E é por isso que nunca nos definimos como um blog natural de um estado único e sim abrindo as portas para todo o eixo nacional. Acreditando que o ideal é unir toda a cena brasileira em um único lugar, é o correto para fortalecer cada vez mais, sendo assim, já recebemos materiais de bandas de todos os cantos do Brasil e hoje é a vez de falar de uma banda que vem se destacando no Mato Grosso do Sul, diretamente da cidade de Campo Grande.




O Bunring Universe é a resenha da vez, a banda foi formada em 2011 na já citada, Campo Grande no Mato Grosso do Sul, composta por:  Danilo Leal (guitarra e voz), Roberto Cabrera (guitarra), Tomaz Leal (baixo e Voz) e Lincoln Keiser (bateria), o intuito da banda era focar em um Hardcore nu e cru, com pitadas de Metalcore. O grupo tem influências de bandas como: Alesana, Alexisonfire, Thrice, Envydust, Dead Fish, Colligere e Noção de Nada. Seu primeiro trabalho lançado em 2013 foi um EP intitulado “O Espectador do Tempo”, e o seu primeiro álbum full é o resenhado de hoje, “O Esquizofrênico Curado”, lançado em 2015.

Desde o inicio já gostei do álbum pela primeira coisa que sempre vemos, a capa. A arte é linda e muito bem trabalhada, sua contra capa é o que eu sempre bato o pé e digo sempre aqui, simples e muito legível. Ao ouvir o álbum o que imaginava, veio a tona, músicas pesadas e com riffs técnicos, vocais ensurdecedores como se realmente um Esquizofrênico gritasse e desabafasse, confesso que não é o tipo de música que eu gosto, mas não é por isso que não deixa de ser interessante, desde a forma como cada instrumento é tocado até a montagem da música em geral, os refrões são uma arte a parte, muito bem construídas.






E não é que os Sul-Mato-Grossenses sabem fazer música? É uma melhor que a outra que fica até difícil citar uma que se destaca, os vocais em fúria como já havia citado, riffs e acordes fortes e uma bateria cadenciada e ao mesmo tempo harmônica, o baixo muito bem regulado e timbrado como se fossem ossos batendo. Gosto da forma como os instrumentos se interligam e formam juntos uma melodia diferenciada, dando toda a liberdade para as vozes, só acho que a segunda voz poderia ter sido melhor encaixado, ou talvez o timbre da voz não encaixou, como por exemplo na segunda faixa “Os Próximos”, mas é algo que não tira o brilho da composição.


A banda se julga como Hardcore e Metalcore, mas mão sabem que tem outras influências por trás das composições, eu por exemplo consegui ouvir um Doom Metal, uma pitada de Thrash Metal e uma coisinha minima de Stoner. Acho que é a questão de que os músicos tem plantado em suas raízes suas influências e as vezes mesmo não notando colocam elas em prática em suas músicas. A composição é algo tão surreal, que coloca a alma do músico a prova, pois a composição é o que o músico dedica todo o seu coração nas pontas dos dedos a cada nota dada, cada acorde tocado, cada groove de bateria, cada linha de baixo criada e é apenas com som autoral que conseguimos ver suas reais capacidades.

TRACKLIST
01) – Congelamento Global
02) – Os Próximos
03) – Serial Devaneio
04) – O Esquizofrênico Curado
05) – Aurora Nublada
06) – O Espectador do Tempo
07) – Engrenagens
08) – Momentos
09) – Círculo Vicioso


FORMAÇÃO
Danilo – guitarra / vocal
Beto – guitarra
Tomaz – baixo / backing vocal
Lincoln – bateria


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Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.