O SUBSOLO | COBERTURA 16º RIVER ROCK FESTIVAL 2019





AAV


Posso dizer que é a banda que mais me agradou no festival. Senti uma pegada Stone Sour desde a primeira música. Os vocais com uma pegada de drive mais moderada, traz uma pegada Heavy Metal autoral que eu ainda não tinha assistido na região.

Enquanto o solo é executado, existe uma cozinha muito bem feita pelo baixo e isso, me deixou bem entusiasmado assistindo o show dos caras. A bateria aparentemente parece simples, mas não é. É executado com precisão e com o “que a música pede”, acredito que menos é mais e se tivesse ‘mais’ poderia tirar o foco das músicas.

Eu acredito que o AAV tem os ingredientes certos na medida certa e isso que faz a banda ser incrível no palco. Destaco a música sobre depressão, que é algo que necessitamos falar e muito nos dias atuais, as composições da banda seguem esse tema e isso é ótimo!
Por: Maykon Kjellin

PLUNDER

“Gurizada boa” já dizia os lageanos. A Plunder volta aos palcos após um recesso para estudos do seu vocalista Will. A Plunder é uma das bandas mais emblemáticas da região serrana catarinense nos dias atuais. A Sonoridade da Plunder é o verdadeiro Heavy Metal, vocais agudos e outrora líricos e melódicos.

Destaco na banda o incansável Thomas, que é o cara que faz a cena de Lages/SC acontecer e na Plunder é o pulmão nos palcos, que com ótimos riffs, comanda a banda a frente. A banda fez uma apresentação autoral na maior parte do tempo, executando Iron Maiden no meio do repertório que fez todos saírem das barracas e começarem a curtir os shows do domingo.
Por: Maykon Kjellin

DARK NEW FARM

Fazendeiros no palco, é hora de dar aquela pedrada na orelha com o metal advindo das mais remotas fazendas do sul do estado. Dark New Farm que vem se destacando pelo seu trabalho sério, tanto no que concerne à técnica musical, quanto nas letras que abordam temas sociais importantes para a pauta da atualidade, como homofobia, violência contra a mulher, depressão, consciência no trânsito, entre outros, mostrou seriedade e engajamento com suas músicas que tem o peso de um metal com o groove necessário para definir uma boa receita. Com muito carisma, o entrosamento com o público é muito natural contando até com participação em palco. Apesar de que esta naturalidade em lidar com o público, tenha prejudicado um pouco a execução em alguns pontos de músicas cujos tempos não são lineares, a apresentação foi bastante interessante e agradou muitos que acabavam de conhecer o grupo.
O setlist da banda contou com as músicas do seu recentemente lançado EP Farm News, já disponível para venda física e audição nas redes sociais e plataformas digitais.
Por: Sidney Oss Emer

LACRIMAE TENEBRIS 


Representando o Doom Metal ao lado da Serpent Rise, o Lacrimae Tenebris  apresentou- se no começo da tarde o que foi um horário atípico para o trio, porém toda a luz do recinto se foi quando executarama primeira musica do set, Casa de espelhos, o primeiro single que apresentou para os fãs a proposta do trio que tem influências de Novembers Doom e My dying bridge como fica evidente em Solitude 
Por: Maykon Kjellin


NO ONE SPOKE

É muita classe para uma banda só. Com todo respeito às outras bandas que se fizeram presentes durantes os 3 dias de fest. Mas No One Spoke demonstrou tanta elegância ao subir ao palco, que me fez sentir vergonha de estar com o coturno cheio de barro. Brincadeiras à parte, além da apresentação visual, a qual impactou os presentes, o show se inicia com um poderoso vocal lírico que logo é acompanhado por violino, teclado, bateria, baixo e guitarra, compondo o grupo que deu andamento  uma sucessão de canções envolventes e bem estruturadas, como é de se esperar em um metal sinfônico.
Antagonicamente falando, com toda a apresentação visual mencionada, era crível que uma performance mais elaborada fosse desempenhada ao palco, no sentido de atuação e entrosamento dos integrantes entre si e com o público. Mas nada que tire o mérito dos excelentes músicos que ali estiveram, dos quais a vocalista e o tecladista (Carla Domingues e Thiago Gonçalves respectivamente), na edição anterior do River Rock, criaram a trilha sonora do Recital Metal no casamento do Adriano Ribeiro (Organização) e Ana Cláudia.
Por: Sidney Oss Emer


VERMOUTH

Fim de tarde, evento se encaminhando para o término, é hora de ouvir um som, com clássicos das décadas áureas do bom e velho Hard Rock e Rockn’ Roll. Diretamente de Lages, Vermouth relembra bandas como AC DC, Pink Floyd, Queen, Deep Purple, Iron Maiden, Metallica entre outros.
Por: Sidney Oss Emer


COWBOYS FROM RIO

E pra fechar o evento, Cowboys From Rio, até quem não conhece a banda tem uma ideia do som que eles tocam. Diretamente de Rio do Sul, um tributo feito por fãs de Pantera, encerrou o evento com o mais violento thrash metal possível, para deixar o público com mais vontade de ficar por pelo menos mais uns dias acampando.
Por: Sidney Oss Emer

ANÁLISE TÉCNICA SOBRE O FESTIVAL:

Estrutura: No segundo ano da nova casa da festa das tribos, podemos ver algumas mudanças em relação à estrutura. Uma delas é a presença de 2 telões de LED que, profissionalizaram as apresentações das bandas e deram mais imponência para o visual destas.
Outro ponto importante foi a centralização e organização de canais de mídia especializada, o que proporcionou uma otimização de tempo na transferência de informações e comunicação com a produção.

Horários: A pontualidade foi um ponto positivo, apesar de haver algumas trocas de horários entre bandas.

Cast: Infelizmente, a visão de que bandas internacionais tem mais valor, ainda ecoa sobre alguns festivais, creio que no intuito de atrair um maior número de público, alguns eventos ainda apostam no valor monetário que uma banda representa.
Com a experiência deste ano, estimamos que o retorno de bilheteria e arrecadação em geral tenha sido positivo, pois, muitas pessoas de nosso público nos perguntaram quem seria e afirmaram ter conhecido a headliner do evento após a divulgação do cast. Não desmerecendo o trabalho de bandas internacionais, aliás, é ótimo que tenhamos isso, pois muitos não tem condição de “se dar ao luxo” de viajar para o exterior para ver sua banda preferida. Mas às vezes é preciso valorizar o cenário local.

Bar/Cozinha: Preços acessíveis e produtos de qualidade. Houve variedade na alimentação, sendo disponibilizados lanches específicos para o público vegetariano/vegano. Na parte de bebidas houve até chopp nas qualidades pilsen e IPA.

Camping: A área de camping com um espaço para um grande número de acomodações continua sendo um diferencial positivo, para abrigar uma vasta quantidade de espectadores.

Deste modo, ficamos na expectativa para o próximo ano, que, conforme já informado pela organização, serão 4 dias de festa. Será um prazer trabalhar durante esse período e produzir este conteúdo underground que tanto nos dedicamos para entregar.
Onde há espaço para escrever, tenha certeza que irei deixar minhas palavras. Foi assim que me tornei letrista, escritor e roteirista, ainda transformando minha paixão por música em uma atividade para a vida. Nos palcos, sou baixista da Dark New Farm, e fora deles, redator graduado em Publicidade e Propaganda para o que surgir pela frente.