#25 – De músico para músico – Comportamento – “O que um não quer, banda não briga!”

O SUBSOLO | DE MÚSICO PARA MÚSICO #25


Reunião de banda, altas decisões, caminhos traçados e etc. Aí chega o fulano e discorda de tudo….

O que fazer depois de esconder a vontade de matar o amiguinho?

Brincadeiras à parte, claro, dá raiva, mas se alguém discordou, motivo tem.

Vamos ao caso:

Banda decidiu participar de evento, tomou medidas para lançamento de álbum, definiu composição. 

1- 

Quem discordou estava na reunião e foi contra as ideias propostas completa ou parcialmente

2-

Quem discordou faltou na reunião e quando ouviu as decisões quase teve um ataque!

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1-

Então durante a reunião o fulano não bate as ideias, todas as decisões desagradam e as coisas parecem patinar e todos ficam irritados.

Nesse caso o ideal é alguém tomar a liderança da conversa e tentar entender o motivo do descontentamento. Claro que o ímpeto de tomar a palavra precisa ser de alguém que está calmo e atento ao movimento da conversa.

Quando o rumo da conversa cair para o descontentamento, as opções se resumem bastante.

Ou o fulano está descontente com a banda, ou realmente as decisões estão com algum erro.

Caberá ao interlocutor desvendar isso e apontar soluções

A) Se o descontentamento for geral, o comportamento deverá estar seguindo alguns padrões, tais como: 
  • Morosidade durante as conversas;
  • Rispidez ao ser dirigido;
  • Respostas curtas;
  • Demonstração de fadiga;
  • Reclamações constantes sobre o ambiente.
Neste caso o ideal é trocar o rumo da conversa completamente, puxar o fulano para o centro da ideia e jogar aberto com o fato de que se não está contente, algo está errado. Isso pode gerar tanto um problema quanto um ajuste, depende demais da aceitação e também da abordagem.

B) Se o descontentamento for com as medidas tomadas, então as ações deverão ser as seguintes:
  • Energia para debater;
  • Entrada em todas as discussões;
  • Pontos chave para as ideias;
  • Inquietação perante resoluções;
  • Elevação do tom de voz para impor as ideias.
Se o caso for desenrolado com essas atitudes, bem, aí o problema pode ser realmente com as decisões da banda. O que é ideal é quando o assunto for virar para o descontentamento do fulano, que a banda toda se mostre aberta e solícita para ouvir as ideias divergentes.

Não é natural alguém no mesmo barco querer remar para o outro lado, portanto, isso precisa ser colocado na balança e analisado.

Cabe ao integrante que percebeu e tomou a palavra naquele momento, mostrar para os outros envolvidos que o caso precisa ser pesado e que o fulano tem algum motivo para ser contra.
Parece simples né?

Mas em qualquer grupo as divergências podem ser um bicho de 7 cabeças e enervar qualquer monge budista…

Resumidamente, o que deve ser feito é:
  • Perceber o descontentamento (atenção na reunião);
  • Tomar a palavra e tentar amenizar qualquer atrito;
  • Entender o tipo de descontentamento;
  • Coletar as informações e rapidamente analisar com a banda.
Atenção e clareza de raciocínio, SEMPRE.

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2-

Bom, aí a coisa muda de figura, certo?

O fulano faltou na reunião e quer dar pitaco! Deixou as coisas acontecerem e agora quer opinar? Me dá esse porrete aqui e eu vou…

Não, situação clássica de falta de razão.

Primeiramente, se faltou teve motivo, e um dos motivos pode ser o mesmo do caso anterior.

Se faltou vontade de estar presente, alguma coisa tem!

O outro motivo da falta é simplesmente a vida, trabalho, família, etc.

Ninguém quer ser mal falado, ausente, errado. Lembra da clareza de raciocínio? Então!

O que acontece aqui é uma situação de mediador por parte do integrante da banda que tiver a incumbência de passar as decisões pro fulano.

Seguindo as mesmas diretrizes do caso anterior, o comportamento será o mesmo em ambas as situações, seja qual for o ambiente de conversa. Telefone, aplicativo de mensagem, video conferência, pessoalmente, não importa. Os padrões de comportamento serão os mesmos.

Ações que a banda poderá tomar:
  • Remontar a reunião com as ideias recolocadas e todos presentes;
  • Impor situações, visto que a falta por mais que tenha sido involuntária, gera peso negativo;
  • Analisar as ideias novamente sem a presença do fulano e tomar novas decisões.
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O que se deve pensar e medir o tempo todo:
  • Atenção redobrada em comportamentos individuais;
  • Coletividade, sempre;
  • Sempre exemplificar bem as suas ideias, usar da maior clareza possível;
  • Tentar entender as colocações;
  • Ouvir com cuidado e sem preconceitos;
  • Imaginar as situações propostas antes de criticar;
  • Ainda nesse tema de imaginação, usar técnicas de planificação.
Deve-se lembrar que sempre, todos os envolvidos estão ali por um motivo em comum. Ninguém quer atrasar o progresso sem motivo. 

Divergência é crescimento, porém o time precisa estar bem posicionado e entender que individualismo gera problemas. As ideias precisam ser tratadas para chegar num ponto comum onde todos estejam parcialmente felizes, jamais um feliz e todos os outros descontentes.