o rolê um cover que é a cara da banda: Arise do Sepultura! Se estava frio no dia, nessa altura da noite não havia mais frio, o clima já tava quente com mais um show fodástico.
As The Palaces Burn
E Aí chegou o momento dos anfitriões, e devo enaltecer o modo em que além de estarem produzindo, os mesmo estão preocupados em movimentar o cenário metálico, ao organizarem eventos e expondo o seu excelente trabalho, muito legal as atitudes positivas que esta banda possui, é admirável.
Já que falamos do empenho da As The Palaces Burn, temos que afirmar que cada apresentação dos mesmo é um evento audiovisual de altíssima qualidade, é legal que os mesmo se preocupam com todo o contexto que envolve a apresentação, é qualidade do som, de imagens e iluminação. Tudo pensado em cada detalhe.
A apresentação começa com uma música cheia de Groove envolvente em que cada instrumento é muito bem casado, chamada: Arcanum, uma ótima opção de início, casada com For The Weak, um som pesado com um refrão e linhas de cordas que grudam eternamente na cabeça. E o bloco se encerra com a vindoura All The Evil, com sua pegada de metal tradicional turbinada com grooves e arranjos bem casados, aqui mostrando a ótima qualidade dos músicos Gilson Naspolini (bateria) e Diego Bittencourt (guitarrista), ao vivo esta música em particular sempre soa muito pesada e cria uma atmosfera para show muito interessante.
O novo bloco começa com o new single Zodiac que chama a atenção por ser uma música com várias texturas vocálicas, casadas com grooves pesadíssimos, a execução dos arranjos de guitarra casam muito bem com as texturas vocálicas e mantém a atmosfera sonora muito pesada, densa!
O show continua e entra uma música conhecida minha, Into Emotions, e como falei em outra cobertura que já fiz em específico desta música, é uma música de altíssimo nível, acrescento que tem muito a cara do produtor Adair Daufembach e do competente baterista Gilson Naspolini, tem muito estampado a pegada sonora dos dois.
Chegou o som chamado Obbey, e pra não chover no molhado elogiando a capacidade técnica da banda, me atenho em elogiar a capacidade de aproveitar o potencial vocálico do Alyson, de todas as músicas em que escutei e acompanhei da banda, acho que é a que melhor aproveitou todo o potencial deste excelente vocalista que aqui alcança notas altíssimas. Só que a música não para apenas no vocalista, ela tem uma pegada muito empolgante, daquelas em que parece que a música está entrando dentro da corrente sanguínea e toma conta.
Seguimos com um som que vem lá no começo Incarnate, uma das músicas que começam a estampar a cara da As The Palaces Burn, um som com a preocupação de soar diferenciado unindo várias texturas metalicas. Aqui tivemos a oportunidade de conhecer melhor o excelente baixista, e que ainda não havia citado, Tiago Tigre! O cara entrou na banda para somar, encontraram um cara que realmente acompanha o nível técnico de toda a banda.
Pra fechar o baile outra lá do começo The Devil’s Hand, música de altíssimo nível!
Fotos de Alan Silveira
Muito bom estar em um evento bem organizado e encontrar velhos amigos que consigo encontrar apenas em eventos assim. Que venham mais eventos!
Obrigado pela oportunidade de cobrir este evento.