O primeiro O SubSolo Metal Fest marcou uma parceria que vem acontecendo à muito tempo entre o site e a Bruxa Verde Produções. Visto que também não é o primeiro evento do site, que teve três edições de O SubSolo Rock Festival, sendo a última edição antes da pandemia com ninguém menos que, Angra de headliner.
Além disso, o site promovia na cidade de Imbituba/SC um evento chamado Encontro de Bandas O SubSolo que teve 8 edições, mas algo especial para O SubSolo Metal Fest que era o retorno em produções após a pandemia frear todos os projetos presenciais.
Sobre essa parceria com o site, Matheus Jacques do Bruxa Verde disse o seguinte: “Realizar a organização e promoção de um show em Florianópolis em parceria com O Subsolo foi um considerável ‘item eliminado da checklist’. Já era algo que tinha em mente há um tempo, e finalmente concretizar essa união foi uma grande felicidade. A qualidade de curadoria d’O Subsolo em seu trabalho é inegável, e contar com a indicação da banda Goaten e facilitação para a realização dessa primeira vinda deles para Floripa, somado a um cast que ainda contava com as ótimas Dark New Farm, Tetric Tone e CRAS, foi um marco. No meu ver, esse primeiro O Subsolo Metal Fest foi um sucesso e espero que possa se repetir mais vezes.”
O evento aconteceu na casa de shows do Haôma Baixo Centro, um casa que conta além da estrutura para shows de pessoas envolvidas diretamente com o cenário alternativo da capital. Além do espaço mencionado, conta com um local gastronômico muito em conta com ótimas opções de alimentação, pensando em todos conta ainda com opções vegan. O local ainda serve como estúdio de ensaio e nisso vemos que é um local especial para músicos e público fiel ao Rock e Metal.
A logística do evento teve que ser alterada devido a problemas no trânsito enfrentada pelas bandas Dark New Farm e Goaten, mas tudo saiu perfeitamente mesmo com alterações, confira:
Tetric Tone | Heavy Metal | Florianópolis/SC
Com algumas mudanças de logística devido ao trânsito, Tetric Tone iniciou o fest e uma coisa ficou clara, a forte influência da essência do Black Sabbath. Com um som denso e arrojado, uma mistura de Doom, Stoner e Heavy se instaurou no palco do Haôma e a banda com um quinteto muito bem sintonizado, não demorou nem meia música para ver o público invadir a frente do palco e banguear.
Com um repertório autoral de boas músicas trazendo uma sonoridade bruta e com direito a muito Groove, o quinteto da capital mostrou que merece muito mais reconhecimento e estar presente em mais eventos, além de executarem um show impecável com muita interação com o público, se fez presente como público em todas as bandas.
Por: Maykon Kjellin
Dark New Farm | Groove New Metal | Imbituba-Laguna/SC
Se tem um assunto que posso tratar com propriedade é quanto à essa banda e o que ela vem fazendo em 2024. Justamente por isso posso dizer com convicção: o show do quinteto do litoral catarinense foi o melhor que vi deles neste ano.
Quando os primeiros acordes ressoaram no Haôma, o grupo se transformou em palco e entregou um repertório 100% autoral -algo que não ocorria à muitos meses. A mescla entre as faixas do Farm News (debut de 2019) e novas composições funcionou de forma impecável e teve pronta resposta do público, que compareceu à frente do palco e não parou de bater cabeça para o som massivo da Dark New Farm.
Normalmente, a influência mais Nu Metal da banda faz muitos truezões torcerem o nariz ou preferirem pegarem uma cerveja durante o show, mas não foi o que aconteceu dessa vez. Florianópolis abraçou as misturas e experimentações propostas pela Dark New Farm, e sinto que foi isso que fez o show ser tão bom: o quinteto sentiu essa aderência do público e fez com que cada música fosse ainda mais pesada e intensa. Um show que valeu a pena acompanhar do começo ao fim, e certamente foi o primeiro de muitos da banda na Ilha da Magia.
Por: Vini Saints
Goaten | Heavy Metal | Porto Alegre/RS
É difícil falar da Goaten, pois sou um grande admirador da banda. Além da música, todos os integrantes vivem dentro do Heavy/Hard desde suas vestimentas como a sua maneira de tocar, interagir e curtir o evento.
O frontman e também baixista Franccis é um cara franzino até portar um baixo e um microfone a sua frente. Com bons agudos e uma dinâmica e certeira, conduz o show como um maestro, já o guitarrista Daniel é um cara que hipnotiza durante sua execução, muitas vezes parece nem encostar nas cordas mas tira um som intrigante e genial. Mas o show da banda fica por conta do baterista Rafa Drinkwater, que a única coisa ironicamente o que o homem não bebe, é água. Rafael tem uma desenvoltura diferenciada na bateria, gira baqueta, bate nos pratos dando soco e se diverte durante a execução e como amigo do mesmo, fico feliz de vê-lo assim, após tempos difíceis de enchente no Sul que o fez mudar sua vida drasticamente.
Por: Maykon Kjellin
CRAS feat. Mayara Puertas | Sludge Metal | São Paulo/SP
Muitos estavam curiosos e apreensivos para ver o que a dupla CRAS e Mayara Puertas, renomada vocalista do alto esquadrão do Metal Nacional, iria entregar no palco d’O SubSolo Metal Fest. Eu, inclusive, era um destes. E se a expectativa era um show altamente técnico e pesado, ela foi devidamente atendida.
O nome da frontwoman por si só poderia atrair muitos fãs dos demais trabalhos de Puertas, mas a banda que encabeçava o festival como headliner estava ali por um motivo: tinha uma legião de admiradores prontos para vibrar com canções já consagradas e banguear ao Sludge executado com brutal intensidade.
O trio de músicos do CRAS formado por Cris, Lucas e Hércules Breno é impecável, e já executam o repertório com natural grandeza e notavam no público a resposta de que cada música entregue estava acertando as cabeças. Unir isso à voz potente e versátil de Mayara era uma receita infalível, e, tecnicamente, de fato funcionou com perfeição. Substituindo a vocalista titular, Marili, a convite da própria, Puertas foi um acerto por conseguir encaixar sua amplitude vocal nas exigentes músicas de CRAS.
Por: Vini Saints
O evento aconteceu de forma impecável do começo ao final, isso é muito mais do que apenas organizar e sim, ver todo o planejado acontecendo da melhor forma. A troca entre as bandas foi rápida e os próprios membros se ajudaram. Todas as bandas foram entrevistadas no backstage pela Liza Crow, conhecida como O Corvo e o evento ainda contou com o apoio das mídias Underground Extremo e Hell Yeah Company.
Fora as bandas, um encontro entre as mídias catarinenses ocasionou uma grande confraternização, troca de ideias e boas discussões. Que aconteça mais desses encontros presenciais para cada vez mais, as parcerias sejam mais fortes.
Enquanto nós, estamos orgulhosos de lançar mais um festival e ter mais uma opções de fomentar no nosso cenário; com pés no chão e muita humildade, sabemos do nosso potencial com a ajuda das bandas, o Rock/Metal não vai morrer enquanto estivermos vivos.