Por, André Bortolai.


Eis que em um sábado, 29/10, os Suecos do Sabaton voltaram ao Brasil para mais uma apresentação. Dessa vez, o disco de trabalho foi o “The Last Stand”, sucessor do disco “Heroes” que fez com que a banda ficasse mais conhecida no Brasil devido à grande homenagem prestada em “Smoking Snakes”, musica esta que conta a história dos heróis da FEB. (mais informações, clique aqui)

O evento aconteceu no Via Marquês, casa com fachada imponente e telão na porta com a capa do disco “The Last Stand” ostentando o show da noite. O ingresso dizia 18 horas e a casa abriu as portas às 18:15. Grande parte do público levou 1Kg de alimento não perecível, como solicitava o ingresso, e a entrada foi muito calma, sem atropelos, sem complicação na hora de verificação dos ingressos e a revista, apesar de minuciosa, foi rápida.





A casa tem um espaço muito limpo, super sinalizada, som e iluminação impecáveis, mas pecou na falta de cortina no palco. Ao entrar, o palco já estava armado para o Armored Dawn, mas a checagem de som e últimos ajustes foram feitos aos olhos do público. 

Às 19 horas a banda de abertura sobe ao palco, com um belo backdrop, um pedestal de microfone com logotipo e espada, figurinos impecáveis e set list de peso. O som da banda foi prejudicado até a quarta música, quando finalmente os graves foram ajustados e as músicas passaram a soar melhor equalizadas. A banda demonstrou bastante entrosamento, grande competência e fez uma ótima apresentação. Em dado momento, um Fernando Giovannetti visivelmente emocionado, trouxe ao público a notícia de que os fundos das vendas dos discos do A.D. nos USA, serão doados para uma instituição de tratamento do câncer e então a banda interpretou “Rainbow in the Dark” em homenagem à DIO.

O público se mostrou muito interessado na banda e participou ativamente deixando o show com um ótimo clima e fazendo com que tudo fluísse muito bem.

Armored Dawn é composto por: Eduardo Parras (voz), Fernando Giovannetti (Baixo), Timo Kaarkoski (Guitarras), Tiago de Moura (Guitarras), Rafael Agostino (Teclados), Rodrigo Oliveira (Bateria) e Ana Paula (Violino).

Pois então o show da banda de abertura acabou e o público ficou com o show da desmontagem de palco, graças mais uma vez, à cortina inexistente da casa.

Checagem de som concluída, e às 20 horas inicia-se no som mecânico “In the Army Now”, sinalizando que estávamos próximos do momento crucial. Na sequência a introdução “The March of War” e o baterista Hannes já estava à postos para o início do show. 

Banda no palco, e “Ghost Division” soando muitíssimo bem, sem atropelos de som e sem problemas de equalização, tudo perfeito e límpido. Todos os integrantes com o carisma e naturalidade que se conhece dessa banda, sem esconder os sorrisos e a satisfação de tocar no Brasil. 

Na sequência “Sparta” com muita participação do público e Joakim Brodén tecendo elogios e vivas ao público em cada momento possível. “Blood of Bannockburn” e então foi a hora de apresentar o novo guitarrista, o “recruta” Tommy Johansson, que está fazendo sua primeira tour sulamericana com a banda. O bom humor entre os músicos contagia o público e as piadas e brincadeiras não param nunca. Joakim até mesmo brincou de falar português com Tommy e causou muitas risadas. Tommy foi então convidado a tocar uma música de sua escolha, e como o público já havia entendido o recado (existe uma brincadeira na banda que Joakim não gosta da canção “Swedish Pagans”) e este com um sorriso imenso no rosto começa a puxar a canção e o público o ovaciona e canta a introdução com muito entusiasmo!




O concerto foi se desdobrando, sempre com muita empolgação e muito bom humor, uma banda realmente bem conectada entre si com execuções impecáveis e set list muito bem escolhido. Houveram diversas entradas e saídas do palco, todas com introduções e chamadas para as músicas subsequentes, com público ativo em todos os momentos.

Logo após o último desses momentos de saída do palco, às 21:20 apróx, o público sentiu o fim se aproximar e a banda executou “Night Witches” no retorno ao palco para o que seria o último momento em SP. Ainda com muita energia, Joakim tira os óculos de sol característicos e diz: “É chegado meu momento favorito do show! Meu momento favorito é sempre que podemos contar um pouco da história do país em que estamos…” E o público não o permitiu terminar de apresentar a canção e não houve outro remédio que não fosse tocar “Smoking Snakes”. Não é preciso comentar que o refrão em português foi cantado em coro cheio e que os Suecos se sentiram quase brasileiros nesse momento.

Depois de um show sem altos e baixos, foi a hora de executar “Primo Victoria” e dizer um “até logo” caloroso para São Paulo. Mesmo com o público pedindo à plenos pulmões para que a banda tocasse “Metal Crew”, não houve um derradeiro Bis, e assim se foi a passagem da “Sweedish War Machine” por SP.

Muitos saíram da casa reclamando do curto tempo de show (1:10min), outros reclamando do constante “playback” de teclado e backing vocals, e outros simplesmente felizes por terem acompanhado o espetáculo.

 Sabaton é composto por: Joakin Broden (Voz), Pär Sundströn (Baixo), Tommy Johansson (Guitarra), Chris Rörland (Guitarra), Hannes Van Dahl (Bateria), e apesar de a banda ter teclados o tempo todo, não há tecladista no palco…

Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.