Após um café da manhã reforçado, estamos prontos para o segundo dia de evento, que devido à sua preocupação com horários, religiosamente às 09:00, a primeira banda já se encontra a postos no palco para começar o som.

Filhas do Velho

Foto por Thiago Habeck

A banda Filhas do Velho veio com muita energia para acordar o público. Uma banda inteiramente feminina formada por Jabali Jay no vocal, Dhenifer Ludvich na bateria, Viviane da Silva na guitarra e Maytê Tigre no baixo.

Todas as meninas muito divertidas e animadas no palco. A banda tocou cover clássicos como The Runaways, Alice In Chains e também nacionais como Matanza, Titãs e até Júpiter Maçã. Um ótimo show para animar o público neste início de domingo.
Por: Thiago Habeck

 

Pressure Gain

Foto por Thiago Habeck

A segunda banda a se apresentar no domingo foi a Pressure Gain. Uma banda de Blumenau muito técnica e que tem uma pegada muito forte no Hard Rock, formada por 6 músicos extremamente competentes. Sendo eles, Cleberson Kistner no baixo, Daniel Russo na guitarra, João Ullrich no teclado, Robson Pontes na bateria e as duas irmãs Gi e Moni Asmann nos vocais. Com muita presença de palco e os dois vocais femininos muito fortes e afinados a banda animou muito o público com covers muito bem adaptados para o vocal feminino.
A banda ainda teve a participação especial de Tiago Della Vega, o produtor da banda, mas muito conhecido por ser o detentor do título de guitarrista mais rápido do mundo no Guinness Book. Além disso, a banda divulgou 2 músicas autorais e inéditas que farão parte de seu próximo álbum que será lançado no Japão, que inclusive terá uma música em japonês. As músicas são From a Better World e Woman.
Por: Thiago Habeck

 

Os Kuatro

Foto por Thiago Habeck

Em seguida Os Kuatro subiu ao palco, uma banda cover de Presidente Getúlio. Focada no Rock´N´Roll a banda se apresenta trajada com roupa social, tocando grandes clássicos como Highway To Hell, Old Time Rock´N´Roll, Immigrant Song, entre outros. Uma ótima apresentação para os fãs dos clássicos do Rock.
Por: Thiago Habeck

 

Finita

Foto por Sidney Oss Emer

Existem bandas que sobem ao palco e tocam músicas, e existem bandas que sobem ao palco dizendo: “Olhem para cá, é hora do show”.
Este é o caso da Finita. Formada por Luana Palma (vocais), Bruno Portela (guitarra), Allison Back (baixo), Guilherme Pereira (teclado) e Pablijo Castro (bateria), a banda originária de Santa Maria/RS cativou os presentes do início da tarde de domingo, chamando a atenção do público pelo seu visual e postura no palco.

Uma introdução sombria e misteriosa prendeu a atenção do público que logo percebeu que não se tratava apenas de uma simples apresentação.
Com uma incrível capacidade de alternar entre vocais limpos e rasgados, a vocalista Luana demonstrou pleno domínio além de um espetáculo performático à parte, com expressões faciais e corporais nitidamente incorporadas na musicista, que juntamente com os vocais de Bruno e Allison agregava peso para transformar as músicas em verdadeiros ritos obscuros, que eram selados pela presença dos teclados sombrios somados à intensa bateria. 

Alternando entre letras em português e inglês, um dos destaques da apresentação foi a música Valsa dos Exumados cujo lyric vídeo fora lançado recentemente no canal do YouTube da banda.
Por: Sidney Oss Emer

 

The Damnation

Foto por Sidney Oss Emer

Carregadas de violência, para compor o power trio paulistano de Thrash Metal, sobrem ao palco Renata Petrelli (vocais / guitarra), Janaína Melo (bateria) e Aline Dutchi (baixo) que inclusive, no último ano foi eleita pelos leitores da revista Roadie Crew como uma das melhores baixistas do Brasil.

Uma banda que, apesar de (relativamente nova, formada em 2019), já conquistou palcos internacionais, tendo passado pela Argentina e Bolívia, The Damnation apresenta um Thash Metal carregado e marcante com passagens ora rápidas e agressivas, ora densas e pesadas, entregando ao público um misto de sonoridades para que os moshs não cessassem.
Por: Sidney Oss Emer

 

Cülpado

Foto por Thiago Habeck

Dando continuidade à tarde de domingo, a próxima banda a se apresentar é Cülpado, de Curitiba/PR que traz uma Death Metal, pesado e muito bem executado. Com letras em português, inspiradas em atos de seriais killers brasileiros. A banda idealizada por Jefferson Verdani no formato de “one man band”, se apresenta no palco como um trio. Tendo Jefferson no baixo e vocal, Kevin Vieira na guitarra e vocal e Allan Carvalho na bateria.

A banda apresentou um som pesado com letras muito criativas. Com um vocal poderoso digno de um bom Death Metal muito bem interpretado pelos músicos, que fez com que o público agitasse bastante, inclusive esse quem vos fala.
Por: Thiago Habeck

 

Selvageria

Foto por Sidney Oss Emer

Seguindo na quebraceira, a banda Selvageria que dispensa maiores apresentações, sobe ao palco para entregar ao público uma boa dose de Speed/Thrash Metal oitentista. Os destaques da apresentação ficaram por conta das músicas A Maldição e as clássicas Trovão de Aço e Hino do Mal, que não se contentaram até ver pescoços balançando e não deixaram a roda de mosh parar.
Por: Sidney Oss Emer

 

Tuatha de Dannan

Foto por Thiago Habeck

Ao cair do entardecer, após uma pausa um pouco maior para ajustes dos equipamentos e descansar os corpos remanescentes do evento, sobe ao palco Tuatha de Dannan para celebrar o encerramento do festival e animar o público com canções dançantes no melhor estilo que os mineiros de Varginha sabem entregar.
E para quem achou que no fim do segundo dia de fest o moshpit estaria vazio, se surpreendeu com o galpão ainda cheio e movimentado, com canecos ao alto e headbangers performando as famigeradas “dancinhas celtas” embaladas ao som de clássicos como Behold The Horned King e Believe, It’s True! que já abriram o show rasgando o salão, além de até canções mais recentes como Guns and Pikes, Turn e Warrior Queen, encerrando o show com Bella Natura e fechando com chave de ouro (do pote no fim do arco íris) esta edição do Otacílio Rock Festival.
Por: Sidney Oss Emer

 

Deste modo, encerra-se mais um compromisso com o público que estivera ávido por uma variedade de bandas de altíssimo gabarito em um local fraterno e acolhedor, o qual espera-se que continue sem novas interrupções.

Contudo, na condição de mídia, temos o dever de levar as informações completas para nosso público. Presenciamos um incidente (vale aqui ressaltar que, nas 14 edições anteriores do evento, e nas quase 2 décadas de coberturas das quais eu participei, nunca havia presenciado nada parecido antes):

Um ser desprezível e misógino, onde além de ser tóxico com a ex-namorada, desferiu palavras de racismo contra uma das amigas e nossa seguidora, que estava a defender sua amiga do meliante ex namorado.
Em contato com a organização, a equipe de segurança reportou que presenciou “somente” a tentativa de agressão física, na qual imediatamente conteve qualquer avanço.

De todo modo a agressão verbal ocorreu, conforme relatado pela vítima e presentes no local, que prestaram solidariedade.
Estimamos que tenha sido um caso isolado e não volte a acontecer.
Conforme declarou a organização: incentivamos fortemente o público, que, ao ver qualquer tipo de violência, denuncie, pois só assim poderemos tomar as medidas cabíveis necessárias.

O SubSolo reforça o repúdio por esse tipo de atitude e está certo de que a produção do evento também, e devido a uma área de camping muito aberta, não tem total controle sobre estes acontecimentos nem como filtrar a má índole de ‘pessoas’ que frequentam seu espaço.

 

ANÁLISE TÉCNICA
Por: Sidney Oss Emer

Estrutura: A área de camping como sempre, muito vasta, abrigou dezenas de barracas ao longo dos dois dias de evento. Os banheiros eram constantemente limpos, garantindo conforto e bem estar para o público. No início do evento sentiu-se falta de lixeiras em alguns pontos do galpão, o que logo foi identificado pela organização e providenciado, garantindo também a limpeza no ambiente de apresentações. 

Som e Luz: A equipe técnica (Star Som e Luz) que há anos atende o evento, sempre com profissionais qualificados e equipamento de alta tecnologia, embora tenha passado por alguns contratempos, sempre operou de forma ágil evitando atrasos e problemas para as bandas e público.

Horários: Muito ressaltado pelo mestre de cerimônias Denilson Padilha, a pontualidade dos horários de apresentação das bandas é uma das principais prioridades da organização, em demonstração de respeito aos músicos e público. De modo que, salvo raras exceções, os horários foram cumpridos à risca conforme cronograma divulgado previamente.

Cast: Como se trata de um evento com mais de 15 anos de história, outra preocupação forte da organização é a escolha das atrações, onde procuram sempre trazer novas atrações de qualidade, favorecendo a cena onde bandas têm oportunidades de se apresentar e o público, conhecer novas bandas. Nesta edição, além da curadoria para o cast, o evento também contou com uma atração inédita que foi a presença de Vintage Valda Vinil, discotecando clássicos do Rock e Metal antes da apresentação das bandas.

Bar/Cozinha: O evento contou com uma ampla variedade de itens para consumo, tendo bebidas como cerveja, chopp, refrigerante, energético, destilados e comidas que variam desde salgados até lanches e porções, além de carvão e gelo a um preço justo, considerando que é uma das principais fontes de arrecadação do evento.

Por fim, tivemos um fim de semana proveitoso, onde pudemos reaver a sensação de liberdade em momentos de confraternização com amigos, e apreciar bandas que movimentam a cena underground.

Esperamos ansiosos pela próxima edição. Até lá!

Especialista em cybersegurança, acordeonista e tecladista. Entusiasta de fotografia, já foi fotógrafo e redator nos projetos Virus Rock e Opus Creat. Não limitado a um subgênero do metal, tem como preferências: folk metal, doom/sinfônico, death metal, black metal, heavy metal. Gaúcho de coração, valoriza a cultura tradicionalista gaudéria, a qual inspira suas composições nas bandas em que toca. Interesses globais: Música, ciência, tecnologia, história e pão de alho.