A experiência de ouvir esse disco é muito interessante pra mim pois, desde 2016 houve uma “promessa” de me enviar um disco quando fosse lançado, e eis que em 2018 a promessa foi cumprida!

O SUBSOLO | RESENHA | REGENERAÇÃO - DEVACHAN (2018)

Recebi em casa o disco “Regeneração” e fiquei me segurando por 2 dias até conseguir ouvi-lo com atenção. A arte é obscura, tem detalhes, livreto com letras e o único defeito que percebi de cara foi de terem me enviado o play sem autografar antes… mas enfim, fazer o que né?

Antes de lançar “Regeneração“, a banda já havia soltado um EP chamado “Andarilho“, com 6 faixas, porém, não tive o prazer de ouvir, então eu não conhecia a banda ainda!

Tudo começa com “Domain Principia Inferiorum“, uma introdução com pegada cinematográfica e totalmente neutra, sem te dar nenhuma pista do que deve acontecer a seguir. A faixa é bem bacana e já entra em “Regeneração“, a faixa título.

Todos que curtimos rock/metal/vertentes sabemos o quanto é difícil encaixar letras em português nesses gêneros. Portanto, assim que peguei o disco essa foi minha principal curiosidade. Li os nomes das faixas e imaginei o trabalho que teria ali.

A faixa 2 conta com pegada pesada, bastante Prog, com teclados evidentes e bem trabalhados, com timbres coerentes e frases ativas. O que chama a atenção é um trecho de Baião no meio da música que se inicia com um triângulo e evolui para levada completa com solo e tudo mais.

Continuando, entramos em “Jogo da Vida” que além de muito bem composta nos leva a pensar com sua letra profunda. O arranjo tende ao Prog e a linha de voz mais uma vez surpreende, bem como a técnica vocal que neste ponto do disco já ficou claro que Gabriel sabe muito bem o que está fazendo. O solo do meio da música tem uma pegada mais caricata, algo mais divertido por assim dizer.

Entramos agora em “Um Sonho?“, faixa que começa um pouco mais lenta, mas logo pega ritmo e peso. Além dos arranjos, as letras vão pegando, vão fazendo mais sentido e gerando imersão no álbum. Detalhe para o interlúdio de piano de muito bom gosto.

A faixa 5 “Loucuras, Guerras e Poesias“, acho que cheguei numa balada, Intro lenta, piano, ataques de bateria… SIM, é mesmo uma balada, totalmente imersiva e envolvente, vale a pena ouvir até o fim.

Chegamos em “Devachan” e o nome me deixou intrigado, não é algo comum, fiquei ouvindo com bastante atenção pra não perder nada da letra. Aprendi que o nome se pronuncia DevaKan e não xan, e isso já vale a música rs.

Olho por olho…” é um som mais denso, pesadão e que traz umas coisas interessantes de voz, uns ruidinhos, é bem interessante! Outra faixa que reafirma a condição Prog da banda.

Em “Caminho do Medo” as coisas começam leves, porém com um clima facilmente mutável para algo mais pesado. O clima é denso, bem bacana de ouvir os climas de teclado e nessa música aconteceu um dos refrões que mais me agradou no disco todo.

Chegando ao fim do disco, “Eis a Questão” é uma música que assim como as outras, te faz pensar e leva para caminhos obscuros do pensamento.

A faixa 10 “Punctus Contra Punctum” é outra passagem cinematográfica que encerra o disco com chave de ouro.

O disco todo faz pensar, é bastante trabalhado para isso, instiga a usar o cérebro.

Os destaques absolutos são para voz e teclados.

Repito aqui que é complexo inserir linhas de voz em português, e para o Devachan parece ser bastante simples!

Vale cada segundo de play, ótimo disco! Bem produzido e bem composto.

TRACKLIST
01) Domain Principia Inferiorum (intro)  
02) Regeneração    
03) Jogo da Vida    
04) Um Sonho?      
05) Loucuras, Guerra e Poesias  
06) Devachan
07) Olho Por Olho…
08) Caminho do Medo      
09) Eis a Questão   
10) Punctus Contra Punctum

FORMAÇÃO
Gabriel Dias – Voz
Leandro Dias – Guitarra
Daniel Dias – Baixo
Michael Veríssimo – Teclados
Baterias gravadas por – Thiago Zico Teixeira