Lucifer estava promovendo seu mais recente álbum, Lucifer V, lançado em janeiro de 2024. Conhecida por sua mistura de Heavy, Rock e Doom metal com influências dos anos 70, a banda explora temas como ocultismo, magia e morte em suas letras.
As bandas de abertura que acompanharam Lucifer nesta apresentação foram Tantum, Pesta e Space Grease.
A primeira a se apresentar foi a Tantum, com seu som Heavy Metal/Hard Rock. Infelizmente, por conta do trânsito e o horário de início da apresentação, não pude acompanhar desde o começo o show. Cheguei na metade, e a casa ainda estava bem vazia, influenciada pelo horário do show, que caiu no pico do trânsito em BH.
A banda, que vem se destacando no cenário nacional com seu som e performances, mais uma vez não decepcionou. Chervona é uma frontwoman que consegue ter o público na mão, com uma voz potente e um timbre incrível, além de uma performance de palco magistral. O destaque foi a execução de Rojo, música mais recente lançada que fala sobre a violência contra a mulher, trazendo uma performance muito impactante de Chervona, usando um vestido de noiva (confeccionado por ela mesma, que sempre cria seus figurinos) e uma taça de “sangue” que se fundiu à sua apresentação. Também foi executada uma nova música, ainda não lançada, chamada On the road, que fala sobre as experiências e vivências da banda nessa estrada de shows e viagens. Mais uma apresentação que fez os presentes pedirem por mais e mostra como a Tantum vem evoluindo a cada dia para ser uma das principais bandas nacionais.
A segunda banda a se apresentar foi a Pesta. Não posso deixar de dizer que, para mim, a Pesta é a maior representante nacional do Stoner/Doom Metal. Com clima denso, arrastado e execução impecável, a presença de palco e a atmosfera criaram um clímax perfeito diante dos nossos olhos e ouvidos. O show foi curto, mas marcou muito.
A terceira banda a se apresentar foi a Space Grease, e que grata surpresa para mim. Não conhecia a banda e curti muito; foi uma viagem aos anos 70, à psicodelia. A presença de palco da vocalista, com seus chocalhos e sua dança, era como se estivesse dançando em volta de uma fogueira em um ritual, como disse Germânia (Opus Mortis). Com certeza, uma banda que entra para a minha lista de preferidas.
Então, foi chegada a hora esperada por todos: HABEMOS LUCIFER! Desde o início do show, a energia foi palpável. As bandas de abertura prepararam o terreno, mas foi a chegada de Johanna Sadonis e sua trupe que realmente transformou o ambiente. Com uma presença de palco marcante, Johanna conduziu a audiência por um ritual sonoro que explorou os temas de ocultismo e magia presentes em suas letras. A conexão entre a banda e o público foi inegável, e a noite se tornou um verdadeiro pacto musical. Ao final do show, os presentes deixaram o local imersos em uma sensação de satisfação e um desejo ardente de um retorno.
Para quem perdeu essa apresentação, as palavras de Johanna ecoam: Lucifer sempre encontrará uma maneira de voltar. Fique atento, pois a escuridão está sempre à espreita, pronta para nos envolver novamente.
Um fato a citar e comentar é que muitas pessoas, impressa e público, comentaram que a qualidade das bandas foi inegável. Porém, se tratando de uma terça-feira, com show começando em horário de pico, isso atrapalha um pouco a chegada do público e as bandas terem uma audiência maior em sua apresentação. A de se pensar em talvez menos bandas de abertura em shows em dia de semana para que as bandas possam se apresentar um pouco mais tarde sem o show se encerrar muito tarde.
Mais uma produção impecável da Xaninho Records e Caveira Velha Produções. Agradeço também a Germânia (Opus Mortis) do site Headbangers Brasil pela colaboração na elaboração desta resenha.