Sempre tivemos uma amizade próxima com a Depois da Tempestade, pelo fato de ser uma das primeiras bandas que tivemos contato quando iniciamos o projeto do blog. Hoje, temos uma amizade bem significativa e agradecemos por terem tirado um tempo do para concederem uma entrevista para o O SubSolo.


Conversamos com Diego Andrade, o baixista e o cara a dar o pontapé para que a DDT existisse.




O SUBSOLO: Depois da Tempestade, uma das primeiras bandas a abrir as portas e receber de braços abertos o nosso projeto, finalmente estamos frente a frente para trocar uma ideia e a tão combinada entrevista está saindo, (rs). Qual o significado de Depois da Tempestade e como foi ter criado a banda e as dificuldades que foi encontrado no começo do projeto?

DDT: Bom… O nome surgiu inspirado no álbum Obrigado Tempestade, da banda Hateen.
Eles agradeceram a tempestade, como se fosse os momentos ruins que a banda passou, as dificuldades, mas foi em meio a tempestade que eles cresceram e puderam fazer um álbum tão incrível como o citado no começo da resposta. A banda nasceu derivada de outra banda que aliás, estava com problemas. Mas foi algo em que eu (Diego), Dennys (guitarrista) e PH (antigo guitarrista), queríamos fazer. Tentar mais uma vez e tentar chegar o mais longe do que a gente já havia chegado com alguma banda. As dificuldades se resumem a todos terem tempo, dedicação, dinheiro, oportunidades e reconhecimento também. Acredito que são coisas que qualquer banda vai ter que enfrentar em sua caminhada.
O SUBSOLO: Vocês acreditavam que Depois da Tempestade iria chegar aonde está agora? Afinal são três EPs, três clipes oficias, um webclipe, além de milhares de visualizações no youtube e seguidores nas outras redes sociais, esperavam por isso tudo? Como é ver toda essa aceitação nos quatro cantos do Brasil, em algo que vocês de dedicam de corpo e alma?
DDT: Por mais que seja clichê, esperar a gente não esperava, mas tínhamos essa vontade de alcançar tudo isso. Foi por isso que montamos a Depois da Tempestade e sempre procuramos fazer diferente do que fizemos em bandas passadas.
Mas ver a aceitação cada vez mais aumentando, é incrível! Porque é o reconhecimento do nosso trabalho e acreditamos que nada é maior que isso.
O SUBSOLO: Nem tudo em uma banda são flores e vocês já sofreram trocas integrantes, como é essa mudança?
DDT: É sempre complicado. Ainda mais dependendo do momento em que isso ocorreu. Por exemplo, já rolou em meio ao processo de gravação e pós lançamento de EP. E claramente, a banda dá uma balançada, porque a procura por um novo integrante é um processo difícil e envolve muitas questões além da habilidade musical. Mas a gente sente que em todas as mudanças, a banda só cresceu.
O SUBSOLO: Então, quatro anos de banda e muita lenha ainda para queimar.. O que podemos esperar da DDT ainda para 2016?
DDT: Nosso maior projeto para esse ano, é gravar e lançar o primeiro álbum da carreira.
E podemos citar também: tocar em estados que nunca tocamos, como por exemplo, Ceará. Tocaremos em Fortaleza, em Maio!
O SUBSOLO: Algum dos três EPs tem um gostinho especial? Qual o motivo?
DDT: Pergunta difícil! Mas acredito que o Mutáv3l, terceiro ep, tenha esse gostinho especial. Tanto por causa do estúdio que gravamos, quanto pela repercussão que ele teve, que foi a maior que tivemos com um EP.
O SUBSOLO: MUTÁV3L é o meu favorito, tanto é que foi resenhado pelo O SubSolo e também foi citado como um dos melhores de 2015. Como foi a produção dele?
DDT: A gente começou a compor as músicas do Mutáv3l, no meio de 2014. Foi o trabalho no qual ficamos mais tempo compondo. Levantamos algumas opções de estúdio, mas quando chegamos no Electro Sound Studio e no André Freitas, produtor do disco, vimos que era o local ideal para as ideias que tínhamos.  Ele foi em um ensaio conferir as músicas, gostou do que viu e começou a trabalhar na pré produção das músicas. Foram meses de trabalho, mas o resultado foi totalmente acima do que esperávamos.
O SUBSOLO: Quais foram as primeiras músicas da banda e na opinião de vocês, qual a importância em compor?
DDT: Lembro que a “Faça” e a “Lutar e Vencer”, ambas do 1º EP, “O Sol Nascerá”, eu tinha feito para a banda que tinha com o Dennys,  antes de montarmos a DDT. Elas sofreram algumas modificações.
E a importância em compor, é fundamental! É o momento em que conseguimos colocar nossos sentimentos em algo que pode mexer com a vida de alguém.
O SUBSOLO: Lembro que a primeira música da DDT que ouvi e me identifiquei ao mesmo tempo foi “Busquei Vida”, todas as letras de vocês sempre tem uma história envolvida, são letras fortes e a galera acaba de identificando.. Foi algo que vocês tentaram padronizar, ou foi do tipo que saiu espontaneamente? 
DDT: Sempre é algo espontâneo e geralmente vivenciado pelo vocalista, Victor Birkett, que é o compositor das letras da banda.
O SUBSOLO: Como disse anteriormente, a DDT fez quatro anos, entre esses anos sempre tem histórias engraçadas e hilárias, que tal nos contar alguma que marcou a banda?
DDT: Em 2013, tocamos em São Roque, no popular BAR DO DITO, que não basta ser o nome de um Pokémon, as bandas tocavam na frente de um banheiro, do lado da geladeira de cervejas e em cima tinha uma televisão. No dia, tava passando a final da Copa das Confederações, Brasil x Espanha, e na hora dos gols não sabíamos que a galera tava curtindo o show ou comemorando! (risos). No ano passado, fizemos uma festa de lançamento do EP Mutáv3l e por ser num bairro bem residencial, uma vizinha chamou a polícia, e era umas 17 horas da tarde. Quando tocamos, umas 20 horas, contamos a situação para o publico que começou a gritar “Hey… Vai tomar no c…..”. E a historia mais recente aconteceu no show de 4 anos de banda. O chão tava escorregadio e o Victor levou um belo capote.
O SUBSOLO: HAHAHAHA, com essas histórias hilárias vamos nos despedindo. Agradeço pela entrevista, por terem sido uma das primeiras bandas a terem acolhido o O SubSolo e claro, por toda a amizade que a gente criou nesses primeiros meses de contato. Desde já, ansioso pelo primeiro álbum da banda e que possamos receber e resenhar para o blog. Deixamos esse último espaço para que vocês deixem um recado para nossos leitores, mais uma vez, Obrigado!
DDT: Agradecemos todo apoio da galera do O Subsolo, pois vocês fortalecem a cena demais! Fazer as coisas chegarem até a galera, é uma forma da banda estar cada vez mais perto de quem realmente importa. Gratidão!



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Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.