Sinceramente ao ouvir todo o EP por diversas vezes inclusive, não consigo ver essas canções com o Huaska, são músicas mais nuas e cruas, algo que foge muito da proposta do Huaska. Temos pitadas do Rock Alternativo, passamos pelo Rock ‘n Roll, passamos pelo Rock Clássico e uma pitada de Rock puro e moderno. Mas algo em comum com o Huaska são as letras, muito bem pregadas e impostas dando ênfase total ao mesclar e incluindo-as com as melodias.
Os vocais dos músicos, Rafael Laguna e de Ricardo Bocci são incríveis, os caras conseguiram aderir ao espirito do projeto “Divago” proposto por Carlos Milhomem. Elejo como minha favorita a segunda música do tracklist, “Único”, a música chama a atenção pela forma desenvolvida e com a calma em que ela é cantada, duas faixas depos em “El Eternauta” temos aquele arrepio de lembrar dos tempos do Viper com Ricardo Bocci, aquele vocal tipico que jamais será inesquecível.
Acho que quem não conhecia Capim Maluco e viu a performance do vocal Rafael Laguna neste disco, com certeza aguçou a curiosidade para conhecer a banda (falo isto por mim também), linhas vocais muito bem executadas nas músicas “Difícil” e “Desperdício”, principalmente com a primeira citada, pois um vocal grave e rouco na introdução e surpreendentemente um vocal limpo e bem afinado durante as estrofes seguintes, também tenho que destacar a bateria nas músicas “Difícil” e “Único” pois se destacam muito, sem firulas, apenas com a objetividade e simplicidade.
“Resto do Fim” se tonará uma relíquia, sem dúvidas alguma, pois reúne grandes nomes, grandes músicos e músicas geniais. Fico na torcida que o projeto “Divago” se torne a banda “Divago” pois esses caras fazem um som espetacular juntos. Desde quando me foi apresentado para estar presente na Coletânea O SubSolo Vol. 1, fiquei em êxtase. Um som calmo, contagiante, que lhe passa boas energias, ótimas letras e uma melodia viajante.
Fabio Thomazi