A noite começou acanhada de público, com a Two Dollar Bill (Green Day Cover) abrindo a festa o pessoal aproveitou pra se esquentar com os clássicos e cervejas.
Todos os que estiveram no show de despedida do Strike, saíram com a alma muito bem lavada. Começando com a “Aquela História”, os Mineiros que se consideram também Paulistas, levaram o pessoal a loucura começando uma roda punk já de primeira. Nada fora do normal para um show de Punk Rock/Hardcore desse tamanho. Todos os integrantes da banda se mostraram muito a vontade, com o novo membro na banda, Tiago Hospede (ex-Dead Fish/Brutal Kill e atual The Last Station) no baixo, e as baquetas muito bem dominadas por Bruno Graveto (ex-Charlie Brown Jr), a banda se fez muito presente e trouxe uma energia surreal, demonstrando ser muito melhor que muitas bandas não só na música mas também na presença de palco.
Rodrigo e André com as guitarras muito bem timbradas, pulando, agitando e enlouquecendo a galera foi o que mais me chamou atenção. NADA mudou após tantos anos tocando as mesmas músicas. Eles sentem a mesma gana, a mesma vontade de fazer Punk Rock que sentiam desde que a criaram a banda. Já no vocal, Marcelo veio fervendo, quebrando tudo e indo muito na galera. Introduzindo rimas de Rap no Punk Rock, ele se fez muito prestativo com o pessoal que estava ali presente assistindo o show.
Apesar do Strike ser uma sonzeira, queria dar destaque aos Roadies e ao Técnico de P.A deles, o conhecido Luiz Leme, parceiro do produtor Tadeu Patolla que foi quem produziu o CD “Nova Aurora” do próprio Strike, produziu CDs também do Charlie Brown Jr, Jorge Benjor, Biquíni Cavadão, entre outros.
O repertório foi extenso viajando por todos os álbuns da história da banda, com clássicos como: “A Tendência”, “Jogo Virou”, “No Veneno”, “Fluxo Perfeito”, “Sempre Quis”, “Desvio de Conduta” e tantos outros. E como já era de se esperar, a banda preparou uma grande e linda homenagem para o Charlie Brown Jr. Tocando “Dias de Luta, Dias de Glória” e “Papo Reto”, eles homenagearam a banda que tanto fez pelo cenário Brasileiro e virou uma entidade após o término. A galera pirou, e a casa parecia que iria desabar!
Ainda assim a banda tocou alguns covers, como: All The Small Things (Blink-182) e Mulher de Fases (Raimundos) que tiveram participação especial do produtor que trouxe eles para Criciúma, Rafael Toldo (Stan Produções), dando uma canjinha no Baixo após reverenciar Tiago Hospede na entrega do instrumento.
Participação Rafael Toldo (Stan Produções)
Por fim, “Paraíso Proibido” encerrou o tão esperado show de despedida do Strike. E como era a última música e eu já tinha prestado atenção no show todo para esta matéria, foi a minha vez de ir pra roda. Resultado? Quase um infarto, emoção e uma camisa encharcada de suor.
Valeu Strike, foi muito bom reviver minha adolescência. Obrigado Rafael Toldo pela força e parceria de anos para cobrirmos o evento.
A banda ainda revelou uma novidade para quem estava presente no show. Algo muito legal e que todos ficaram felizes em saber. Fica esperto!