Brutal, lindo, perfeito… Não estou exagerando nem um pouco. O Cannibal Corpse está naquele seleto time de banda que nunca lançou um álbum ruim, pelo contrário por mais que tenhas alguns registros brilhantes e outros digamos, não tão bons, eles estão no topo do que chamamos de Death Metal mundial e agora com sangue novo na formação, eles lançaram esse atentado aos bons costumes, uma injeção de adrenalina um soco na nossa cara, tá bom, acho que já deu para entender o que achei do álbum, mas pretendo ser mais abrangente nas próximas linhas.

Como fã de metal mais extremo, é possível ver uma grande fase do ‘Metal da Morte’ principalmente da cena norte americana, e atualmente o Cannibal é soberano. Muitos chamam eles de Motorhead do Death Metal mas podemos associar eles também a lendária fênix da mitologia, pois poucas banda passaram por tantas barras e superaram todas com trabalhos ainda mais extremos.

É de conhecimento geral o surto que o guitarrista Pat O’Brien sofreu, o que levou a sair da banda mas o seu substituto não poderia ser melhor do que Erik Rutan, o cara responsável pela produção dos últimos trabalhos do Cannibal e agora na banda ele só comprova o que a gente já sabia por ouvir Hate Eternal, Ripping Corpse e Morbid Angel, o cara é um dos melhores músicos do metal extremo.

Violence Unimagined é o décimo quinto trabalho de estúdio com 11 faixas, e antes do lançamento tivemos duas amostras do que teríamos. O brutal clipe de Inhumane Harvest (assista na íntegra a seguir) e Murderous Rampage. Ambos abrem o trabalho mantendo aquela tradição de aberturas diretas, que não te dão menor tempo para respirar, só que repare bem ela tem umas quebras de andamento mostrando diferenciais que a banda vai apresentar ao longo do trabalho.


Note a passagem para ativar o momento bangear até o pescoço doer em Negrogenic Ressurection. Enquanto Condemnation Contagion, vem fazendo uma ponte com o passado, um típico som que você ouve e sabe já que é do Cannibal e a letra também são aquelas poesias que já fazem a alegria dos fãs do regozijo.

Preciso mudar de parágrafo para falar de George “Corpsegrinder” Fisher, o homem não envelhece e a sua voz continua impecável agressiva e sem duvida alguma um dos melhores vocalistas do metal morte da atualidade ouça Surround, Kill, Devour e a assombrosa Ritual Annihilation.

O trabalho vai chegando na metade e em nenhum momento ele perde o pique. O peso variando entre partes menos velozes como em Follow The Blood e Bound And Burned e quando decidem nos agredir ainda mais vem Overtorture com seus menos de três minutos sem firulas, só o suprassumo do metal morte

Resumidamente, o que temos aqui é uma banda que sabe se renovar sem perder suas características e não tem como negar que eles estão no topo do Death Metal mundial, posto esse que não irão perder tão cedo.

FORMAÇÃO
George “Corpsegrinder” Fisher – vocal
Erik Rutan – guitarra
Rob Barrett – guitarra
Alex Webster – baixo
Paul Mazurkiewicz – bateria

TRACKLIST
01) Murderous Rampage
02) Necrogenic Resurrection
03) Inhumane Harvest
04) Condemnation Contagion
05) Surround, Kill, Devour
06) Ritual Annihilation
07) Follow the Blood
08) Bound and Burned
09) Slowly Sawn
10) Overtorture
11) Cerements of the Flayed

Paulista e um dos maiores amantes do Metal Extremo, principalmente se tratando do nacional. Professor de Geografia e História, é também formado em Matemática e Filosofia, Pai da Naylla e do Dhemyan. Foi colaborador de algumas mídias, antes de fundar o site Underground Extremo, o qual tem um laço de irmandade com O SubSolo. Acompanhava o trabalho d'O SubSolo a alguns anos e passou a contribuir e fazer parte da equipe, a qual é honrado em colaborar com o desenvolvimento desta grande mídia do Rock/Metal, sendo o responsável pela parte das escritas mais extremas do site.