Tenho uma história bacana para anteceder a resenha deste, algo que precisa ser contado que me surpreendeu positivamente. No início d’O SubSolo em meados de 2015, quando a equipe de um homem só (este que vos escreve) estava atrás de artistas para conhecerem o Portal e enviarem material, uma dessas bandas pediu para deixar o endereço, pois trabalhavam assiduamente para um lançamento próximo e iriam querer nos enviar o material. Eis que em 2017 chega em minha residência o material físico do Atropina, lisonjeado por nunca terem nos esquecido e terem dado esse singelo valor ao nosso trabalho.
Em outras oportunidades, falamos sobre a primeira impressão quem disco repassa. A capa do Atropina encontramos uma freira aparentemente orando com suas mãos dadas/cruzadas e ensanguentada, como se transparecesse a mensagem “esse material é muito pesado” e de fato é, não sei como o carteiro não caiu de moto ao vir entregar, Ba Dum Tss, (rs). Ao olhar na contra-capa vejo que a primeira faixa “Divino Aborto” tem a composição de Fabiano Penna, um dos maiores guitarristas do cenário nacional, guitarrista do Rebaelliun, que inclusive é atualmente produtor musical também e a faixa “Cordas em Sangue” composta por Fábio Zperandio da banda Norueguesa, Gorgoroth.
Se você usar fones, cuidado, vai ficar surdo. O início se dá com uma pequena introdução intitulada “Divino Aborto” que foi feita por Fabiano Penna (citada acima), dando uma pitada a mais ao disco, com indícios sombrios e aterrorizante. A segunda faixa vem com um soco no tímpano, a paulada começa desde os primeiros segundos e nem manda aviso prévio, mas o que assusta é o potencial técnico dos músicos em todo o trabalho. O que da um contraste animador no trabalho, é a mixagem e masterização, cada instrumento em seu devido lugar e muito perceptível, nada se embaralha com nada e tudo soa perfeitamente junto.
A banda é de Death Metal, mas em diversos casos dentro do disco ficam com um pé no Black Metal. Pitadas sombrias e meio aos riffs, bateria massacrante como se estivesse batendo com uma marreta no seu ouvido, o timbre do baixo como se fossem ossos batendo e vocal reto, forte e pesado como tem que ser, na verdade, como é a proposta do Atropina. Os arranjos são bem criados, por mais que muitas bandas de Death ou até mesmo Black Metal criem sonoridades retas e pesadas, o Atropina resolveu prestar bastante atenção nos mínimos detalhe e com toda a certeza isso fez a diferença, talvez seja pela experiência pelos seus quase vinte anos de estrada.
A banda é de Death Metal, mas em diversos casos dentro do disco ficam com um pé no Black Metal. Pitadas sombrias e meio aos riffs, bateria massacrante como se estivesse batendo com uma marreta no seu ouvido, o timbre do baixo como se fossem ossos batendo e vocal reto, forte e pesado como tem que ser, na verdade, como é a proposta do Atropina. Os arranjos são bem criados, por mais que muitas bandas de Death ou até mesmo Black Metal criem sonoridades retas e pesadas, o Atropina resolveu prestar bastante atenção nos mínimos detalhe e com toda a certeza isso fez a diferença, talvez seja pela experiência pelos seus quase vinte anos de estrada.
A explicação por esse disco não ter sido citado nos melhores do ano de nenhum veículo em 2016, talvez seja pelo fato de ter sido lançado no finalzinho de dezembro. A demonstração de ética e caráter no inicio da resenha, mostra que a banda é grande, não só pelo o que faz na música e sim pelas atitudes. É um trabalho indicado a todos que gostam de Metal extremo, gosto ainda mais, por ser um trabalho cantado em língua pátria, algo que poucas bandas fazem. Ainda bato na tecla que o Heavy Metal em geral, pode ser feito em português e é bem aceitável.
TRACKLIST
01 – Divino Aborto
02 -Degeneradas Civilizações
03 – Prazer Santificado
04 – Porões das Luxúrias
05 – Aflição Final
06 – Decadência Irreversível
07 – Cálice Blasfêmico
08 – Cordas em Sangue
09 – Lento Suicídio
10 – Funeral Eterno
11 – Santos de porcelana
FORMAÇÃO
Murillo Rocha – vocal
Fernando Muller – guitarra
Alex Alves – guitarra e vozes
Cleomar Schmitzhaus – baixo
Mateus Perotti – bateria