Laguna é conhecida por diversos motivos, como pesca, belas praias e por ser uma cidade forte no Carnaval. Mas, por muitos é conhecida como a cidade que tem o Agosto Negro, que nesta edição chegou com os dois pés, três dias e mais de trinta bandas.

Confira a cobertura parte 3, encerramento do evento e aproveite e leia a cobertura de Sexta Parte 1 e Sábado Parte 2 e agora você fica com a parte 3, Domingo:


O SUBSOLO | COBERTURA AGOSTO NEGRO | PARTE 3



OVERBLACK


Overblack chegou com o seu (agora) famoso ônibus. Isso já demonstra que banda vem investindo pesado na divulgação e busca alcançar outro patamar no underground. Em palco, alguns problemas técnicos na guitarra atrasaram, mas com uma guitarra emprestada (que também chegou a dar problemas), ‘o show tinha que continuar’, uma mistura de Hard Rock com Heavy Metal, começou a tirar o público de suas barracas para assistir um bom show de Rock, a única coisa que eu indicaria para a banda é ter mais um guitarrista, pois na hora dos solos fica um vazio nas músicas e acredito que mais um guitarra, poderia dar mais corpo nas músicas da Overblack.
Por: Maykon Kjellin

THREZOR

Uma banda que estava literalmente sumida do underground. Mas mostra que o Thrash Metal pode ser tocado sem frescura e com muita objetividade. Todos os membros dessa banda, tem uma forte influências de Metallica ou Megadeth, as vezes até das duas bandas. O Thrash Metal reto e cru, da um destaque nas composições da banda que são ásperas e velozes, com uma bateria pesada e bons riffs de guitarra. Para quem gosta de um Metallica mais tradicional (e não essa gourmetização do Metallica de hoje), vai gostar da pegada da banda.
Por: Maykon Kjellin

LOSNA


Se hoje temos  o sucesso de bandas como: Nervosa, Eskrota, Manger Cadavre, dentre tantas outras que possuem mulheres em sua formação, muito  se deve a jornada e garra de bandas, que há muito tempo vem lutando por espaço ou que mesmo não estando mais ativas, foram responsáveis por levantar a bandeira da equidade. Bandas como Pus, Valhala e Losna, as irmãs Debora e Fernanda Gome acompanhadas do baterista Marcelo Indio Pedroso executam um thrash Metal com fortes acentos de Death. A Fernanda tem um vocal bem característico como apresenta em ‘Room 55‘ e ‘Back to the Groto‘, enquanto Débora vai variando da base para os solos com muita competência, como mostram na indispensável ‘Feronia‘ presente no álbum ‘Another Ophidian Extravaganza‘.

Por: Harley Caires

DARK NEW FARM


Com o recém saído do forno EP “Farm News“, nenhum lugar melhor que o Agosto Negro para iniciar o “Farm News Live! Tour“, apresentando as músicas cujas mensagens tem um apelo social relevante.


O pessoal da Dark New Farm vem apresentando uma proposta concisa e importante para a cena underground. Suas letras expressam temas como violência, política, desvios de conduta e batalhas do inconsciente humano. Com uma notável maturidade musical, o grupo cujo entrosamento em palco e com o público é perceptível, fazem um show memorável. Intitulando-se New Metal, e permeiam entre as vertentes do rock com passadas groovadas, aceleradas, narrativas e pesadas, oferecendo desta forma um cardápio completo para o público. Ao término do show, despedem-se com um cover de Rage Against The machine (Killing In My Name), que, apesar de terem afirmado não exercer tanta influência na formação e atuação da banda, harmonizou muito bem com o repertório das próprias, que, merece ser apreciado sem moderação.
Por: Sidney Oss Emer

SILENT EMPIRE


Prata da casa em palco, a Silent Empire, banda de grande apreço na região (entenda-se com um grande raio de alcance), vem para atormentar os ouvidos dos desacostumados e desavisados, com a pedrada sonora que é o seu Death Metal. Agora ainda mais pesados com Rafaella Búrigo assumindo as cordas graves para deixar o quarteto mais violento. Dentre outras canções que já são velhas conhecidas do público, podemos conhecer ‘In Death I Rest’, novo single que está em fase de gravação e em breve será lançado para deleite dos apreciadores de um bom e velho death metal de qualidade.
Por: Sidney Oss Emer

SYN TZ

Shows marcados no RS, SC, SP e MG. Nada disso é de graça, quando digo de graça, não falo de valores e sim de trabalho e dedicação. A Syn Tz tem mais que um baterista, tem um pulmão e um motor que se entrega de corpo e alma a uma banda, ele é o Juninho Vormehlen, também dono da Vormehlen Produções. A banda de Heavy Metal criada em Balneário Camboriú, se destaca pelo Heavy bem tocado e pelos riffs groovados de guitarra. Os vocais com bastante alternados cooperam positivamente para o andamento das músicas da banda. O show foi um estouro, desde a sincronia até o talento de cada integrante no palco e com isso segue a turnê que a banda vem fazendo pouco a pouco.
Por: Maykon Kjellin

MX


É possível que tenha bangers que não saiba da importância do MX para a cena, pois bem estamos falando de uma banda formada em 1985 no ABC Paulista, sim eles estão na estrada há 34 anos e possuem no seu currículo trabalhos como ‘Simoniacal‘ e  ‘Mental  Slavery’, como não bastasse tem na sua formação o monstro Alexandre Cunha, bateria e vocal, com esse currículo saber que a banda estava inativa era uma grande perda para o Metal Nacional porém eles voltaram e não só para turnês, mas também com um álbum novo, sintomaticamente batizado de ‘A Circle Called Brazil‘, e desse trabalho tivemos algumas faixas no set como ‘Fleering Terror‘ e a que batiza o álbum. Mas o melhor de tudo, foi ver ao vivo ‘Mental Slavery‘, e ‘Fight To Bastard‘, verdadeiros hinos para um banger da velha guarda como eu. Só resta agradecer ao Daniel Bala e toda organização por nos presentear dessa forma. 
Por: Harley Caires

MOTORBASTARDS


Tem bandas que você não sabe o que esperar, mas tem outras que em contrapartida não te decepcionam e cumprem bem o que oferecem. Sim, o Motorbastard toca Rock N’ Roll na mesma escola do Motörhead e isso é ótimo. Não basta o infeliz cantar igual o Lemmy, ele ainda é parecido e quando digo parecido é muito mesmo, então musicas como ‘Divisão Rock N’ Roll‘, ‘Má Reputação‘ e ‘Cão Sem Dono‘ são exatamente como se o Motörhead cantasse em português.Mas quando os acordes de Ace Of Spades começam a soar, não tem quem não cante junto, meu amigo e ainda nos rememora daquilo que na verdade é inesquecível: Lemmy é Deus. 
Por: Harley Caires

Análise técnico sobre o festival:

Um dos maiores pontos positivos do evento, é a pontualidade que nos três dias foram impecáveis, os atrasos eram de apenas minutos. A alimentação disponibilizada no local era ótima e com valores acessíveis, a mesma coisa da bebida que tinha o famoso “3 por 10”, três cervejas por R$10,00 e a sonorização também de forma extraordinária.

A área de camping do evento é e sempre foi excelente, o Clube de Campo não é o mesmo sem os festivais do Agosto Negro e Laguna Metal Fest. Acreditamos que foram muitas bandas e o pessoal não aguentou muito o cansaço no domingo, gostaríamos de sugerir que o evento voltasse a ser dois dias.

Que venham os próximos. Parabéns Danniel Bala e equipe.

Fotos: Metal Valhalla
Colaboração: Caio Botrel

Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.