Como que algo sem proporção alguma chegou em sua terceira edição. O Encontro de Bandas viralizou pelo estado de Santa Catarina, nesse último domingo (23/04), recebemos mais quatro bandas e a atração d’A Hora Hard, sendo essa última mencionada a maior mídia de coberturas de Santa Catarina, que completará incríveis treze anos em 2017. A festa não poderia ser diferente, com a maior parte do público sendo de fora da cidade Imbituba.




A casa abriu as 13:30hs, como direito ao pessoal estar presente na porta desde cedo para conhecer o ambiente e já ir tomando aquela cervejinha entre amigos. As bandas que tocariam mais tarde, estavam desde o inicio e isso já demonstrou que seria uma tarde de puro Rock/Metal entre amigos para se reverem. E foi o que aconteceu, em maior parte sendo de músicos, amigos e namoradas das bandas que participariam, a casa lotou e foi um evento espetacular. 

Abrindo os trabalhos, a Turn Off veio de Criciúma. A banda está cada vez mais dentro do Hardcore, executando seu novo single “Opressor de Ideias” que estará no volume 2 da coletânea O SubSolo, também continuam trabalhando na divulgação do CD “Todos Contra Todos” que foi lançado em 2013, tocando músicas como “Chuva” e “Encantada”. O grupo trouxe bons covers como The Offspring, CPM 22 e Sum 41. É notório como o Hardcore californiano está nas veias dos músicos, sendo que esse é atualmente a fase que a banda vem passando, arrisco a dizer que o novo disco que está em fase de construção, será para este lado, a banda está focada no Hardcore. Ah, antes que me esqueça, foi a primeira apresentação da Turn Off com o novo baixista em Imbituba, o Lucas. Fiquei prestando atenção de como ele se sairia no baixo, soube que ele é guitarrista na verdade, sua performance no palco era evidente como se sentia a vontade, uma grande presença de palco e uma cozinha muito bem feita com o Pedro (baterista). Foi um baita show, com doses de humor e bom Hardcore.


Também de Criciúma, Antítese que no segundo encontro, deu o lugar para o Krucipha tocar, veio turbinado para esse encontro. A banda além de executar suas ótimas composições presentes no disco “Ser Igual” de 2015, também trouxe um Medley de Queen, e músicas do lado B de Pitty e Linkin Park. Antítese é uma banda muito bem entrosada, o mapa de palco dividia os guitarristas e vocal a frente, teclado e baixo no meio e o baterista atrás, porém, o palco ficou pequeno para seis integrantes, mas mesmo assim a banda demonstrou como usar o espaço que sobrava, o pub ficou pequeno para tamanha apresentação. Além de se apresentar e fazer toda a correria para chegar no horário, Antítese chegou bem mais cedo e levou toda a iluminação para dar mais brilho ao evento, digno de agradecimentos e aplausos, tem quem diga que a união não adianta de nada. Obrigado Antítese!



De muito longe veio o Power Trio de Punk Rock, o Morenas Azuis, com um ótimo merchan em mãos, além de bottons, camisas de mais de quatro cores, e seus dois primeiros discos, a banda já demonstrou desde o início que apoia a cena local, trazendo discos para venda de bandas amigas. Além de diversas autorais, tivemos versões de Ramones cantadas em Português falando sobre comida, que na verdade é um outro projeto dos músicos, que se chama Rangones. Falando um pouco da performance da banda, Pio, o baixista é um cara que não consegue ficar parado, diversas vezes achei que iria enroscar nos cabos e ir ao chão, mas o cara é muito ninja, rs. Lucas é o frontman principal, tem uma boa pegada na guitarra e tem uma técnica absurda, executa bons solos e ótimos riffs. Renan é o lenhador da banda, parece que toca com duas árvores no lugar de baquetas, ou marretas, ou machados. A bateria do Drakos, deve estar zunindo até agora, é muita porrada, mas não deixa de manter uma harmonia e uma cadência, sendo que junto do Pio, fazem uma cozinha muito bem feita, impossível botar defeito.




E encerrando o Criciúma Rock Festival, digo, digo… O Encontro de Bandas, mais uma banda de Criciúma, hahahaha. Análogo era uma banda que almejávamos trazer para Imbituba a tempos e incrível como evoluiu ainda mais desde a última vez que os vi tocar. Com as suas autorais presentes no primeiro disco, “Não adianta falar, temos que Gritar”, o grupo executou covers de Sepultura e outras bandas de Metal. Talvez o rótulo de “Metalcore” não sirva mais para os caras, já abrangem diversas áreas do Metal, navegam pelo Metal Clássico, pelo Thrash, pelo Groove e até pelo Doom. Pode ser que essa seja o intuito e pode ser que não. O que posso afirmar é que a banda cresceu ainda mais, o palco também ficou pequeno para tanto peso e técnica. Rolou até um Bob Esponja na troca de instrumento do baixista. Sincronia, entrosamento e amor pelo Metal, fazem a diferença em ótimos shows, Análogo terá muito sucesso ainda, podem anotar.


Agradecimentos, Karlus Valga, responsável pelas fotos utilizadas no post. Edir Miranda, músico e proprietário do pub, Drakos Beer Pub.





Nos vemos no próximo, dia 21/05.
Confira o flyer:






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Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.