Domingo, horário inicial 16 horas, dia ensolarado, aquela preguiça que só um domingo pode proporcionar…. Aí você entra no facebook pra dar aquela olhada nos aniversariantes do dia (sim, esse é meu segredo!) e vê que há alguns dias o horário foi alterado para 18:30 (abertura da casa).



Comecemos essa cobertura com esse detalhe: Divulgação péssima e super fraca, isso foi esquisito. Depois de minha querida vózinha ter ganhado 2 horas da minha presença (domingo é dia de visitar a vó, quem nega?), bora pro evento. A casa fica na região central de SP, região obviamente de fácil acesso, é o mesmo prédio do antigo Gillan´s Inn, o segundo endereço que o bar teve.




Atualmente, o Vic Club é uma casa voltada para o público LGBT e de acordo com o site, é a nova promessa da noite paulistana.  Eu conheci a casa quando era Gillan´s, cheguei a tocar nesse palco e devo dizer, está com uma qualidade de som, iluminação e estrutura muito boa! O Gillan´s já era sensacional, mas agora conseguiu ficar ainda melhor. 




Vamos ao evento: Abertura das portas 19 horas, meia horinha de atraso, pessoal das portas estava realmente perdido, e apesar de a fila estar minúscula, houve bagunça para entrar. 19:20 a banda Delta já estava preparada e bora pro show!




A banda Delta faz um som bastante interessante de prog metal que sem dúvidas agradou o público. Músicos bem preparados, com composições bacanas e um forte carisma. Infelizmente o som estava falhando constantemente ao longo da apresentação, mas mesmo assim os chilenos não se intimidaram e nos proporcionaram um bom espetáculo.





Delta é:
Nicolas Quinteros – Teclados
Benjamín Lechuga – Guitarras
Marcos Sánches – Baixo
Andrés Rojas – Bateria
Caroline Nickels – Voz



O set list foi curtinho mas mostrou do que a banda é capaz:


Crashbreaker
Desire Within
Alone
Who I am



Ao fim do show, Vassilios (baterista do Rage), que estava ao lado do palco o tempo todo acompanhando a banda Delta, simplesmente foi pra banqueta, passou o som, checou o disparador de VS e os roadies deram a contagem de 5 minutos para o Rage entrar no palco. Sim, isso mesmo, não houve troca de equipamento nem nada. Banda de abertura usou os mesmos amplificadores, bateria e tudo mais da banda principal. Apenas guitarra e baixo foram substituídos, obviamente.

O tempo de troca de banda foi otimizado em no mínimo 150% com essa atitude! Estão de parabéns. Mesmos roadies, mesmo técnico, tudo igual.




20:10 enquanto o som ambiente ainda estava rolando, começa a introdução do show do Rage, roadie sai correndo pra pedir pro técnico da mesa desligar o som ambiente, fica uma certa cacofonia e pronto, tudo certo, banda no palco, hora de começar. Música de entrada, Justify, som cristalino, volume ideal, impecável, trio absurdamente carismático, sorridente, realmente um espetáculo bonito de se ver.





O interessante de assistir um Trio é que a atenção é mais fácil de ser dividida entre todos os músicos, é bacana ver como a banda se vira ao vivo, com apenas uma guitarra e tal, você fica esperando abrir um “buraco” no som em uma base do solo ou coisa assim, mas os caras são muito feras e não deixam a peteca cair por nenhum instante sequer.




Banda apenas tocando, sem falar nada até a quinta música, quando Mr. Peavy resolve falar um pouco, agradece imensamente, e chama Nevermore, chamando o público pra junto dele e tome mais música! Depois desse ponto ele passa a se comunicar mais, apresenta todas as músicas, fala da época em que foram lançadas, e depois de apenas 10 músicas dá tchau e sai do palco. Foi meio rápido pra já ser o encore, menos de 50 minutos de show… esquisito.




Luzes apagadas, público esperando, eles voltam, baterista toma a frente, recebe do público uma bandeira da Grécia, tudo muito bacana (mas ainda estou preocupado com o show, quero mais músicas) e a banda volta com Higher than the sky, um super clássico, refrão cantado milhões de vezes pelo público, señor Marcos Rodriguez no meio da música vai pro microfone e acontece um interpole com Heaven and Hell e Holy Diver, impressionando a todos com sua voz de Dio, realmente fantástico, voltam pra música inicial e……….. acabou.




É… 11 músicas, 1 horinha de palco. Deixaram aquele gostinho de quero mais… mas o que rolou foi muito bem feito, muito bom mesmo!




E assim foi Rage no brasil, esperamos que num próximo eles façam um show mais longo…





Rage é:
Peavy Wagner – Baixo e Voz
Marcos Rodriguez – Guitarra
Vassilios “Lucky” Maniatopoulos – Bateria

SetList:
Justify
Sent by the Devil
From the Cradle to the Grave
Season of the Black
Nevermore
Deep in the Blackest Hole
End of All Days
The Price of War
Blackened Karma
Don’t Fear The Winter
Encore:
Higher Than the Sky / Heaven and Hell / Holy Diver / Higher Than the Sky