Grooves chapados, riffs massivos, atitude irreverente e uma conexão afiada entre os elementos. Do Hard Rock setentista ao Stoner e passando pelo Metal, Grunge e Stoner, os americanos da Crobot sabem como tanger cada aresta de forma precisa. A potencialização do conceito de renovar o clássico cabe muito bem a esse quarteto de Pottsville, Pennsylvania.
Com a execução correta, uma química surpreendente e maturidade precoce, a banda formada na metade de 2011 pelos músicos Brandon Yeagley (vocal) e Chris Bishop (guitarra) debutou no ano de 2012, com o EP The Legend of Spaceborne Killer, um prenúncio auspicioso do que viria a ser a sonoridade familiar, porém ainda assim original e diferenciada da band looa, mesclando elementos que iam de bandas como Soundgarden e Helmet a nomes como Black Sabbath e Alice in Chains.
Hard Rock dos anos 70 e 80, Blues, Stoner, Grunge, Funk Rock, sempre houveram elementos de todas essas sonoridades presentes na robusta e primorosa discografia da banda, que tinha na cozinha apresentada pelos irmãos Jake e Paul Figueroa (respectivamente baixista e baterista) o complemento necessário para atingir violenta e precisamente os canais auditivos dos ouvintes.
Em 2014, com a maestria de Machine na produção (por trás de nomes como Clutch, Lamb of God e Cobra Starship), a banda lança seu EP homônimo Crobot, dando seguimento à promessa e entregando quatro novas faixas. Entre elas, o excelente e groovado single Nowhere to Hide, que viria a fazer parte de seu primeiro full álbum intitulado Something Supernatural lançado em 2014.
Pinçando algumas faixas, temos ótimos exemplos com Nowhere to Hide, Skull of Geronimo e La Mano de Lucifer, mesclando com primor o Heavy Rock, o Stoner e o Groove, apresentando um debut que falava por si próprio e pouco deixava de margem para críticas provenientes dos mais exigentes apreciadores das vertentes. E claro, como desde o início, apresentando letras irreverentes, ácidas e capitaneadas pelo estupor carismático e divertido de seu frontman Brandon Yeagley, um showman dos bons.
Dando seguimento a essa ótima estreia, a banda trouxe mais dois eficientes e qualificados full albums: Welcome to Fat City (2016) lançado pelo mesmo selo do álbum anterior (Wind-up Records) e o grande Motherbrain (2019), lançado em 2019 pelo selo Mascot Records e que inclusive ganhou versão nacional pelo selo Hellion Records, conferindo um pouco mais de conhecimento nacional aos caras. Atualmente, seu mais recente lançamento é o EP Rat Child de 2021, tendo atualmente Dan Ryan na bateria e já sem o irmãos Figueroa (desde 2017). Entretanto, o que pouco ou nada muda é o carisma, eficiente irreverência e qualidade da banda, que segue trazendo sua própria e particular versão do Heavy e Hard Rock para os ouvintes, sendo um dos nomes mais interessantes desse cenário na atualidade.
SIGA E OUÇA A BANDA :