Figura central do som de Gotemburgo, músico lutava contra carcinoma adenoide cístico; banda confirmou a morte e informou que ele havia gravado vozes para um novo álbum
O At the Gates confirmou na última terça-feira (16/09) a morte de Tomas “Tompa” Lindberg, 52, “após complicações” do tratamento de um câncer raro. O vocalista havia sido diagnosticado em 2023 com carcinoma adenoide cístico, passou por cirurgia e radioterapia, e vinha em cuidados contínuos. A notícia foi repercutida por veículos internacionais como a Pitchfork e a People, além do comunicado oficial nas redes da banda.
Nascido em Gotemburgo (Suécia), Lindberg foi um dos rostos do chamado “som de Gotemburgo” e cofundou o At the Gates em 1990, após a passagem pelo Grotesque. Com o debut The Red in the Sky Is Ours (1992) e, sobretudo, com Slaughter of the Soul (1995), o grupo se tornou referência do death metal melódico, impulsionado por faixas como “Blinded by Fear”. Depois do fim das atividades em 1996, a banda se reuniu em 2007 e retomou os discos em estúdio a partir de 2014, com At War with Reality, To Drink from the Night Itself (2018) e The Nightmare of Being (2021).
Mesmo em tratamento, Lindberg havia gravado os vocais para um novo álbum do At the Gates, segundo comunicados recentes do grupo. Fora da banda principal, “Tompa” também deixou marca em projetos como Lock Up, Disfear, Skitsystem e The Crown. Em intervalos de turnês, chegou a atuar como professor de estudos sociais em uma escola de Gotemburgo.
A perda de Tomas Lindberg encerra a trajetória de uma voz que ajudou a moldar o metal extremo moderno, combinando agressividade, lirismo e um timbre imediatamente reconhecível e que seguiu criando até os últimos meses de vida.
O impacto desta perda é facilmente mensurado pela quantidade de notas, memórias e imagens sendo compartilhadas nas redes sociais pela comunidade, fãs e grandes bandas que reconhecem a influência do mesmo para a cena atual.
Nossas condolências à família, aos amigos e à comunidade de fãs.