Salve Headbangers! Que a verdade seja dita, no meio do Symphonic e  Gothic Metal, o Epica vem liderando a longas braçadas e claro não da para negar que tanto o talento para compor de Mark Jansen e os vocais de Simone Simons são responsáveis por esse reinado.

Porém se a banda ficasse estagnada correria o risco de cair no marasmo e isso seria um grande retrocesso, por isso que a audição de Omega gera expectativas, mexer no time que está ganhando ou jogar para a torcida, a resposta se essa estratégia deu certo, você encontra aqui na resenha.
 

Cinco anos se passaram desde The Holographic Principle (2016), que é um ótimo álbum mas que já ativava o sinal de alerta, pois o Epica não poderia se repetir nas suas orquestrações e viagens metafisicas, bom, não que a banda tenha se afastado desse cenário, mas eles estão no topo do metal sinfônico e claro que as próximas banda que se aventurarem por esse estilo irão inevitavelmente ter o Epica como inspiração

Então já que estamos de frente a um álbum de Symphonic Metal, claro que teremos uma intro Alpha – Anteludium que é Epica (com perdão do trocadilho), grande pomposa e por ai. Mas não se engane não é ruim só digamos uma intro que cria o clima para a próxima faixa.

Eis ela, Abyss of Time e sabe aquela sensação de já ouviu isso? Pois bem, ela fluia naturalmente numa mesma pegada até que no meio da música somos quase levados para ares mais extremos e modernos, cortesia do senhor Jansen que mostra que só vacila no quesito vacinas (ele é um defensor do movimento anti-vacinação, vai entender né).

Não você meu querido leitor, mas corais com crianças sempre me soam como a chegada do capiroto e esse clima é a tônica de The Skeleton Key, arrisco-me a dizer um dos momentos mais soturno da carreira dos holandeses, falando em carreira e o Epica já tem uma estrada longa eles voltam as raízes orientais em sons como Seal of Solomon e Code of Life faixas essas que são o suprassumo da sonoridade construída e a banda indo para  frente mas fazendo um aceno para os fãs meio que dizendo “olha não esquecemos do passado.

E para se confirmar de vez no trono do estilo a qual se propõem,  eis que temos  Kingdom of Heaven, Pt. 3 – The Antediluvian Universe (sim, é uma música só apesar do título gigante) esse som fecha a saga de Kingdom of Heaven de forma como os fãs gostam uma verdadeira trilha sonora de filme, impressão que compartilho do som Omega – Sovereign of the Sun Spheres e ares mais extremos retornam em Synergize – Manic Manifest que é quase (se não fosse os vocais de Simone Simons) Death Metal Melódico melhor do que muitas bandas do estilo vem fazendo.

Um álbum longo mas não cansativo, mostrando uma banda que sabe como agradar os fãs e levar sua carreira, coisa essa que seus amigos do Nightwish perderam a mão faz tempo, mas isso é assunto para uma próxima e polêmica resenha ou matéria.

TRACKLIST
01) Alpha – Anteludium
02) Abyss Of Time – Countdown To Singularity
03) The Skeleton Key
04) Seal Of Solomon
05) Gaia
06) Code Of Life
07) Freedom – The Wolves Within
08) Kingdom Of Heaven Part 3 – The Antediluvian Universe
09) Rivers
10) Synergize – Manic Manifest
11) Twilight Reverie – The Hypnagogic State
12) Omega – Sovereign Of The Sun Spheres

FORMAÇÃO
Simone Simons – vocal
Mark Jansen – guitarra e vocal
Isaac Delahaye guitarra
 Arlën van Weesenbeek – bateria 
Rob van der Loo – baixo
Coen Janssen-  teclado 
Paulista e um dos maiores amantes do Metal Extremo, principalmente se tratando do nacional. Professor de Geografia e História, é também formado em Matemática e Filosofia, Pai da Naylla e do Dhemyan. Foi colaborador de algumas mídias, antes de fundar o site Underground Extremo, o qual tem um laço de irmandade com O SubSolo. Acompanhava o trabalho d'O SubSolo a alguns anos e passou a contribuir e fazer parte da equipe, a qual é honrado em colaborar com o desenvolvimento desta grande mídia do Rock/Metal, sendo o responsável pela parte das escritas mais extremas do site.