Como deve ser de conhecimento de boa parte do público, cá estamos para trazer a você, caro leitor, os detalhes Maniacs Metal Meeting que rolou entre os dias 30/11/2018 e 02/12/2018. Esta é a primeira parte da série de três que contemplam a sequência da cobertura completa desse baita fest.









A chuva intensa que caía até 16:00 de sexta feira (30/11) não parecia ser um problema para o pessoal que já estava acampado desde quinta à noite, ou quem continuava a chegar e começava a dar forma ao pequeno vilarejo MMM. Afinal, uma das principais regras de sobrevivência outdoor é: providenciar abrigo!



Pronto. Chuva cessada, as barracas se alastraram pelos arredores da fazenda e por volta das 18:30, pudemos ouvir os primeiros acordes da passagem de som, anunciando que o início do primeiro show se aproxima.
Antes de falar sobre as bandas, é interessante observar que ouvi muitas críticas por parte do público, o fato de o cast ser 100% BR. Não vejo isso como algo negativo. Pois desta forma, podemos ver que temos muita banda boa por aí e temos a oportunidade de conhecer novos sons. Ademais, como O Subsolo sempre enfatiza, apoiamos o Undergroud. E sim, podemos importar material, tem muita banda underground gringa que realmente vale a pena conhecer, mas vamos valorizar o que é nosso. Todas as bandas que se apresentaram nesta edição do Maniacs Metal Meeting desempenharam uma performance excelente no palco. Salvo situações pontuais que geraram certa polêmica pós evento, das quais não presenciamos, portanto O Subsolo não vai opinar em nome de terceiros.
Ainda sobre cast, o que deixou a desejar, ao meu ver, foi a falta de diversidade de gêneros. Sim, houveram distinções contrastantes, mas se analisadas em percentual, são mais de 53% do cast para uma parcela majoritária de 3 gêneros, e 47% para os 13 gêneros restantes. Muitos espectadores são bastante ecléticos dentro dos subgêneros do metal, mas quem não é adepto de um gênero predominante, sofre com a falta de opção. Ainda assim, dá de fazer uma festa bacana, assar aquela carne e curtir o som com os amigos. Falando nisso, vamos de som!
Abrindo as porteiras da fazenda mais metal de SC, Verbal Attack – Jaraguá do Sul/SC inicia pontualmente conforme horário anunciado mandando ver um crossover violento pra chamar o povo pra dentro do rancho. Tática esta que funcionou muito bem, sendo que nas primeiras músicas, a frente do palco se tornara habitada pelo povo sedento de metal. No pós show, pudemos ouvir os comentários do público admirados com a performance da banda, que só melhora a cada show. 
Verbal Attack – Crossover/Thrash Metal
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Na sequência, Flageladör – Niterói – RJ trouxe um pouco de Thrash/Speed Metal, pra agitar o esqueleto dos que ainda estavam cansados da viagem dos mais longínquos locais. 
Flageladör – Thrash Metal 
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Com um set matador, a banda de heavy metal Dominus Praelii – Londrina/PR trouxe os maiores clássicos da carreira, acompanhados de uma energia insana do público que acompanhou cantando praticamente o show inteiro. Se não bastasse a vibe até então, encaminhando-se para o fim do show mandaram aquele cover maroto de Judas Priest (Grinder).
Dominus Praelii – Heavy Metal 
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Sem sombra de dúvidas, um dos pontos culminantes no primeiro dia do evento foi a apresentação de Velho – Duque de Caxias/RJ. Moshs violentos, técnica e muito black metal, num show memorável para público nenhum botar defeito. A banda vinha sido esperada mesmo antes do festival, onde comentários em redes sociais demonstravam a expectativa para tal apresentação. A qual foi devidamente atendida, segundo relatos dos presentes.
Velho – Speed Black Metal 
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A produção de mosh não pode parar. Por isso, Rebaelliun – Porto Alegre/RS trouxe um death metal brutal diretamente do garrão do país para o norte deste estado. A quebraceira foi garantida desde a primeira música até a famosa e triste saideira. 
Rebaelliun – Death Metal 
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Irmãos. Irmãs! É chegada a hora da missa mais tenebrosa que se tem notícia pelos arredores. Na guitara, 7 peles, no baixo, 7 Peles, Na bateria, 7 Peles e na oratória, 7 peles, compõe 7 Peles colocando RJ em peso no cast.

7 Peles – Black Metal 

Antes da apresentação, foi sanada a expectativa dos que esperavam ver a cruz de madeira que havia sido plantada na entrada do evento ao fim da tarde, então, posta em chamas, selando o início do encontro de todos os 7 Peles presentes. A banda profanou o solo sagrado da Fazenda Evaristo na noite que adentrara, e mesmo após problemas técnicos com o equipamento no início do show, o som não parou e o black metal ecoou pela noite do MMM.
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Para quebrar um pouco a tensão instaurada, Still Life Remains – Florianópolos/SC mandou um heavy metal tradicional, e ao fim do show, uma homenagem guitarrista Rafael Scopel, falecido em maio de 2015 num acidente automobilístico. Apesar do clima de pesar daqueles que acompanham a banda desde o início da sua carreira, a homenagem serviu para trazer lembranças de canções compostas há mais de 15 anos, como Destination Somewhere e The Crab Ship Arise da demo homônima(2001).
Still Life Remains – Heavy Metal 

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Apresentando o single Casa dos Espelhos dentre outras canções melancólicas, que fazem parte do seu set e sua característica sonora, misturando doom metal, com pegadas de death, Lacrimae Tenebris – Curitiba/PR encerra a primeira noite do fest.
Lacrimae Tenebris – Doom Metal
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Não se esqueçam, logo traremos as próximas partes da cobertura. Acompanhe O Subsolo para não perder as próximas postagens e fotos do evento!

Na segunda parte, falaremos sobre as bandas que compunham o segundo dia, acampamento e atrações extra. Não percam!

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Especialista em cybersegurança, acordeonista e tecladista. Entusiasta de fotografia, já foi fotógrafo e redator nos projetos Virus Rock e Opus Creat. Não limitado a um subgênero do metal, tem como preferências: folk metal, doom/sinfônico, death metal, black metal, heavy metal. Gaúcho de coração, valoriza a cultura tradicionalista gaudéria, a qual inspira suas composições nas bandas em que toca. Interesses globais: Música, ciência, tecnologia, história e pão de alho.