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Resenha: Si Vis Pacem, Para Bellum – Seether (2020)

Acredito que foi um dos anos em que mais ouvi música na minha vida. Porém, me assusto quando descubro que deixei algo passar, que no caso é o álbum lançado em agosto pelo Seether. A banda africana faz parte das minhas playlists desde que me conheço por gente.

Seether não é uma banda que tem uma grande mídia, o que sempre achei um absurdo, pois quando ouço sobre post-grunge é uma das bandas que me vem a cabeça. Talvez seu maior sucesso Broken foi por conta da excelente participação da Amy Lee e sim, acredito ser uma das melhores músicas da carreira do Seether. Mas nem só ‘disso’ é o trabalho dos caras.

 

Ouvir Grunge faz parte do meu cotidiano desde sempre e isso vem junto seus subgêneros como o post e por ai vai. O décimo disco (contando os primeiros enquanto ainda era outro nome) do grupo é o Si Vis Pacem, Para Bellum traduzido do latim é “se quer paz, prepare-se para a guerra“. É um provérbio latim atribuído ao autor romano, Flávio Vegécio.


Para quem gosta assim como eu, é contagiante e animador saber que o Seether manteve sua pegava groovada e arrastada com bons refrão. Mesmo não sendo um dos seus melhores trabalhos e nem o mais inspirado, procuraram não inventar ou encher linguiça, apostando no famoso time que está ganhando, não mexe.

Ouvir as guitarras com afinações baixas e riffadas, quase me fazem voltar ao anos 2000 e os trabalhos da guitarra tem nome e sobrenome: Shaun Morgan. Sempre liderando o grupo e estando a frente dos maiores sucessos da banda, mais uma vez lidera-os para o lançamento de um novo disco. Diz a lenda que Morgan faz a maioria das composições no violão e posteriormente leva aos ensaios do Seether para ser criado algo não acústico junto de todos os membros. Não sei se essa foi a maneira que Morgan compôs este disco, mas ele tem uma pegada pessoal.

 

A única coisa que me passou pela cabeça, é que qualquer música de Si Vis Pacem, Para Bellum pode ser facilmente confundida de outro disco, tem fãs mais chatos que julgam que a banda precisa se reinventar, eu já prefiro composições em zona de conforto, acho que uma banda pode criar muitos trabalhos mantendo a mesma pegada. É só ouvir o novo disco do AC/DC.As partes que mais gostei, foram por exemplos os screams em Pride Before The Fall, algo que sentia falta na musicalidade do Seether. Particularmente acho o Shaun Morgan não só um excelente guitarrista, acho um vocalista pontual e um puta compositor, após todos os problemas que vem enfrentando ao longo dos anos, incluindo reabilitação, isso só mostra que quem nasce para fazer algo, fará aquilo com maestria até o fim.


FORMAÇÃO

Shaun Morgan – vocais e guitarra

Corey Lowery – guitarra

Dale Stewart – baixo

John Humphrey – bateria

 

TRACKLIST

01) Dead and Done

02) Bruised and Bloodied

03) Wasteland

04) Dangerous

05) Liar

06) Can’t Go Wrong

07) Buried in The Sand

08) Let It Go

09) Failure

10) Beg

11) Drift Away

12) Pride Before The Fal

l13) Written in Stone

 

 

Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.