Início Cobertura de Eventos Cobertura: Hellsinki Metal Festival 2025 (Helsinque/FI) | Parte 1 – Sexta

Cobertura: Hellsinki Metal Festival 2025 (Helsinque/FI) | Parte 1 – Sexta

±±±±´Em dia de festival de Metal, as ruas do centro de Helsinque se enchem de pessoas vestidas de preto. Nos dias 8 e 9 de agosto, uma rápida caminhada pelo centro da cidade já revelava que tinha show de Heavy Metal pelo pedaço. A legião de preto pelas ruas tinha um motivo: a terceira edição do festival Hellsinki Metal Festival estava acontecendo e trazendo grandes nomes como King Diamond, Venom, Dismember e Hatebreed. Confira como foi o primeiro dia!

O local do festival

O festival aconteceu na tradicional arena de hóquei no gelo Helsingin Jäähalli, também conhecida como Nordis. A arena em si tem capacidade para 8.200 pessoas e lá dentro um dos palcos do festival foi instalado. Mas o Hellsinki Metal Festival contou também com toda a área externa da arena, incluindo área de estacionamento, onde dois palcos externos foram instalados, e ainda parte da estrutura do Estádio Olímpico (ao lado da arena), onde os camarins e área de convivência para os artistas foram instalados. Toda esta estrutura abrigou nada mais nada menos que 16.000 espectadores ao longo dos dois dias de festival.

A estrutura do festival

Como no ano anterior, o Hellsinki Metal Festival contou com 3 palcos para apresentações: 2 palcos externos (o “Hellsinki 01” e “Hellsinki 02”) e 1 palco na área interna da arena de hóquei (o “Hellsinki 03”).

Além de espaço para as atrações musicais, a área interna contou ainda com um palco de luta livre, onde a organização de show de luta livre FCF Wrestling fez 3 apresentações em cada dia de festival.

Além disso, o público tinha espaço certo também para matar a fome ao longo dos longos dias de festival. A praça de alimentação externa tinha ao menos 10 opções de restaurantes e fast-food e na área interna encontravam-se também quiosques com vendas de bebidas e comidas. Apesar dos preços não muito amigáveis, as opções eram bem variadas, incluindo algumas opções vegetarianas e veganas.

Respeitando a cultura finlandesa, o festival deu aos seus visitantes também a oportunidade de fazer uma tradicional sauna, a partir da parceria com o Bodom Sauna & Bar. O bar, que foi fundado e é gerenciado por antigos membros do Children of Bodom, tinha uma área exclusiva dentro do festival onde podia-se pagar para fazer sauna e apreciar itens de coleção da extinta banda CoB.

Além disso, o Hellsinki Metal Festival tinha ainda uma extensa área de exibição de artes. O Brutal Bazar contou com dezenas de estandes de lojas e tatuadores e entre os parceiros do Hellsinki estavam também a associação finlandesa Mieli ry, que organiza serviços e promove informação sobre saúde mental.


Warmen
 | Melodic Metal  | Finlândia

O Warmen subiu ao palco 01 e agitou o público saudoso de Children of Bodom. A banda, que é liderada por Janne Wirman (teclado), ex-membro do Bodom, fez um show pesado e sem erros, tocando algumas de suas músicas mais famosas, como Hell On Four Wheels e Warmen Are Here For None.

O ponto mais alto do show foi, sem dúvida, os covers do CoB, In your face e Hate Me. O cover de Somebody Watching Me, original do cantor americano Rockwell, que o Warmen gravara com participação do músico falecido Alexi Laiho, fechou com chave de ouro esta apresentação.

Fotos: Michelle Koukkula

Kanonenfieber  | Blackened Death Metal | Alemanha

Pontualmente às 17h, o palco 02 do Hellsinki Metal Festival foi tomado por uma atmosfera da I Guerra Mundial, quando a banda alemã Kanonenbieber estreou. A banda, que canta em alemão, tem membros anônimos, todos mascarados e vestidos em trajes militares. Confesso que, se não houvesse pesquisado sobre a banda uns dias antes do festival, teria suspeitado de que se tratasse de um grupo de extrema direita disfarçado de banda de Metal… Mas, para nosso alívio, a banda, liderada pelo multi-instrumentista Noise, busca expor os horrores do primeiro conflito mundial e já afirmou em diversas entrevistas que não tem nada de apologia nazista em sua música (ufa!).

Os efeitos pirotécnicos e o palco cheio de adereços remetendo a um cenário militar impressionavam ainda mais e despertavam a curiosidade dos muitos que ouviam a banda pela primeira vez. Mas não só os efeitos visuais impressionavam, porque o som pesado e a performance impecável da banda, formada recentemente em 2020, também chamavam atenção e nem a chuva que começou no meio do show estragou a performance dos alemães. Certamente um dos grandes destaques desta edição do festival!

Fotos: Sigryd Bagon

Candlemass  | Doom Metal | Suécia

A lendária banda sueca Candlemass fez jus à longa trajetória de sucessos e não deixou ninguém decepcionado. A banda abriu o show com a música Bewitched, do segundo e aclamado álbum Nightfall, e trouxe aos palcos outros clássicos adorados pelos fãs como Mirror Mirror, Crystal Ball e a épica Solitude. Todos os integrantes, especialmente Johan Längqvist (voz) e Leif Edling (baixo), empolgaram com presença de palco e carisma ao conversarem com o público. Segundo Edling, a banda está comemorando este ano 40 anos de carreira!

Fotos: Michelle Koukkula

Forbidden  | Trash Metal | Estados Unidos

O Forbidden também é uma banda de longa data, mas a história do grupo é marcada por algumas pausas e mudanças de line-up. Em 2023, a banda retomou com Norman Skinner (voz) e Chris Kontos (bateria) juntando-se ao time de Craig Locicero (guitarra) e Matt Camacho (baixo) e Daniel Mongrain (guitarra), que completa a banda nas apresentações ao vivo.

O grupo, que tocou pela primeira vez nas terras finlandesas em 2011 no Tuska Festival, não deixou os fãs de Trash parados por nenhum momento, porque durante quase toda a apresentação o mosh na frente do palco 2 ferveu! E claro, com Norman Skinner incitando a galera a entrar na roda e Craig e Daniel incendiando as guitarras, era mesmo difícil querer sair do mosh do Forbidden.

O clássico Forbidden Evil e a recém-lançada Divided by Zero, por exemplo, foram pontos altos do show. Tivemos ainda o prazer de encontrar toda a banda na sessão de autógrafos posterior ao show, o que confirmou que os membros do Forbidden são simpatia não só no palco, mas fora deles também!

Fotos: Michelle Koukkula

Decapitated  | Death Metal | Polônia

A banda Decapitated juntou um enorme público no palco interno do Hellsinki Metal Festival. Eemeli Bodde (voz), que é finlandês e ex-membro da banda Mors Subita, caiu nas graças do público não só por se comunicar no idioma local, mas também por sua performance poderosa. Uma pena que a qualidade do som do palco interno estivesse deixando a desejar. O som abafado do microfone do cantor e um pequeno problema técnico na guitarra aos 15 minutos de apresentação infelizmente também marcaram o show. Apesar disso, o show do Decapitated tirou muitos elogios do público e provocou vários mosh pits!

Fotos: Michelle Koukkula

Old Man’s Child  | Black Metal | Noruega

A banda norueguesa do Old Man’s Child fez também o palco 3 do Hellsinki Metal Festival encher! O grupo, que mistura no seu estilo Black Metal com elementos melódicos, agressivos e místicos, apresentou músicas como  Doommaker, The Millenium King e God Of Impiety.

O Old Man’s Child voltou à ativa este ano, após longos anos em pausa, e ao menos para os shows desta temporada, o grupo contou com os músicos Tjodalv (bateria) e Galder (voz e guitarra), ambos ex-membros do Dimmu Borgir.

Fotos: Michelle Koukkula

King Diamond  | Heavy Metal | Dinamarca

O King Diamond foi a maior atração da primeira noite de festival e, como de se esperar, o show do cantor dinamarquês trouxe a Helsinque uma megaestrutura que combinou música, teatro e dança performática. Um verdadeiro espetáculo!

A atual turnê Saint Lucifer’s Hospital 1920 tem levado a muitos países uma grande e elaborada produção de horror e, na Finlândia, o show, mesmo em festival, não ficou por menos. O palco é bem equipado, tem ao menos dois andares decorados com uma estética de filmes de terror, onde, além da apresentação musical, artistas performam junto do cantor e da boneca Abigail. A produção impactante do King Diamond fez com que uma rápida falha no som logo na terceira música passasse quase despercebida ao público.

Mesmo aqueles que não são muito fãs do estilo de King Diamond impressionam-se com a qualidade dos falsetes do cantor durante toda a apresentação. Músicas como Halloween, Voodoo, Sleepless Nights e, claro, Abigail agitaram a plateia, que estava repleta de fãs de King Diamond.

Fotos: Michelle Koukkula

Nosso agradecimento a Heta Hyttinen e a Ginger Vine Management PR pelo credenciamento! Kiitos!