Início Coberturas Cobertura: Contortion, Malevolent Creation e Krisiun (Florianópolis/SC)

Cobertura: Contortion, Malevolent Creation e Krisiun (Florianópolis/SC)

Na noite de sábado, dia 20 de setembro, a casa Célula Showcase, recebeu os americanos Contortion e Malevolent Creation, que abriram pro headliner Krisiun. Foi uma noite de casa cheia, com muitas pessoas de outras cidades, que vieram prestigiar os shows.

Houve um pequeno atraso nas bandas de abertura, que estavam previstas para começarem as 20:30, fazendo necessário encurtar os repertórios, porém isso não abalou o ânimo dos presentes.

Contortion l Death Metal l Califórnia/EUA

Os californianos Contortion, iniciam seu show às 21:37. O trio, se apresenta de forma um pouco diferente, trajando roupa social e gravata, trazendo um diferencial e contraste ao seu estilo, que possui elementos de Thrash, Groove e Metalcore, dispensando rótulos e criando uma identidade única.

A banda conseguiu cativar o público que estava tímido no início do show. O vocalista Brian quebrou o gelo, falando: “Vocês podem chegar mais perto, eu não mordo, a não ser que vocês me paguem pra isso.” Assim as pessoas foram se aproximando mais e se sentindo mais à vontade pra apreciar o show.

Apesar da banda ter feito um show mais curto do que o esperado, Contortion agradou demais ao público, tanto com sua música e estilo único, quanto com a simpatia e bom humor do trio.

Fotos: Thales Silva
Texto: Luana Ouriques

 

Malevolent Creation l Death Metal l NY/EUA

Exatamente as 22:30, Malevolent Creation sobe ao palco e recebe uma recepção calorosa do público que estava muito ansioso pelo show.

A banda se apresentou em formato de trio, pois o guitarrista e fundador Phil Fasciana está afastado no momento por questões de saúde. Mesmo assim, Malevolent Creation fez um trabalho incrível: um destaque ao guitarrista Chris Canella, que sozinho, fez o trabalho de guitarra base e principal, apresentando palhetadas agressivas, rápidas e muito técnicas. Eu tive a oportunidade de presenciar a performance bem de perto e realmente me impressionou muito o jeito que Chris toca.

O atual vocalista e  baixista Jesse Jolly, que está na banda desde 2024, fez uma ótima performance, com vocal bruto e muita velocidade e precisão no baixo. Ele interagiu com o público e agradeceu algumas vezes, mencionando o nome “Florianópolis” de forma bem clara.

O baterista Ron Parmer é assustadoramente veloz e técnico e chamou muito atenção de quem estava ali presente. A banda tocou clássicos como Premature Burial, Slaughter of Innocence e Coronation of Our Domain, deixando o público aquecido pra puxar um mosh atrás do outro, não deixando espaço para monotonia. O show durou exatamente 1 hora e encerrou pontualmente as 23:30.

Setlist: Eve of the Apocalypse, Premature Burial, Coronation of Our Domain, Dominated Resurgency, Slaughter of Innocence, Infernal Desire, Living in Fear, Homicidal Rant, Carnivorous Misgivings, Multiple Stab Wounds, Kill Zone, Alliance or War, SlaughterHouse, Manic Demise, Blood Brothers

Fotos: Thales Silva
Texto: Luana Ouriques

Krisiun l Death Metal l Ijuí/RS

O headliner Krisiun, abre o show pontualmente às 00:00, com a música Kings of Killing.

A expectativa para todo show do Krisiun é sempre muito alta, porque o trio é simplesmente insano e se supera a cada apresentação. O público, como de costume, recebeu calorosamente  a banda, com muito mosh. Teve até ‘Crowd Surfing’: algo inesperado, se tratando de um local pequeno, como o Célula, para a prática.

O vocalista Alex, como sempre, interagiu muito com o público, sempre agradecendo e enaltecendo o quanto o apoio e carinho dos fãs é importante pra banda e pra cena, afirmando que sem isso, o Krisiun não teria acontecido. Em um momento ele falou sobre o apreço que o Krisiun tem pelo Sul, principalmente com os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde brincou de forma carinhosa, dizendo que todos somos gaúchos, pois somos um só.

A técnica e performance dos músicos é algo que dispensa comentários. Cada um executa seu instrumento de forma tão natural e com maestria, que se torna orgânico, dando a impressão que já nasceram com o gutural, as cordas e as baquetas em suas mãos. Um Death Metal brutal, executado num nível muito absurdo e fora da curva. Não é a toa que o Krisiun conquistou o mundo e ganhou seu lugar ao lado de bandas gringas, pois eles não deixam a desejar nem por um segundo. A banda com certeza  é o nosso maior orgulho e patrimônio da cena extrema BR.

Muitos clássicos foram tocados, como Serpent Messiah, Blood of Lions e Combustion InfernoA banda encerra com chave de ouro, com Black Force Domain, executando exatos 1:15 de puro ódio, brutalidade e velocidade.

Setlist: Kings of Killing, Ravager, Endless Madness Descends, Scourge of the Enthroned
Necronomical, Messiah’s Abomination, Serpent Messiah, Blood of Lions, Conquerors of Armageddon, Combustion Inferno, Black Force Domain

Fotos: Thales Silva
Texto: Luana Ouriques