Dando início à série de entrevistas que fizemos no decorrer da cobertura do evento que agitou a cidade de Otacílio Costa/SC neste último fim de semana, o Otacílio Rock Festival, O SubSolo trocou uma ideia massa com o vocal da banda de Metalcore que deu abertura aos trabalhos do festival, Léo Coelho, da Legado Frontal.

Léo, satisfação em ter você aqui conosco! No início da apresentação desta edição do Otacílio, você comentou no palco que estavam rompendo um hiato de shows neste festival. Poderias nos falar mais sobre isso?
Léo Coelho: Exato, no início do ano passado, a banda entrou em hiato, tendo em vista compromissos dos membros, dois dos membros tiveram filhos e, isso meio que acabou interrompendo; eu também tenho uma outra banda agora, a Mandíbula Reggae – com um foco diferente – e, infelizmente, conforme o “andar da carruagem”, não conseguimos prosseguir. Nós voltamos a ensaiar pro Otacílio Rock Festival, mas, não temos a intenção de voltar 100% na ativa com a banda, não por agora, pelo menos. É aquela, né, não acabou, mas por ora, estamos parados.

Então você tem a pretensão de continuar com as duas bandas? No caso, com a Legado Frontal e a Mandíbula Reggae?
Léo Coelho: Com certeza! Oficialmente, eu estou mantendo a Mandíbula, né? Tendo em vista o hiato da banda e a falta de tempo dos demais membros da Legado. Até porque, a Legado, foi a minha primeira banda, tenho todo um apego sentimental por ela (risos). Mas respondendo sua pergunta, sim, daqui um tempo, pretendo conciliar as duas bandas na ativa.

A Legado Frontal pode ser considerada uma banda residente do Otacílio Rock Festival. Pra vocês, ainda dá aquele “friozinho na barriga” ao subir no palco desse festival?
Léo Coelho: Sempre rola aquele friozinho na barriga né? (risos) E esse friozinho é muito importante que ainda role, porque, a partir do momento em que você perde 100% o medo de algo, perde-se completamente a graça. Por mais que nós já tenhamos tocado 4 ou 5 vezes aqui no Otacílio Rock Festival, aquele peso de ser “a casa da banda” sempre tem e devemos honrar isso e fazer o nosso melhor.

Como você comentou anteriormente, você está na ativa com a Mandíbula Reggae. Quais os planos pra sua carreira daqui pra frente?
Léo Coelho: Nós estamos terminando de produzir nosso primeiro EP, o “Vem pro Reggae”, serão cinco faixas e o lançamento está previsto pra março. Com certeza, 2017 será um ano promissor pra diversos shows e eventos do meio.

Léo, como você toca em duas bandas de vertentes completamente diferentes, presumo que tenhas diversas influências. Dentro do metal e do reggae, quais são as bandas que te influenciam?
Léo Coelho: Então, essa pergunta eu preciso repartir em duas partes (risos). Na Legado, desde o começo, a minha maior influência sempre foi Raimundos, porra, eles são a banda do meu coração, minha maior influência. Nas nossas ultimas composições, o que tem pego bastante são os caras do Machine Head, Born From Pain, Caliban – bandas mais voltadas pro estilo “breaking down” mesmo; e, com a Mandíbula, com certeza posso citar a banda Rebelution, que é uma banda de Reggae da Califórnia, Tribal Seeds, Planta e Raiz, enfim, nós procuramos manter aquele estilo “Reggae Roots”.
A Mandíbula Reggae integra a I Coletânea do nosso blog (saiba mais AQUI). Pra vocês, o retorno do público foi o esperado?
Léo Coelho: Foi muito bom! Nossa, em vários lugares já aconteceu de chegar alguém e falar “Po, conheci o trabalho de vocês na Coletânea”, e isso, pra gente, é uma grande honra; eu acompanho o trabalho de vocês desde que a ideia nasceu, desde quando o Maykon começou a idealizar tudo – inclusive, ele é um grande amigo meu – quando ele me apresentou a ideia, na hora eu já falei “vambora”, e resultou nesse trabalho incrível. Pra gente, até foi meio que um susto, porque a base da Coletânea são bandas de rock e metal, aí, quando de repente, surge lá um reggae, ta ligado? Essa mistura ficou sensacional, diferenciou na hora da galera escutar e deixou a vibe bem legal.

Você, como músico de duas bandas de diferentes vertentes, sente muita diferença do público do metal pro reggae?
Léo Coelho: Sinto sim, mas cara, não é uma diferença ruim, entende? Os dois públicos são ótimos, de uma receptividade sem igual, tanto um público quanto o outro está lá porque realmente gosta e ama aquilo ali.
Para encerrarmos, você poderia deixar algumas palavras para os apreciadores do seu trabalho e para os leitores do nosso blog?
Léo Coelho: Com certeza! Pessoal, não percam a esperança (risos); quero agradecer ao pessoal d’O Subsolo, pela oportunidade e espaço, aproveitar e mandar um abração pro Maykon, meu amigo; desejar boa sorte pra você, Thabata, na cobertura desse festival maravilhoso e um bom trabalho! Valeu!

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