Enfim chegamos a mais um evento muito esperado pelos headbangers da capital catarinense. A primeira edição do Scream Metal Bloody foi realizada com uma surpresa, uma banda diretamente da Espanha. Fora esta surpresa os idealizadores do evento apostaram suas fichas em outras três bandas da região para completarem o cast, que ficou muito pesado e não deixou ninguém parado, tanto até para nós que estávamos cobrindo o evento foi inevitável não bater cabeça, estamos prevendo torcicolos vindo por aí.






Vamos falar um resumo sobre as apresentações:
Abrindo as atividades do festival, ficou por conta da banda Evil Domain, trio de Itajaí que acaba de lançar sua demo Morbid Greed, iniciou o evento Scream Metal Bloody com suas letras
profanas e ocultas sob o estilo do mais extremo Death Metal. Logo em seguida a lendária banda de Death Metal Khrophus, conhecida de longa data dos headbangers,
destruiu no palco do Célula, dando continuidade à Spreading the Madness Tour
. A terceira banda foi a Apostles of Perversion, banda
de Brutal Death Metal espanhola, que arrebentou tudo, com direito à uma
tentativa de “obrigado, istepôs” por conta dos gringos. O fechamento do evento
ficou por conta da Misanthrope, banda de Curitibanos de tributo à clássica
Death, de Chuck Schuldiner, que não deixou em nada a desejar com uma execução
fiel, agitando os fãs da banda. O show da Misanthrope contou ainda com a
participação de Bruno, da banda Atlantis e amigo da banda, tocando a música Leprosy
na bateria.



Sobre a organização:
Impecável, desde a escolha do cast que atrairia o público até o último segundo de evento. Todas as bandas entraram no palco e tiveram o mesmo tempo, mostraram para o que vieram, se sentiram a vontade e em casa. Uma organização sólida e com pés no chão é crucial para que o evento tenha êxito no proposto inicialmente, como podemos citar: horários pontuais e o equipamento de som impecável. Para melhor entendermos o que se passa na cabeça de um organizador, vamos conversar com Ed Machado, o cabeça do evento:


Ed, de onde surgiu a ideia
de fazer um evento do porte do Scream?

Ed Machado: Agradeço a entrevista ao pessoal do O Subsolo. Sempre foi um
sonho organizar um evento de metal, especialmente do estilo que gosto.
Trabalhando junto a casa Célula Showcase na divulgação dos eventos surgiu a
oportunidade de organizar um de metal, oportunidade que devo agradecimento ao
gerente da casa, Geraldo Borges, que confiou em mim do começo ao fim. A ideia inicial
era fazermos junto o evento, mas no decorrer acabei tomando frente praticamente
sozinho, desde a negociação das bandas até a programação do evento.

Contou com a ajuda de amigos?

Ed Machado: Quando contei aos amigos a novidade, muitos ficaram empolgados e
dispostos a ajudar, eles querem que essa ideia dê muito certo. Já tinha na
cabeça a ideia inicial que era trazer um tributo ao Death, banda que sou fã, as
outras bandas foram conversando e negociando com amigos. Logo também surgiu a
contribuição importante na parte de divulgação, cartaz, vídeos, venda de
ingressos. Esse fest tem muitas coisas de meus amigos, sem eles a qualidade não
seria a mesma.

Já havia tido a experiência
de montar eventos?

Ed Machado: O máximo que organizei foi um churrasco. Mas sempre fiquei
atento aos festivais, o formato que é feito, sempre que posso tento ir, não só
pra conhecer as bandas mas também ver a organização e o que realmente o público
do metal quer.

Caramba! Parabéns pelo
sucesso do evento! Então, Ed, é incrível saber que ainda há pessoas que dão seu
tempo e se dedicam arduamente pra fortalecer a cena. E, falando em cena, como
você encara a atual cena do metal em Floripa? Acredita que estamos ganhando
espaço e a consolidando?

Ed Machado: Floripa tem grandes shows sim, já veio muita banda de qualidade
pra cá, só precisamos fortalecer um pouco mais o público, já vi amigos de
produtoras tomar prejuízo grande por trazer banda internacional de muita
qualidade e não dar 100 pessoas. Esse é processo que precisamos ter paciência
para mudar e voltar ao que Floripa já foi, com fest lotados.

Queremos aproveitar este
espaço pra deixar o compromisso da equipe d’O SubSolo com a divulgação e
cobertura dos próximos. E, afinal, já podemos ficar na expectativa pela próxima
edição do evento?

Ed Machado: Será um prazer ter vocês na cobertura do próximo evento, fico
agradecido. E com certeza, já estou pensando numa próxima edição com um formato
parecido com este. Quero manter a qualidade das bandas e não decepcionar quem
gostou da primeira edição.

A equipe do portal O SubSolo
agradece muito pela entrevista e, principalmente, pelo empenho em organizar um
evento de qualidade impecável! Algum recado que gostaria de deixar aos leitores
do portal?

Ed Machado: Gostaria de agradecer quem compareceu a primeira edição do
evento, quem não conseguiu tente ir na segunda, isso é muito importante. Vamos
juntos consolidar um evento de metal em Floripa e fortalecer cada vez mais a
cena de Santa Catarina. Um abraço a todos


Então
agora só nos resta esperar pelas próximas edições desse evento que tem tudo pra
crescer e se tornar uma grande referência na região.