E se fosse para descrever o Inferno Metal Fest com poucas palavras? Com certeza elas seriam adjetivos de incrível e satisfatório, um evento marcado pela satisfação para com a organização em todos os critérios, algo que não se faz pelo mero acaso. Conversando melhor, juntamente com o pessoal da Claustrofobia, com o Bruno Gregorini responsável pela organização, era evidente o empenho em todos os critérios para o sucesso da realização.
E mais uma vez agradecemos o convite e a credencial para podermos cobrir mais um evento na região, esperamos estar nos próximos eventos do Inferno Metal Fest e cada vez consolidar ainda mais esta nossa parceria. Desta vez os colaboradores responsáveis pela cobertura do evento foram Éder Freitas (Músico e Redator) e Bruno A. L. Costa (Produtor Musical e Músico)
O evento se inicia com a Ch4rriot, banda que foi selecionada por votação para abrir o evento e subiu ao palco para fazer o que vieram fazer: Repertório alternado entre covers e autorais que marcaram o início da noite que seguiu com a Explícita Revolta HC, também selecionada por votação, e que dominou o palco como a sala da sua própria casa, completamente confortáveis com sua performance mandando seu som autoral. Performance mais que marcada por uma vinheta que separava a primeira e segunda parte do show, o que foi uma boa técnica utilizada pela banda para não deixar o público esperando durante a troca de instrumentos, por um baixo marcante e pela intimação para com o público de se aproximarem do palco para um grande final, repleto de rodas punks!
A noite seguiu com Pátria, que teve em seu repertório além de clássicos da banda algumas músicas inéditas executadas pela primeira vez no festival, a banda trouxe em seu instrumental as gélidas guitarras e baixos como deve ser o black metal. A banda agradou o público levando o que eles queriam. Performance eternizada por um grande solo de Marcelo Vasco.
Ao fim do show da Pátria, assume a Dyingbreed que fez um show incrivelmente forte, uma incrível performance que não foi atrapalhada nem por alguns problemas técnicos. Na metade do show, o vocalista pede a permissão do público para fugir um pouco do tema metal e tocarem uma balada romântica, a aprovação foi boa referente ao público, eles então se preparam para iniciar esta música nesta nova pegada: Nisto os casais se aproximam, olhares são trocados de forma intensa! O romantismo toma conta do local quando então a Dyingbreed joga a música mais pesada de seu repertório!!! Humor genial por parte da banda, o sentimento de “quer baladinha? veio ao lugar errado” então domina. A banda entregou um show de extrema qualidade, inclusive tecnicamente em relação à sonorização e fez um dos melhores shows da noite.
Após uma pegada forte da Dyingbreed, sobe ao palco a Daydream XI, uma banda de metal progressivo que merece aqui todos meus singelos elogios à todos instrumentista por suas técnicas incrivelmente apuradas em seus instrumentos e também cantando, pois todos os músicos tinham também partes vocais, o que chamou bastante atenção do público. A banda vez uso de playback para substituir membro ausente (tecladista).
Porem, a banda parecia não ter noção ou confiança em suas próprias composições e acabaram por saturar o show com demasiadas conversas, praticamente entre todas as músicas, tentando aparentemente uma interação com público, mas que acabou ficando além de chata, um pouco forçada e por este motivo, apesar de excelentes instrumentistas e cantores, acabaram soando um pouco amadores no palco, o que não foi motivo para não levantar palmas do público diversas vezes.
E para fechar a grande noite, a então esperada Claustrofobia. Olha, é difícil descrever o show da banda num texto, poderia encerrar por aqui simplesmente deixando a recomendação de vocês irem ver pessoalmente, pois a banda realmente subiu ao palco para tirar o pino da granada. Alguns problemas em dos amplificadores de guitarra passaram até despercebidos no meio deste grande show que cativou o público com muita energia! Tanto, que mesmo pegando um público já cansado de diversas outras bandas, levantou as rodas punks até a última música! Repertório mesclando consagradas e recentes, agradando o público do início ao fim.
Aos que ficaram pós encerramento, tiveram ainda o prazer de conversar com a galera da banda que não encerrou sua noite com o show, show este que deixou um gostinho de quero mais!
Grande evento, grandes bandas, grande organização. Realmente, quem não foi: perdeu!
Fotos: Cultura em Peso