Mais um ano se passou, e estamos na 12ª edição do Bob Rock Festival. Após um enérgico retorno à cena, a cidade de Dona Emma/SC não parou mais, e atualmente conta com um calendário bastante ocupado, devido à quantidade de eventos produzidos pelo Bob Rock, os quais se contempla, Butcher Extreme FestPauleira Rock FestBrothers of Metal, Heavy Metal Thunder, Let’s Rock, o novo Paranoid Festival, entre outros.

Além da entrada da banda Deadnation em substituição à Alkila, que previamente comunicou que não poderia participar do evento, o cast contava com as bandas Reytoro (Uruguai), Troll, e V.I.D.A (Argentina), que se preparavam para uma turnê pelo Brasil, que previa a passagem por 15 cidades.

Porém, na semana do evento, a produtora Bong Mofado anunciou o adiamento da turnê Kuarup Mercotur Brasil 2025, e a presença destas bandas se tornou inviável. Contudo, a organização do Bob Rock buscou bandas que pudessem suprir esse desfalque, e conseguiu, trazendo 2 novas bandas para o cast (Pedrada e Cemitério dos Vivos), totalizando 10 bandas.

Pedrada | Metalcore | Videira/SC

Com previsão de início conforme o cronograma, às 16:00 a banda já se encontrava posicionada no palco para passagem de som e demais detalhes técnicos. Feitos os ajustes, é hora de começar a pancadaria. E como o próprio nome da banda diz, foi uma pedrada na orelha da galera, que deu largada no evento.

A banda que está na ativa desde 2019 apresenta um Metalcore pesado e coerente, mostrando grande sinergia entre os integrantes e presença de palco para não deixar o silêncio ecoar durante o show. As letras das músicas exploram temas sociais e psicológicos, enquanto a sonoridade caminha entre groves, djents, blast beats e vocais limpos intercalados com rasgados.

Entre as faixas da setlist, tivemos Hunting Season, Beyond Horizon, Do You Like This, Days Gone By, House of Wolves, Them, Incandescent thorn, além de um cover de Sepultura com Roots Bloody Roots, encaminhando-se para o fim da apresentação, com Torture Engeneering.

Formação:
Nikolas
(voz), Lucas (guitarra), Pedro (guitarra), Herick (baixo), Fontaine (bateria)

Review por: Sidney Oss Emer
Fotos: Allan Preisler

Raw Attack | Metal Punk | Criciúma/SC

Após um período um pouco prolongado de espera para a troca de palco e ajustes técnicos, sobre ao palco uma banda nova (como banda), mas formada por velhos conhecidos da cena, que há anos já se apresentaram com outros projetos pelos festivais afora. Em uma breve pausa, o vocalista Ivan, comentou que este é o seu segundo show da Raw Attack, e relembrou sua presença com outras bandas nos festivais do Bob Rock, há mais de 15 anos.

Raw Attack é formada por integrantes quem já passaram por bandas como Forest of Demons, Malice Garden, The Undead Manz. Inclusive, todos os membros são integrantes de outra banda presente no cast da noite: Silent Empire, que estava lançando seu mais recente álbum Silent Means Death.

Mas voltando à Raw Attack, a proposta é um pouco diferente do que usualmente costumamos ver os músicos apresentar. Um Thrash Punk, combinando exatamente com o nome da banda (um ataque cru, ácido e sem firulas), mas cheio de energia e visceralidade. Além das músicas próprias, a banda tocou covers de Kreator e Motörhead, sendo respectivamente, Endless Pain e Iron Fist.

Formação:
Ivan Fabio Agliati
(voz, baixo), Aline Iladi (bateria), Guilherme Silvano (guitarra)

Review por: Sidney Oss Emer
Fotos: Allan Preisler

Cruciate | Death Metal | Florianópolis/SC

É muito interessante acompanhar o nascimento, crescimento e primeiros passos de uma banda. Primeiras formações, primeiros shows, e o repertório mudando pouco a pouco. Uma das bandas mais interessantes que tenho orgulho de acompanhar a história é a Cruciate. Seu Death Metal aparentemente direto e reto, tem se moldado show a show, com a adição de novas músicas, novos integrantes e formação de seu caráter musical.

Logo nos primeiros acordes de Thirsty For Violence, é possível perceber que existe uma identidade muito forte em seu som. As guitarras de Guilherme Schulte e Isadora Stefano possuem aquela sonoridade oitentista, e o famosos “timbre motosserra”, dando o tom que a cozinha do casal Rúbia Domeciano (baixo), e Renan Bareja (bateria) ditam de forma quase militar, apesar de se tratar de uma banda declaradamente antifascista. Os vocais de Lakshmi, rasgados e cheios de técnicas interessante contrastam com a sua peculiar forma de agitar.

Navio do inferno encima à já citada faceta antifascista do quinteto, e a derradeira Smell of decay pega os de surpresa quem conhece a banda de outros carnametais. Grande show, grande banda, com muito espaço para crescimento. Fiquem de olho, pois essa pérola do Underground ainda vai nos dar muito orgulho!

Formação:
Renan Felipe Uller
(bateria), Rúbia Domeciano (baixo), Laksmin Monteiro (voz), Guilherme Schulte (guitarra)

Review por: Gregor Holmes
Fotos: Allan Preisler

Fatal Blow | Hardcore | Balneário Camboriú/SC

Chegando na primeira metade do 12º segundo Bob Rock Festival onde já era de noite e um pouco de frio, algumas pessoas buscavam o seu casaco, outras se esquentavam à base de chopp. Mas isso não era o suficiente, o público precisava de alguma coisa que realmente aumentasse os ânimos, algo que fosse atmosférico e qual a resposta para isso???? Fatal Blow!

Em um festival marcado por um cast com predominância de bandas no estilo Death Metal, a banda de Hardcore de Balneário Camboriú/SC, trazia um repertório característico do estilo para botar fogo no palco e botar o público presente para bater cabeça.

Não precisaram de muitos minutos e o público à frente do quarteto já iniciava o nosso velho e querido Mosh, conhecido também como Roda Punk, ou seja, se você gosta de calmaria, não vai ser no show desses caras que você vai encontrar!

A banda com quase 20 anos de estrada marcou a sua apresentação com bastante energia em suas músicas que em sua grande maioria foram cantadas em inglês e o Single Cultos e Corruptos cantado em português.

Foi um prato cheio para o estilo de quem aprecia vocais agressivos, bateria muuuuiiiiito rápida (Salvee Diogãooo), guitarra distorcendo o tempo inteiro e um baixo bem pesado.

Formação:
Thiago Salvatierra
(voz), Zé Deon (baixo), Diogo Marostica (bateria), Daniel Frois (guitarra)

Review por: Gustavo Martin
Fotos: Allan Preisler

Oath of Persistence | Death Metal | Porto Belo/SC

Em sua apresentação no Bob Rock Festival a banda Oath of Persistence inicia seu show com um sampler muito interessante que causa suspense no público que está ouvindo. Eles possuem bastante presença de palco e já inciam o show com a  faixa Fear of The Unknown que é uma música super animada e cheia de breakdowns.

O pessoal estava bastante empolgado e sempre que tinham oportunidade batiam cabeça. O sangue no olho dos integrantes é visível, no meio do repertório a banda tocou a faixa Chronicle of Absolution (minha preferida). Sinto muitas influências do Death Técnico na banda e os riffs fazem jus à influência. Ao final do repertório a banda tocou um cover da banda Cannibal Corpse: Stripped, Raped, and Strangled.

Importante citar que o baixista da nova formação manda muito bem, e possui uma presença de palco muito massa que combinou muito com o estilo da banda. Eles estão trabalhando em um novo single que estou com expectativas de que fique muito interessante. A banda se apresentará com a banda de Death Metal Skeletal Remains no dia 24/05/2025 em Florianópolis na Célula Show Case.

Formação:
Diogo Marostica
(bateria), Christopher Abel (guitarra, voz), Rudi Vetter (baixo)

Review por: Rubia Domeciano
Fotos: Allan Preisler

Sepulcro | Death Metal | Florianópolis/SC

A primeira banda a se apresentar na segunda metade do festival, vem diretamente de Florianópolis/SC, um quarteto composto por 4 jovens que respiram e transpiram o Death Metal!

Contrariando os críticos que acham que banda boa precisa ter tempo de estrada para entregar algo de qualidade, assistir o show desses caras vai ser totalmente o contrário, formada em 2022, a banda vem trilhando um caminho que só reflete a performance entregue em palco.

Mesmo com problemas técnicos no início e durante a apresentação, nada foi impedimento de entregar o que sabem fazer bem e com autonomia, detalhes que sequer atrapalharam quem estava à frente do palco apreciar um Death Metal repleto de elementos clássicos que todo fã do estilo conhece!

Pude conversar com algumas pessoas antes do show e alguns me falaram que estavam com a expectativa alta para ver o show da banda, e tenho certeza de que assim como eu, todos ficaram satisfeitos.

Ao final da apresentação, a banda convidou o vocalista da banda Cujo, Gregor Holmes, para contribuir e provar que quando uma banda é entrosada e dedicada, o tempo é irrelevante! Se um dia você souber que eles vão tocar na sua cidade, eu não perderia esse show!

Formação:
Guilherme Schulte
(voz, baixo), Lucas Medeiros (guitarra base), Theo de Melo (bateria), Pedro Halfen (guitarra solo)

Review por: Gustavo Martin
Fotos: Allan Preisler

Silent Empire | Death Metal | Criciúma/SC

A Silent Empire é uma força do Metal Underground de Santa Catarina. Com seu death metal extremamente técnico, quebrado e inovador, a banda possui fortes influências de Death e Morbid Angel, bem como outros estilos fora do metal, como Punk-Rock e Heavy Metal.

Importante salientar o diferencial no line up do quarteto. Uma baterista mulher! E que baterista! Aline Iladi é muito criativa, tem uma pegada forte, e é daquelas instrumentistas que faz parecer fácil aquilo que toca, apesar de sabermos que não é. Outro destaque é o guitarrista Guilherme Silvano, dono de uma presença de palco invejável, e técnica apuradíssima. Silvano toca solos com alavancadas e harmônicos de forma natural e precisa, enquanto fazia as caretas mais legais de todo o evento. Um show à parte.

Destaque para The Inner, que possui um belo clipe no youtube e Unique and Primordial, com solos extremamente técnicos dos guitarristas, e tempos quebrados e complexos.

O baixista Luiz Harley faz intervenções no vocal de forma cirúrgica, trazendo cores e texturas diferenciadas ao trabalho sólido e compacto do vocalista Ivan Fábio Agliati.

Mais do que uma banda, a Silent Empire representa. Representa a cena, representa o metal, o Undergound catarinense a e história do metal extremo. Que seja sempre valorizada, referenciada e ouvida. Longa vida à Silent Empire!

Formação:
Ivan Fabio Agliati
(voz, guitarra), Aline Iladi (bateria), Guilherme Silvano (guitarra), Harley Caires (baixo)

Review por: Gregor Holmes
Fotos: Allan Preisler

Deadnation | Death Metal | Tubarão/SC

A Deadnation é uma banda de Tubarão, mas que não teve medo de importar dois integrantes da capital. O resultado? Um Death Metal cheio de referências e muito interessante para os admiradores do estilo.

Uma das dificuldades de bandas com duas guitarras está em equilibrar seu som, encaixando riffs e frases em sincronia, mantendo a pegada sem soar arbitrário ou cafona. A dupla de guitarras tira isso de letra, tendo encontrado formas inteligentes de cobrir camadas e mais camadas de pancadaria sonora com a delicadeza de um Entombed com estoroides. Death Metal sueco também foi referenciado em Skinfather, do Dismember. Além, é claro, do som de guitarra que lembra o maravilhoso primeiro EP do Bloodbath.

O grande destaque foi, com certeza o baixista André Barreto, que “emprestado”, substituiu o titular em cima da hora, tocou cada uma das dez músicas com a precisão e tranquilidade de um veterano.

Com suas letras recheadas de referências a filmes de terror clássicos, a grande nação dos mortos vivos empolgou a galera em diversos momentos, seja pelo vocal impressionante de William Bernando, seja pela bateria inacreditavelmente rápida de Gustavo Oliveira.

Inesquecível foi o momento em que William pergunta aos presentes: Quem aqui nunca teve vontade de queimar um FILHO DA PUTA?? Era o anúncio da novidade da setlist, Burned Alive, que será lançado ainda em 2025. Baita som, fiquemos no aguardo!

Formação:
Willian
(voz), Rafael (guitarra), Jefferson (guitarra), Franco (baixo), Gustavo (bateria)

Review por: Gregor Holmes
Fotos: Allan Preisler

Cujo | Death Metal | Florianópolis/SC

A banda Cujo de Florianópolis inicia seu show no Bob Rock Festival com uma introdução macabra, após isso a banda toca a faixa de nome Consumed,  eu gosto como a banda possui uma identidade única que quando você ouve já reconhece que é CUJO talvez pela afinação e modulação dos riffs. A banda foi uma das últimas a tocar mas ainda assim tinha uma parcela significativa de público bangueadores.

No meio do repertório eles tocaram um cover a banda Hipnose Death (banda que o atual baterista da Cujo fazia parte). Eu como ouvinte mensal dessa música adorei como sempre, como público e como quem já viu alguns shows da banda eu adoro o fato de possuírem uma influência do Death Metal anos 80 (é raro hoje em dia). A banda termina seu show com uma das músicas que mais gera troca de energia com o público faixa de nome Manicômio.

Essa música faz uma crítica ao Hospital Colônia de Barbacena, aos que não conhecem, indico pesquisar a história. Nesse momento do show o público interage cantando partes da música e erguendo as mãos para o alto  como se todos soubessem a letra.  O público pediu bis e a banda acabou tocando outro cover de Hipnose Death faixa de nome Morte Acidental.

Setlist: Consumed, Parasitas, The lying art, Smell of fear,  A morte (Cover Hipnose Death), Morbid Pleasures, Paralelo 11, Manicômio, Hipnose Death – Morte Acidental (bis)

Formação:
Gregor Holmes
(guitarra, voz), Pedro Panzera (baixo), Johnny Santana (bateria)

Review por: Rubia Domeciano
Fotos: Allan Preisler

Cemitério dos Vivos | Death Metal | Joinville/SC

A banda Cemitério Dos Vivos foi a última banda a se apresentar no Bob Rock Festival, mas ainda assim tinha uma boa parte de pessoal assistindo e apreciando a banda. Eles trazem vários diferenciais como o vocalista e baixista intercalar estilos de vocais diferentes, deixando claro também um posicionamento antifacista como nos foi mostrado isso em várias músicas. Deixo em ênfase uma música que se tratava sobre o hino nacional porém de forma crítica, me chamou muita atenção o estilo que a banda traz, uma influência do Thrash Metal com até algumas pitadas de Death.

Mostraram ao público algo diferente e achei uma banda super autêntica, nos momentos finais do repertório o baixista troca de lugar com o guitarrista gerando uma dinâmica interessante e entretenimento pra galera. Tocaram também um cover da banda Acefalia faixa de nome Ódio, como primeira vez sendo ouvinte da banda, eu me impressionei, e só lamento não terem tocado mais cedo pra galera utilizar o pescoço intacto.

Setlist: Doi Codi, Oremos, Especulação Imobiliária, Morte Lenta Yanomami, Em Nome da Lei, Correria, Conspiração, Democracia, Maiakovski, Família, Ódio (Acefalia Cover), Acumulação Primitiva, Austeridade Fiscal.

Formação:
Lucas Amorim (guitarra, voz), Guilherme Rebello (baixo, voz), Rodrigo Borges (bateria)

Review por: Rubia Domeciano
Fotos: Allan Preisler

ANÁLISE TÉCNICA

Estrutura: Embora tenha sido um evento de um único dia, a área de estacionamento e camping esteve disponível para o pessoal que foi chegando e acomodando as suas barracas, para descansar e ir embora com tranquilidade no outro dia. O palco fica em uma posição estratégica, onde é possível acompanhar as apresentações, tanto do camping, que fica em uma área elevada, mas aberta em relação ao palco, quanto do bar, onde se tem uma visão panorâmica e privilegiada de todo o evento, sendo também elevada, porém, na direção contrária.

Som e Luz: Tocando o barco sozinho, Ney da Ney Sonorização esteve o tempo todo presente e atento às necessidades das bandas com ajustes técnicos, trocas, plays de sample, iluminação, entre outras demandas. Nenhum problema significativo foi identificado durante as apresentações

Horários: Os horários foram seguidos muito próximos do cronograma, tendo a primeira banda subido no palco pontualmente às 16:00 e a última, encerrando a apresentação às 02:30. O tempo médio de troca de palco foi de 20 minutos.

Cast: Com exceção das bandas Pedrada (Metalcore), Raw Attack (Metal Punk) e Fatal Blow (Hardcore), o cast foi majoritariamente composto por bandas de Death Metal. Essa homogeneidade não é necessariamente um problema, contudo, em conversa com alguns dos presentes, algumas pessoas relatam a falta de outros gêneros que poderiam compor o cast, principalmente, se tratando do evento carro chefe, que representa o centro dos eventos da produtora Bob Rock. Contudo, não há como negar que o gabarito das bandas que se apresentaram, demonstra que o lineup foi escolhido a dedo, e como se pode ver nas reviews, escritas por diferentes correspondentes, entregaram apresentações de qualidade.

Bar e Cozinha: Como de costume, o barril de chopp já estava a postos desde a sexta feira no bar, pronto para atender a sede do pessoal. Basicamente é a bebida oficial dos eventos do Bob Rock. Além disso, o cardápio contou com opções de cuba, e cerveja zero álcool. Para alimentação, tivemos salgados como pastel, espetinho, bolinho, ovo cozido, e claro, o clássico rollmops.

 

Como sempre, em meio às apresentações, Bob fez falou da importância do apoio à cena por todos os envolvidos, e agradeceu a todos os presentes. Afinal, todo evento na Casa do Bob, é realmente algo como uma festa de amigos, onde a maioria se conhece, e os que não se conhecem, passam a interagir e criar conexões, que virarão amizades nos próximos rolês.

Com datas até setembro, Bob vem divulgando nas redes sociais os cartazes com as próximas datas dos seus eventos mais novos. E ano que vem, esperamos mais uma edição do tradicional Bob Rock Festival. Até lá.

Especialista em cybersegurança, acordeonista e tecladista. Fotógrafo e redator no Virus Rock, Opus Creat e O SubSolo. Não limitado a um subgênero do metal, tem como preferências: folk metal, doom, sinfônico, death, black metal e heavy metal. Gaúcho de coração, valoriza a cultura tradicionalista gaudéria, a qual inspira suas composições nas bandas em que toca. Interesses globais: Música, ciência, tecnologia, história, carteado e pão de alho.