
Karlus Valga: Eu é quem agradeço pela chance em falar um pouco mais sobre a Creedout! Bom, a banda começou em 2015. O Robson Borges eu já conhecia (ele foi meu aluno de xadrez quando ele tinha 14 anos kkkk… mas já tocava legal nessa idade, porém eu só fui presenciar todo o potencial dele anos depois na Análogo), Aquiles Grego tocava comigo na Dyskagem Dyretta (boa parte das letras da banda foram escritas por ele, sem falar que o Aquiles era o frontman na Dyskagem… um músico e compositor muito versátil) o Leandro Colombo e o Ruan Ribeiro vieram à convite do Robson. No início, a ideia era tocar covers do Creed, contudo a banda foi sentindo a necessidade de de expandir o repertório e resolvemos montar um com bandas dos anos 90 (Foo Fighters, Pearl Jam, Nirvana, Stone Temple Pilots dentre outras). Além de, também, montar um repertório com músicas do Reação em Cadeia. Como a banda toda já tinha experiência com autoral (temos eu e o Aquiles como letristas e o Robson e o Leandro vindos do EP “Não Adianta Falar… Temos que Tentar” da Análogo que ficou muito bom os arranjos que os dois criaram) vimos que era possível e sentimos a necessidade em criar algo próprio da Creedout. E, quanto à mim, canto desde os 17 anos (e escrevo letras também desde essa idade), além da banda faço voz e violão (atualmente, não tanto kkkk) e sou um dos coralistas do coral da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC.
Agora que o pessoal já conheceu você e a Creedout nos conte, como surgiu a ideia de uma nova fase da Creedout?
Karlus Valga: Acredito que, por necessidade e por muita vontade em criar algo próprio. Temos um grupo experiente tanto na composição de letras quanto na composição de arranjos na parte instrumental. Além do fato de que, tivemos alguns entraves nos últimos shows covers e começamos a ver que isso estava nos desgastando muito. Tínhamos ideias gravadas, trechos de letras escritas, alguns arranjos arranjos soltos… então um dia resolvemos tirar tudo isso do papel e gostamos do resultado disso tudo.
Um dos processos interessantes da Creedout nessa nova caminhada é a identidade visual. Como chegaram a conclusão de que precisavam de fato mudar e o que agrega na Creedout daqui pra a frente?
Karlus Valga: Bom, o que tínhamos em relação à identidade visual da banda eram as artes de capa das redes sociais (facebook, instagram, youtube e outros) que na época foram feitas de maneira não muito planejada (precisávamos de algo para ser preenchido na identidade visual e fizemos meio que às pressas sem muita profundidade). Como agora a ideia era divulgar o material autoral da banda, precisávamos de algo que mostrasse, de maneira mais simples e objetiva, o que é a Creedout.
Vocês escolheram o Ricardo Dal Pont para fazer a logo de vocês, ele é um cara que está no meio da cena independente com bandas e gostaria de saber, ele estar no meio da cena foi um ponto importante pela escolha do designer?
Karlus Valga: Com certeza! Desde o início queríamos uma pessoa que tivesse uma boa experiência em termos de criação de logos para bandas e que tivesse essa experiência do underground (queríamos alguém que enxergasse a cena como nós enxergamos também) e o Ricardo tinha tudo isso e também um processo de criação conceitual que me chamou a atenção.
Vamos falar do futuro. Quais os próximos passos da Creedout e o que tem engavetado que você pode nos contar em primeira mão?
Karlus Valga: No momento, estamos trabalhando na divulgação do primeiro Single da banda ( a música Escolha) que será anunciada juntamente de um lyric vídeo (acredito que, até o final de 2019) e já estamos ensaiando um segundo Single (Notas de um Naufrágio). Mais adiante estaremos lançando um EP com mais duas músicas além das duas últimas citadas, temos material para mais um EP e uma série de ideias para criações futuras.
O planejamento da banda é sempre importante, como é realizado os planejamentos estratégicos da Creedout nessa nova mudança?
Karlus Valga: Em termos de composição, no início eu levava para o estúdio uma letra pronta com a base e a melodia já incluídas e à partir daí, surgiam as ideias adicionais do restante. Hoje o Aquiles também participa mais nesse sentido (já que ele também escreve) e recentemente, em alguns momentos do ensaio, começamos a fazer jam´s de improviso e alí sempre surge uma ou duas ideias novas. Acredito que o processo criativo da Creedout é muito contínuo… estamos sempre guardando ideias novas. E na parte estrutural da banda, procuramos pensar mais a curto prazo: atualmente estamos focados no lançamento do primeiro Single, e no ensaio do segundo. É um grupo que não tem problemas internos. Nos damos muito bem dentro e fora da banda.
Como está o cenário independente catarinense? Nos indique algumas bandas para ouvir.
Karlus Valga: Por aqui as bandas covers ainda são maioria (não tirando o mérito delas, pelo contrário, são muito boas). Mas há bandas que estão conseguindo bons destaques como a Ponto Nulo No Céu (que irá tocar no Rock In Rio em 2020), gosto muito da Don Capone (que tem um material autoral e uma chuva de arranjos muito bem elaborados em suas músicas), Balthazar (uma banda com uma identidade esotérica única por aqui), Antítese (uma das bandas mais completas em que já vi tocar por aqui) e outras que vem fazendo um bom trabalho com muita dedicação que é o caso da QuatroQuartos e da Cherry Ramona.
Karlus. obrigado pela disponibilidade. Admiramos o trabalho da Creedout e estamos ansiosos para ouvir o trabalho autoral de vocês. Deixo esse último espaço para deixar uma mensagem aos leitores.
Karlus Valga: Gostaria de Agradecer em especial ao nosso “gurú” Maykon Kjellin pela paciência conosco kkkk (somos um tanto devagar em certas coisas e ele vem fazendo um trabalho muito bom conosco dando um norte em um monte de coisas em que a gente não sabia como prosseguir). Agradecer à todos que vem acompanhando a banda (estamos muito contentes com o que estamos produzindo e, apesar de irmos devagar, estamos caminhando à passos firmes, pois queremos mostrar algo do qual colocamos parte de nós nisso tudo… sendo assim, queremos muito que seja especial, tanto para nós, quanto para vocês).