A Age of Artemis é uma das bandas mais clássicas e importante representante do Power Metal Nacional no cenário mundial, tendo seus álbuns distribuídos por todo o planeta, com destaque especial para o Japão, onde possui contrato para distribuição de todos a discografia.

Formada em 2008, em Brasília, a Age of Artemis teve seu álbum de estreia produzido por Edu Falaschi, precedendo uma discografia sólida e grandiosa, formada por quatro discos de estúdio, que os levaram a tocar ao lado de grandes nomes do Heavy Metal Nacional e Mundial, chegando até mesmo ao Rock in Rio.

Em processo final de composição de seu próximo álbum de estúdio, conversamos com Giovanni Sena (baixo), Gabriel Soto (guitarra) e Airton Araujo (vocal), que nos contaram um pouco mais sobre a trajetória da banda e seus planos para o ano de 2024.

Primeiramente, gostaríamos de agradecer por dedicarem um tempo para falar com o público d’O Subsolo. Ficamos muito felizes em ser um dos primeiros veículos que terão notícias a respeito do próximo álbum da Age of Artemis, então queremos saber tudo! O que vocês já podem nos adiantar sobre esse disco?

Giovanni Sena: Nós que agradecemos o espaço. Estamos muito empolgados com esse processo. Escrever músicas novas é sempre um desafio e ao mesmo tempo, muito prazeroso. Apesar da demanda de tempo e fosfato que se gasta, é algo que a gente fica feliz quando vê como o resultado tá ficando. Nesse novo álbum, acredito que deixaremos mais uma vez a nossa contribuição para a música pesada brasileira. Como sempre não pode faltar boas melodias, soluções harmônicas inesperadas, músicas rápidas e boas letras.

Gabriel Soto: Acredito que esse novo álbum simboliza um recomeço da Artemis. É o primeiro trabalho do Airton, então estamos tendo varias ideias novas, contribuições pessoais e o mais importante, uma nova identidade nas músicas.

Airton Araujo: Sei o quanto a galera está ansiosa pra saber o que traremos no novo álbum completo de inéditas. Me dediquei muito pra imprimir o máximo da minha essência como cantor nesse trabalho e posso dizer que estou cada dia mais empolgado com os resultados. Giovanni e eu trabalhamos juntos em muitas ideias e em todas as melodias. Estou a cargo das letras, contando com o suporte do Giovanni. Tem sido um prazer trabalhar com um cara com esse nível de musicalidade. Nesse álbum trataremos de um tema que embora soe focado na atualidade, trata-se de algo que permeia a história da humanidade: Nossa essência e nossas tendências.

E como foi a recepção do público ao Overcoming 10 Years? Afinal, é um álbum que faz releituras para clássicos da banda e ainda apresenta o novo vocalista, Airton Araújo.

Gabriel Soto: Quando fizemos a primeira audição do álbum com alguns fãs que foram escolhidos, todos gostaram. As músicas são as mesmas, porém releituras misturando novas fontes rítmicas e outros contextos musicais para uma mesma melodia. Ainda na pré-venda do álbum, vários Kits com Jaqueta e Cds foram vendidos. Posso afirmar que houve uma ótima aceitação.

Giovanni Sena: É muito legal ter o Airton conosco. Nesse momento somos uma banda mais experiente, e ao mesmo tempo procurando aprender com as adversidades de se ter uma banda de metal. O bacana é que o Airton já entrou vacinado, sabendo dessas adversidades. E isso se demonstrou na gravação do Overcoming 10 Years. A receptividade foi ótima, e na época, como havíamos lançado o Monomyth a pouco tempo, foi muito legal da parte dele entender que aquele era o momento de se lançar um acústico. O resultado do disco foi ótimo. Além das releituras dos clássicos do primeior disco, há uma canção inédita no mesmo chamada Healing Wounds.

Airton Araujo: Sou suspeito. Imagino que a maioria esmagadora dos vocalistas preferiria iniciar sua atuação com sons mais pesados. Mas gostei demais da ideia de fazermos o acústico. Na minha construção como cantor passei por diversos estilos então foi uma oportunidade ímpar de registrar interpretações que em muitos momentos não caberiam dentro de músicas mais pesadas. 

E como estão as expectativas da banda para voltar a tocar?

Gabriel Soto: Tocar Metal, no Brasil, para um estilo que nunca foi “mainstream” é motivo de orgulho e amor para todos da banda. Estamos ansiosos para qualquer show que venha a surgir!

Giovanni Sena: Nossos planos é aumentar o leque de possibilidades, e tentar tocar em todos os lugares possíveis.

Vocês já tocaram no Rock in Rio. Nos contem como foi essa experiência e como conseguiram chegar em um dos maiores festivais do mundo.

Gabriel Soto: Tocar no Rock in Rio é algo maravilhoso do começo ao fim, desde a recepção até a saída da cidade do rock! A banda teve uma excelente repercussão desde o primeiro cd, isso ajudou a estar no casting do Rock in Rio!

Vários artistas talentosíssimos já passaram pela banda, mas a formação da Age of Artemis foi sempre muito sólida. Olhando para trás, como vocês observam a passagem e saída desses músicos e o impacto dessas mudanças na sonoridade da banda?

Gabriel Soto: Todos os músicos que passaram pela Artemis contribuíram para o que a banda se tornou tanto para a parte sonora como a sua visibilidade, eu só tenho a agradecer a todos!

Giovanni Sena – Acredito que os antigos membros contribuíram da forma que lhes cabiam à época. Cada um teve a chance de colocar sua digital. Porém, mudanças acontecem e isso a gente não pode controlar. O importante é saber lidar com essas mudanças. Saber que essas mudanças são importantes para a existência da própria banda.

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Aproveitando que falamos da discografia da banda, se cada um de vocês pudesse escolher apenas uma música de cada disco da Artemis para apresentar a discografia da banda a um novo fã, quais seriam?

Gabriel Soto: OVERCOMING 10 YEARS: Healing Wounds, MONOMYTH: Lightning Strikes, THE WAKING HOUR: Under the sun, OVERCOMING LIMITS: One Last Cry.

Giovanni Sena – OVERCOMING 10 YEARS: Healing Wounds, MONOMYTH: Helping Hand, THE WAKING HOUR: The Waking Hour, OVERCOMING LIMITS: One Last Cry.

Airton Araujo – OVERCOMING 10 YEARS: Healing Wounds, MONOMYTH: The Calling, THE WAKING HOUR: Under The Sun, OVERCOMING LIMITS: Echoes Within.

E apesar de muito belas, as músicas da Artemis são bastante complexas. Qual foi a composição mais difícil da carreira da banda até o momento?

Gabriel Soto: Acho que em termos de execução, a música `Till the end` do Overcoming Limits foi a mais complicada.

Giovanni Sena: Na verdade a dificuldade se apresenta na hora do impasse de se resolver alguma parte da melodia e/ou harmonia. Isso se dá no processo da composição. Dito isto, houveram algumas que precisaram ficar de molho, daí foram revistadas e resolvidas um tempo depois. Então citar uma seria difícil, pois passamos constantemente por isso.

Como vocês enxergam o cenário Heavy Metal de Brasília e do Brasil como um todo na atualidade?

Giovanni Sena: Precisa melhorar. O intercambio entre as bandas é de suma importância, pois vivemos num país de proporções continentais. Para tocar em outros estados ainda é difícil por conta dos altos custos. Mas se for falar de bandas, em cada quadra existe uma querendo mostrar o trabalho e vender o seu som/merchandising.

Airton Araujo: Ainda acho que o cenário está engatinhando. Se outrora se ouvia que poucas bandas possuíam qualidade em seus produtos isso vem caindo por terra há um bom tempo. Falando em termos gerais (Produção, Videoclipes, Merchan, etc…) os produtos do metal nacional estão cada dia mais incríveis. Mas isso não se sustenta. Precisamos de fato de um circuito que possibilite a rotatividade de bandas de forma menos onerosa. Sem ficar apenas no famoso “pagar pra tocar”. E isso certamente só vai mudar com muito investimento por parte de bons produtores/empresários entrando pra essa cena e trabalhando com mais bandas além das de sempre, daí talvez consigamos esse circuito. É um tema complexo.

Agradecemos muito pela disponibilidade de vocês e gentileza em atender O Subsolo. O espaço está aberto para deixarem uma mensagem aos seus fãs e aos nossos leitores.

Gabriel Soto: Obrigado a todos que acompanham a banda, sem o publico não existe banda! Vamos nos ajudar a manter o heavy metal vivo!

Giovanni Sena: Logo mais divulgaremos mais detalhes sobre o disco novo. Estamos curtindo esse momento de pré-produção, e afirmo que estamos trabalhando muito para fazer um baita disco. Tudo de bom e nos vemos em breve.

Airton Araujo: Muito obrigado pelo espaço e pelo compromisso que vocês têm em prestar esse excelente serviço ao metal nacional. Aos que ainda não conhecem os últimos trabalhos da Age of Artemis, os convido para que ouçam o Overcoming 10 Years e sigam a banda e os membros nas redes sociais. Fiquem ligados, pois o novo álbum está chegando e tenho certeza que os fãs de um bom power metal, com aquelas pitadinhas fora da caixinha vão se amarrar.

A Hell Yeah Music Company surgiu em 2020 a partir do sonho de dois amigos, Luis Fernando Ribeiro e Leandro Abrantes, que se conheceram há 15 anos por meio do Heavy Metal e tomaram-no como trilha sonora de suas vidas e matéria prima de sua arte. Respeito, valorização, criatividade e amor pelo que fazemos são nossos pilares. A #HYMC nasceu para quebrar padrões, ignorar estereótipos e dar suporte às bandas brasileiras que compartilham do mesmo sonho que nós. Baseada em Florianópolis, SC, a Hell Yeah atende bandas de todo o Brasil e de Portugal. Hell Yeah Music Company, música como experiência.