Nas últimas colunas conversamos sobre vocalista e baterista, agora faremos uma incursão pelo mundo dos graves.
Tanto no palco quanto no estúdio, o baixista é aquele músico que gosta de se dizer injustiçado, o guitarrista que não é guitarrista, o cara que não faz falta, o cara que carrega o mundo nas costas sem que ninguém perceba…
Pobre baixista…
Ufa, ainda bem que na vida real a gente sabe que as coisas não são assim, mas muitas pessoas que não entendem o que se passa dentro da banda acabam pensando dessa forma. O baixo é aquele instrumento que se você tirar, o som praticamente morre mas, a grande maioria das pessoas não o percebe quando está assistindo ou apreciando um som no conforto do lar.
Esqueçamos a brincadeira do início e vamos falar de realidade.
Como se comportar no estúdio? O que fazer para melhorar a experiência de palco?
Começando pelo show:
– Não dependa do equipamento das casas. De acordo com a nossa brincadeira no início, não é normal as pessoas se importarem com o baixista… Imagina com o equipamento dele?;
– Conheça seu timbre, estude influências e trabalhe com o seu som até conhecer o que você deseja que soe ao vivo;
– Sabendo o que você deseja, o trabalho fica fácil na hora de passar o som e o tempo salvo pode ser utilizado de forma mais sábia para a banda;
– Evite passar o som sozinho, ligue, regule e passe o som junto com o baterista;
– Tenha certeza de que o retorno está em ordem, ouça com clareza o seu instrumento;
– É muito comum vermos equipamento de baixo que pesa mais que o próprio baixista, normalmente caixas de som, amplificadores, cabeçotes, tudo é fora de medida e realmente incômodo de transportar. Pense nisso quando for adquirir equipamento.
Seguindo com as dicas de praticidade, normalmente o baixo é o segundo elemento capturado em uma gravação. Vamos para o estúdio!
No estúdio de gravação:
– Ouça o que o produtor tem a dizer sobre seu timbre;
– Leve o que for necessário para seu som ficar do jeito que te agrada, mas entenda que se o produtor te disser que tem uma opção melhor, tudo terá sido em vão. Testes são fundamentais;
– Evite criar na hora, leve a música ensaiada;
– Um arranjo pode surgir na hora, porém, evite atrapalhar o fluxo da gravação modificando-o;
– Faça questão de ouvir o que está gravado para não precisar refazer depois, tenha certeza de que o que ficou gravado é o que você imaginou;
– Instrumento regulado, cordas novas, chiado reduzido, cabo com qualidade;
– Manutenção de instrumento é essencial fundamental;
– Evite ir sozinho para gravar, outro músico da banda minimiza erros.
O próximo músico precisa encontrar um trabalho bem feito da sua parte, afinal, um trabalho que pode gerar desânimo compromete a qualidade final de forma irremediável.
Essa série de colunas sobre comportamento em palco e estúdio foi pensada para dar dicas para os amigos músicos em começo de caminhada que não viveram ainda o dia a dia de tocar, gravar e manter uma banda.
Quando a rotina bate na cabeça, muitas vezes o músico perde a linha da busca pela qualidade e só quer que aquilo acabe logo.
Seguiremos com os outros músicos de uma banda nas próximas colunas, algumas dicas são comuns para todos, mas o principal é:
Seja humilde e companheiro!
Até a próxima!