ANAL VOMITATION
Infelizmente, nossa equipe não teve tempo hábil de chegar para acompanhar a primeira apresentação. Cumprimentamos os integrantes, e lamentamos não poder presenciar seu show. Estimamos que numa próxima oportunidade, o façamos.
TENGU
Noite caindo no camping da rota Km66, um convite para adentrar à noite e viajar no mundo da música. Nada mais sugestivo do que fazer isso, ao som de um rock experimental, que além dos efeitos audíveis através das melodiosa guitarra na companhia dos scratches e synths, os quais desenvolviam o som eram acompanhados de imagens kaleidoscópicas nos telões. Apesar do post rock ter essa levada “liberal” e alternativa, senti falta de um preenchimento, seja ele nas cordas ou nos elementos “de mão” como sample, sintetizadores. No mais, o som foi acolhedor e entrosou a galera para o início do fest.
LEGACY OF KAIN
Distante de ser uma mera apresentação de músicas em cima do palco, Legacy of Kain mostra presença desde o início do seu show, e oferece ao público, um conjunto de sensações combinadas, trazendo uma apresentação performática carregada de groove e peso de um thrash metal, por vezes alternado com cadências mais melódicas. Cabe o enaltecimento das bandas que optam por cantar em português, pois isso demonstra a consideração, tanto para com a sua pátria (leia-se fora do contexto político), quanto para o público em geral, uma vez que, mesmo quem acaba de conhecer a banda, pode rapidamente decorar as partes da música e cantar junto, mesmo sem saber um segundo idioma.
O zelo pelo patriotismo também é notado em suas letras, principalmente no seu último trabalho “Paralelo XI” lançado em maio deste ano, o qual teve algumas de suas faixas apresentadas, como Split in Half, The Throne, Worse Days Will Come, Indigenous Pride e a homônima Paralelo XI.
E como se não fosse o bastante, ainda tivemos covers de respeito como Sepultura e Lamb of God (Slave New World e Redneck respectivamente).
ANTHARES
Pescoços aquecidos após um show de thrash groove metal, é hora de descer a lenha e curtir uma das mais tradicionais bandas de thrash metal raiz que o Brasil conhece. Trazendo os grandes clássicos da década de 80, Anthares animou o público ao trazer faixas do aclamado No Limite da Força (1987). Mesmo para os que não são apreciadores assíduos, é difícil não bater cabeça ou ficar parado diante de uma banda com tanta história e qualidade técnica sobre o palco. Após o término do show os famosos gritos agudos do thrash metal contagiaram o público continuaram ecoando pelo camping durante todo o restante da noite. Ao fim do show, o vocalista Diego Nogueira dedicou o show ao João Gordo, estimando a sua recuperação.
RATOS DE PORÃO
Os fãs estavam ao mesmo tempo que ansiosos, apreensivos com o que viria a ser o show de uma banda histórica como Ratos de Porão, sem o icônico frontman. Porém logo após os primeiros acordes, pode se entender como seria a levada da banda que escolheu honrar seu público e fazer um show, mesmo sem um integrante, estando este em estado de enfermidade.
Entre uma música e outra, Jão mostrou irreverência e tranquilidade em relação a João Gordo, fazendo piadas com a ausência do colega. Por fim, a banda não decepcionou aqueles que cresceram ouvindo os hinos do HC, no show da primeira headliner do evento.
POGO ZERO ZERO
Alguém falou em mosh? Para aqueles que ainda estavam com energias para se manter em pé após o show de dois grandes monstros do thrash/HC, puderam conferir uma porradaria violenta com o som sem frescura de PZZ, que não deixou a peteca cair, na madrugada que adentrava a primeira noite de shows do fest.
HIGH BUTCHER
Infelizmente, uma ocorrência de última hora impediu que a banda Paranaense se apresentasse, conforme esclarecido pelo próprio grupo na sua página oficial do Facebook:
COSMIC SOUL – DEATH TRIBUTE
Usando um pouco de hipérbole, posso dizer que esta é uma banda que “brotou” no meio dos festivais, e tenho a satisfação de poder ter acompanhado alguns de seus shows. Fato este que me dá base para poder afirmar com mais solidez, a incrível evolução do grupo.
Parafraseando meu colega de redação, Harley Caires: “Banda cover, tributo e afins é assim: ou você odeia por acreditar que estão roubando o lugar de bandas autorais ou você entra na vibe e curte o som”. E, de fato: Death é Death. Além de uma ótima escolha para se prestar tributo, apresentam uma técnica impecável, além da visível a seriedade com a qual o projeto é levado, dada a sincronia e entrosamento em palco.
NOTA: Ainda não sabemos se a queda de energia no meio do show, foram meros problemas técnicos de infraestrutura, ou a porrada que foi o som da Cosmic Soul.