A primeira a subir ao palco é a debutante, Deadnation. Mesmo que a banda seja nova, os integrantes são velhos conhecidos do cenário musical da região. Nas guitarras temos Rafael Spilere (South Legion) e Jefferson Pereira (Doscaravelho), no baixo Jadson “Feto” (Hellio Costa), Gustavo Oliveira na bateria (Abeastenence) e o cara que surpreendeu todos, o professor de violão e guitarra, Fabricio “Chubaka” Wronski nos vocais o que deixou o pessoal que o conhecia eufórico com sua performance. Ditados pelo ritmo do experiente Rafael Spilere e pela sua forma única de manusear o instrumento, o grupo carrega uma boa base formada por Feto, que tem uma palhetada forte e massacrante, e Gustavo Oliveira, que estava onde ele deve sempre estar que é nos palco. Para uma primeira apresentação os caras já apresentaram músicas autorais, fora versões de Brujeria, Dismember e outros, foi uma largada para o festival, dado com o pé direito. (Por Maykon Kjellin)
Logo em seguida, Enemy sobe ao palco, e por motivos de força maior (carona) consegui pegar as últimas músicas, mas consegui ter uma base de como foi a apresentação por comentários do publico presente. Gosto de acompanhar o trabalho da Enemy por ser um trabalho sério, focado e profissional, os caras investem em si e sabem compor como ninguém, o Hardcore californiano está enraizado nas veias de todos os membros e aparentemente, todos bebem da mesma fonte de inspiração, pois é notório a visão ampla recíproca por parte de todos juntos. Além de terem voltado recentemente aos palcos, o grupo mostra que nunca deveria ter parado, suas composições jogam o publico pra cima é muita destruição e sintonia, mesclando com técnica, harmonia e talento. (Por Maykon Kjellin)
O festival ficou marcado pela volta da clássica Alcoholic Trendkill que por respeito a antigos membros, se intitula agora como Alcoholic Conspiracy, o que não vai adiantar, chamaremos eternamente de Alcoholic Trendkill hahaha. Para mim em especial, gostei de saber que o guitarrista que assumiu o compromisso junto da galera, foi o músico Felipe Remor (V8 Corp.), sendo que antes de começar no cenário como músico o mesmo era roadie da banda com seus 14/15 anos de idade – fato confirmado pelo mesmo – e então, ter um membro desse na banda é muito mais do que contar apenas com o talento dele e sim, um fã tocando guitarra com o grupo todo. Destaco a banda por ter um dos melhores bateristas da região, sendo que é um cara que também apoia e muito as bandas independentes, fundador do Rock’N’Show Pub, do programa Rock’N’Show e agora inovando e montando a rádio Rock’N’Show, que está no ar sempre online, o nome do guerreiro é André Cardozo, o qual faz parte de várias bandas catarinenses, e não é por acaso, o cara é um vulcão em erupção atrás dos tambores, sem falar da simpatia e da humildade do mesmo. Alcoholic trouxe várias músicas autorais dos tempos do auge e fez várias brincadeiras durante o show, ao destacar pelo trecho tocado de “Raining Blood” do Slayer, tocado apenas os riffs iniciais, o que fez um pessoal que não curte muito roda punk sair correndo para os lados temendo a devastação, o que não ocorreu hahaha. Vamos destacar também a versão de Sepultura chamando Renato Lopes da Hellio Costa ao palco, para fazer dueto com Frank Rodriguez, que além de vocalista do Alcoholic também faz parte da Hellio Costa. Foi uma apresentação digna de aplausos, sejam bem vindos novamente da onde nunca deveriam ter saído! (Por Maykon Kjellin)
Temos que admitir que o cast deste I Tubarão Metal Fest foi muito bem elaborado. Após tanta pancadaria, você achou que era hora de amenizar? Não, nada disso. Foi hora de manter o nível com os tubaronenses da Orkane, que nunca decepciona em suas apresentações. Além de tributos muito bem prestados à suas principais influências, a banda chama atenção também por suas autorais, presentes no primeiro álbum da banda. As rodas seguiram constantes, enquanto o público não quis saber de parar de sacudir a cabeça. Para os thrashers era um prato cheio. (Por Vinicius Albini-Saints)
Após participarem de apresentações anteriores com suas demais bandas, chegou a hora de juntar os quatro músicos da Hellio Costa para darem uma aula de Hard Core raiz e sem frescuras. Cada vez mais pesada e consistente, o quarteto trouxe suas músicas autorais para cuspir a realidade crua na cara dos presentes, com letras diretas e sonoridade agressiva. A banda lagunense foi a última antes das ditas “atrações principais”, mas, junto com as demais convidadas, fizeram uma apresentação que saciou a ânsia do público tubaronense por um evento desse nível. Todas as bandas fizeram grandes apresentações, com gana em cima do palco e músicas realmente pesadas, dispensando qualquer tipo de firula. Tubarão merecia coisas desse tipo e merece muito mais, já que foi de grande satisfação ver a quantidade que pessoas que passaram pelo Congas neste evento. (Por Vinicius Albini-Saints)
Próximo às 22h foi dada a hora para o início do show da headliner Khrophus assumir a frente na batalha. O trio promoveu um verdadeiro massacre sonoro ao longo de sua apresentação, fazendo sequer parecer que era apenas uma guitarra no palco. Adriano Ribeiro é um verdadeiro monstro com sua guitarra, com presença de palco assustadora e domínio impressionante sob seu instrumento. Digo o mesmo para o baixista e vocalista Hugo Deigman, que entrou este ano na banda e já assume sua responsabilidade à frente destes monstros do Death Metal como se fosse natural à sua alma. Seus graves insanos no baixo são completados pela bateria metralhadora de Carlos Fernandes. Tudo isso junto só podia resultar em cabeças balançando e rodas incessantes, e aliás, melhor que mosh pits são as walls of death, que motivaram a colisão corporal entre os headbangers presentes. (Por Vinicius Albini-Saints)
Até então o foco do festival foi de apresentações de músicas autorais. A maioria das bandas já possuem discos lançados, ou no mínimo singles na internet, e trouxeram para o público suas versões ao vivo. No entanto, por mais que sempre promovemos a força do underground autêntico e original, temos que dar o braço a torcer a admitir que boa parte do público gosta de verdade é de ver bandas covers. Atendendo esta parte dos presentes, a Agosto Negro trouxe uma dupla que é dona dos corações de boa parte dos metalheads, principalmente os mais old school. Que tal doses de Judas Priest e Iron Maiden? Vindos da capital catarinense, a Metal Gods trouxe seu tributo impecável da banda de Rob Halford & cia. Eu já tinha ficado impressionado com a qualidade apresentada por eles no último Laguna Metal Fest, e dessa vez eu não tive uma reação diferente. Os hinos “Electric Eye”, “PainKiller”, “The Reaper” e “Breaking the Law” foram entoados em alto e bom tom pelo público, que evidentemente ficou satisfeito com a apresentação de alto nível dos florianopolitanos, com destaque pro vocalista André Souza, que faz uma performance impressionante ao cumprir com êxito a árdua tarefa de cantar as músicas de ninguém mais ninguém menos que um dos vocalistas mais absurdos do Heavy Metal que é Halford. (Por Vinicius Albini-Saints)
Disciples of The Beast foi a banda responsável para fechar o evento, por mais que tivesse assistido outras apresentações e acreditava que não veria nada de novo, foi quando o vocalista Diego trouxe uma máscara de Eddie ao palco em uma das performances em que apresentou, destacando também a bandeira do Reino Unido com a roupa clássica de Bruce Dickinson vermelha com acessórios em brancos, fantasia clássica usada pelo frontman. Tivemos a estreia – ao menos para mim – do nosso redator Vinicius no baixo, o que deu mais consistência ao grupo, performance impecável e com timbres fieis. O guitarristas André Medeiros e Lecian se entendem nos palcos como ninguém, juntos são uma orquestra de duas guitarras muito bem dobradas e riffadas, ambos solam muito bem e tem uma sintonia invejável. Na bateria temos o incansável Fernando “Cabelo” Garcia, que passou por bandas como Alkanza, que fez uma apresentação segura sem comprometer as grandes criações de Nicko McBrain. Alguns pontos precisam ser estudados para em uma próxima oportunidade corrigir. Um fato é a parada em meio do show para apresentação da banda, que se torna exaustiva até para o baterista que se demonstra cansado e para alguma vezes durante essa apresentação, deixando o contra-baixo groovar sozinho. Mesmo acreditando que foi uma apresentação bem acima da média do trio de cordas, a altura dos três instrumentos se alternavam durante a apresentação, talvez algum problema técnico, não posso afirmar, mas ficar atento a esse tipo de acontecimento, pois como ambos os guitarristas solam as bases estavam sempre se sobressaindo mais que o solo e isso as vezes ficou um pouco confuso. Porém o que mais chama atenção nos caras, é que são fãs fieis de Iron Maiden, as sacadas da máscara, bandeiras, trajes memoráveis, são umas dos atrativos na apresentação, o bom humor, a boa música, os caras respeitam e honram o legado da maior banda de Heavy Metal do mundo de toda a história e foi assim que fechamos o evento de sorriso de orelha a orelha. (Por Maykon Kjellin)
Conclusão sobre o evento:
Por Vinicius
No geral, como redator, músico e residente da região (quase tubaronense já), é com grande satisfação que digo que o I Tubarão Metal Fest foi um sucesso. Foi um evento que, graças à uma ótima organização, pode reunir grandes bandas e grandes amigos, resultando, obviamente, em uma grande festa de Heavy Metal.
Por Maykon
Somando todos os pontos desde o último Agosto Negro, onde sinceramente pensamos ser o fim da Agosto Negro Produções, tanto pelo cancelamento do Laguna Metal Fest que teve imprevistos tempos atrás, foi um ressurgimento espantoso, Danniel Bala é um exemplo de persistência, o cara é um guerreiro da cena, que mesmo com filhos pequenos em casa, arrisca a fazer eventos para nos unir e nos tirar de casa. Essa foi a primeira parceria da casa (Congas Music Beer) com a produtora, e o resultado foi o esperado, evento de sucesso que deve se repetir no próximo ano.
Fotos por:
Alice DuranteDoismidia