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Resenha: Invincible Shield – Judas Priest (2024)

Salve headbangers, estou passando por uma mudança no meu gosto pessoal que é bem curiosa, sempre tive para mim a tríade do Heavy Metal composta por Black Sabbath, Iron Maiden e Judas Priest, sendo que o Motorhead correndo por fora para ser a terceira força. Mas de uns anos para cá enquanto o Iron vem brisando em trabalhos bem Prog (Não falei que são ruins, calma meu jovem) o Judas veio com Firepower que faz jus ao seu nome, e agora depois de passar por algumas barras como o câncer do Rob halford, o Judas como a fênix que sempre foi, vem com Invincible Shield, e aí meus amigos a citada tríade do meu gosto teve uma grande alternância, e o que levou a isso eu explico abaixo:

Panic Attack já é uma velha conhecida nossa, pois foi a primeira “amostradinha” do álbum e na época eu queria guitarras um pouco mais sujas porém ouvindo o trabalho na íntegra ela faz todo o sentido com que vamos ouvir aqui e como Rob canta ainda desse jeito é um mistério que a ciência não sabe explicar mas ele continua fantástico. 

The Serpent and the King, veio na sequência e aqui quando eu tinha ouvido ela antes do lançamento não tive dúvida é Judas Priest na sua melhor forma, isso é Heavy Metal, vocais agudos guitarras super trabalhadas despejando riffs na nossa cara o tempo todo ah mas é clichê? cara, são senhores com meio século de banda acha que eles precisam provar alguma coisa? eles não são o cara da bandinha meia boca sem camisa, eles são o puro aço sem mais, e só estamos na faixa dois.

Chegamos na faixa título, e aqui espero que nenhum menor de idade esteja lendo (ou alguém muito pudico) porque minha definição vai ser: sabe aquela faixa feita com tesão? e isso da para ver que eles escolheram ela para faixa título, porque ela tem energia de sobra e mostra uma banda com a mesma (ou até mais ) energia que uma banda iniciante. Arrisco dizer que os méritos para isso se devem também para Faulkner que trouxe sangue novo desde a sua entrada no Judas, e Devil in Disguise poderia muito bem estar na sua outra banda o Elegant Weapons, e note como ela tem já um acento Hard que se conferem em Gates of Hell.

A partir daqui o Judas mostra que não tem só o Painkiller como destaque na sua discografia, digo isso porque eles vão reduzindo a velocidade e mostrando outras facetas que não é novidade para quem assim como eu ouviu álbuns como Turbo (Polêmico mas maravilhoso) e até algo dos trabalhos mais recentes por isso Crown of Horns e Trial By Fire. Pode não parecer, mas são destaques dentro de um álbum muito homogêneo.

O mestre Glenn Tipton, que também enfrentou sérios problemas de saúde, mostra que ainda tem muita lenha pra queimar. Ouça Escape From Reality; tem algo muito Black Sabbath no som e isso é ótimo, e Sons of Thunder que tem uma letra meio bobinha mas é bem direta. E fechando o trabalho a comovente Giants in the Sky, um tributo aos mestres que se foram, e aqui deu aquele aperto de o que será do metal sem o Judas. Por sorte, enquanto isso não acontece, somos presenteados com trabalho como esse que é na minha opinião, cativo em destaques de 2024.

TRACKLIST

01) Panic Attack
02) The Serpent and the King
03) Invincible Shield
04) Devil in Disguise
05) Gates of Hell
06) Crown of Horns
07) As God is My Witness
08) Trial by Fire
09) Escape from Reality
10) Sons of Thunder
11) Giants in the Sky

Paulista e um dos maiores amantes do Metal Extremo, principalmente se tratando do nacional. Professor de Geografia e História, é também formado em Matemática e Filosofia, Pai da Naylla e do Dhemyan. Foi colaborador de algumas mídias, antes de fundar o site Underground Extremo, o qual tem um laço de irmandade com O SubSolo. Acompanhava o trabalho d'O SubSolo a alguns anos e passou a contribuir e fazer parte da equipe, a qual é honrado em colaborar com o desenvolvimento desta grande mídia do Rock/Metal, sendo o responsável pela parte das escritas mais extremas do site.