É meus amigos, a espera acabou. Sabemos que esse assunto de pandemia já é batido, mas julgamos importante ressaltar o quanto fez falta um evento como o Otacílio Rock Festival para a comunidade headbanger. Após 2 anos, finalmente foi possível reunir bandas e público para um final de semana de camping, som, bebida e confraternização.
Entre os dias 11 e 12 de março, na sua 15ª edição, o evento reuniu 18 bandas das mais variadas regiões do país bem como um público oriundo destas diversas regiões também.
Nesta edição, contou com uma atração inédita para a abertura do evento: Vintage Valda Vinil discotecando no início da tarde de sábado.
VINTAGE VALDA VINIL
Logo no início da tarde, para começar os trabalhos, temos o Valda. Ele como um baixista que toca em várias bandas como Agony Voices, Escória, Rhestus e Juggernaut. Sendo um ótimo músico e bem consolidado no underground da região.
Neste caso ele está no comando da pick-up, com seu projeto discotecário, tocando vários vinis clássicos do Thrash Metal, Hard Rock e Rock´n´Roll, para animar o público. Começando muito bem com Alice in Hell do Annihilator e encerrando com Rock And Roll do Led Zeppelin. Tendo também, várias interações e brincadeiras com o público, como uma competição de Air Guitar com guitarras infláveis, valendo alguns brindes. Foi uma apresentação muito animada para começar bem o evento.
Por: Thiago Habeck
ROYAL RAGE
A primeira banda a se apresentar, já mostrou que a sede dos palcos era grande tanto pelo lado do público quanto pelos músicos.
Com um Thrash Metal pesado mesclado com inserts de playback trazendo um ar moderno para o som. A banda que veio de Curitiba/PR é formada por Pedro Ferreira (guitarra/vocal), Sol Perez (guitarra), Henrique de Carvalho (baixo) e Tiago Rodrigues (bateria).
Royal Rage chamou a galera para um aquecimento insano, com um Thrash Metal técnico de alto nível trazendo letras de temas da atualidade com críticas sociais, políticas e culturais de maneira direta e pesada.
Destaque para a música Lampião, que apesar de cantada inglês, retrata a vida do quem, segundo eles, foi o maior fora da lei da história do Brasil, o Rei do Cangaço. Essa canção teve um destaque especial pois, apesar de sua sonoridade ter elementos modernos, possui um toque abrasileirado de baião, com a presença de triângulo, instrumento típico do estilo. Dando, assim, uma identidade marcante à banda.
Por: Sidney Oss Emer / Thiago Habeck
GOATEN
A banda Goaten de Porto Alegre/RS foi a segunda banda a subir no palco. Tocando um Heavy Metal autoral com uma pegada “oitentista”, o trio é formado por Francis Lima (vocal e baixo), Rafael Drinkwine (bateria) e Daniel Limas (guitarra). Um show que começou com pequenos problemas técnicos, que rapidamente foram corrigidos e o público pode curtir um Heavy Metal bem executado em 8 músicas autorais tocadas nesse início de tarde.
Por: Thiago Habeck
DIABOLUS INTERVENTION
A terceira banda a se apresentar também foi a primeira. Sim, Diabolus Intervention é integrada pelos mesmos músicos de Royal Rage, se apresentando, agora como uma banda cover de Slayer.
Assim como em sua outra banda, eles têm uma ótima presença de palco e são ótimos músicos.
Tocando covers desde os mais atuais, como Repentless, até os mais clássicos, como Seasons In The Abyss. Sempre chamando o público para curtir e agitar, que por sua vez, respondeu à altura.
Por: Thiago Habeck
ORQUÍDEA NEGRA
O que dizer de Orquídea Negra? Uma banda com muita experiência e anos de estrada, com um carisma e técnica impecáveis e um vocalista com uma presença de palco extremamente divertida.
A banda para este show está formada por André Greabin (o Boca) nos vocais, Robson Anadom no Baixo, Vinícius Porto (o Vina) na guitarra e Marco Antônio na bateria.
A banda abriu o show com Blood Of The Gods de seu último álbum de estúdio lançado, o Blood Of The Gods. Passando por clássicos da banda com Surrender e tocando também uma música lançada em 2020, sendo ela a Fly Away. Encerrou o show com um bis da clássica absoluta The Darkness, pedido com muito empenho pelo público.
Mas infelizmente, tenho que falar sobre alguns problemas técnicos por parte da equipe de som, que atrapalhou um pouco a banda. E também teve uma pausa para pedir que o público respeitasse a grade de contenção que os seguranças tiveram que segurar. Fora isso a banda foi muito bem como sempre e foi um ótimo show onde o público, nitidamente amou.
Por: Thiago Habeck
ICON OF SIN
Icon Of Sin que veio de Curitiba/PR, subiu ao palco logo após Orquídea Negra e manteve o alto nível de som.
A banda tem uma pegada muito Iron Maiden. Ainda mais com seu vocalista sendo Raphael Mendes, que ficou muito conhecido na internet por ter a voz idêntica a do vocalista do Iron Maiden em seus vídeos imitando Bruce Dickinson. Acompanhado de Sol Perez e Matheus Cantaleãno nas guitarras, Caio Vidal no baixo e CJ Dubiella na bateria.
A banda se apresentou com um Heavy Metal muito bem executado, com suas músicas próprias que falam de temas do mundo pop e até de assuntos do mundo nerd, como Clouds Over Gothan e a Arcade Generation. Uma ideia que vemos até no nome da banda que vem diretamente dos games, do jogo Doom, para ser mais preciso. Uma banda com uma ótima presença de palco, músicos excelentes e que sabe chamar o público para curtir.
Por: Thiago Habeck
MAWASHI GERI
Todo festival nos presenteia com uma banda que apreciamos deveras. Aqui cabe uma nota particular daquele que vos escreve, e se me permitem, fica como indicação e oportunidade para conhecer.
Neste ano, tivemos o prazer de apreciar o trabalho de Mawashi Geri que com maestria e técnica traz um Death Metal dark e progressivo, cuja densidade adiciona uma pitada (forte) de obscuridade e imersão. Aquele tipo de som que faz você refletir e entrar na vibe do show de forma simbiótica.
Composta por Marcos Holdys (baixo), Robert Palhano (bateria), Arthur Navarini (guitarra solo), Luciano Bernarth (guitarra, vocais), o destaque da apresentação também fica por conta da temática oriental, reforçada pela presença de flauta executada por Luciano Bernarth, abordando de forma filosófica conceitos sobre vida e morte dentro da cultura japonesa, sob uma perspectiva intimista e observacional.
Por: Sidney Oss Emer
THE MIST
Com muita energia, sobe ao palco The Mist com aquele Thrash Metal clássico velho de guerra que a gente gosta. Que os caras têm estrada a gente sabe, e isso é comprovado durante a apresentação da banda mineira que moveu pescoços por todo o momento. Não havia uma música que não estivesse sendo gritada pelos headbangers que se apoiavam ao alambrado, com sede de som agressivo e pesado.
Por: Sidney Oss Emer
OSSOS
Diretamente de Caxias do Sul/RS, a banda Ossos que se fez presente de forma constante nas redes sociais divulgando sua apresentação, não deixou a desejar ao subir no palco do Otacílio Rock Festival. Se o público quer sanguinolência, violência, quebraceira com histórias de massacre e crueldade, contadas através de um Crossover agressivo, foi isso que a banda trouxe, saciando a sede daqueles que apreciam um Thrash Metal brutal.
Por: Sidney Oss Emer
MALICE GARDEN
Uma aura sombria se instaura sobre os destroços deixados pela banda anterior, e sobe ao palco Malice Garden para entoar blasfêmias obscuras. A banda de Criciúma/SC apresentou seu trabalho criando uma atmosfera negra sobre o cair da madrugada de sábado do evento e após uma apresentação icônica, puxou a saideira contando com uma participação especial de Otávio Schönhofen nos vocais em dueto com Orland Junior para execução de Revenge Against Jesus Christ.
Por: Sidney Oss Emer
PROFANE SOULS
Madrugada adentro, Profane Souls sobe ao palco arrastando o público para as mais abissais esferas do inferno. Com letras em português, o trio (agora) curitibano originário de Corumbá/MS, composto por Becka Witchhammer (guitarra/vocal), Joycethorns (baixo) e Lucifery (bateria) apresenta um Black Metal cru e obscuro, sem frescura e com muito talento. Destaque para o visual e sinergia entre os vocais de Witchhammer e Joycethorns nos backings que agregam um peso extra e criam uma identidade única para a horda.
A banda recentemente integrou um tecladista (Arcanus) o qual não esteve presente na apresentação.
Por: Sidney Oss Emer
Em breve, postaremos a segunda parte da cobertura. Fiquem ligados!