Confesso que uma das coisas que mais me anima em fazer parte d’O SubSolo é o lado de conhecer muitas bandas novas e ótimas. É o caso do In Soulitary. Com o CD “Confinement” em mãos pude descobrir essa banda sensacional de São Paulo, e ouvir não apenas uma ou duas vezes, mas várias vezes esse disco incrível. Traz um metal melódico e pesado, com guitarras lindas e brutais, vocais rasgados e poderosos, e todos os outros instrumentos devidamente alinhados.

A fantástica obra da capa de “Confinement”
Se dizem que é a primeira impressão é a que fica, então a banda começa muito bem com a arte do encarte. A capa é sombria e bela, despertando de cara interesse no que iremos ouvir pela frente. Por dentro do lyric book encontramos trechos de livros e poemas que inspiraram a banda, o que mostra uma riqueza muito grande na composição das canções, que alias, tem sua temática voltada nas grandes histórias contadas ao longo dos anos.
O disco começa com uma curta introdução, chamada “Burning Tso”, seguida da paulada “Hollow”, que abre o disco com tudo. O destaque pra mim vem em “Written to Life”, onde a banda deixa clara de onde vem todas suas inspirações letristicas. Na letra, é citado diversos escritores renomados e peças de suas obras, que foram “escritas para a vida”. É uma música sensacional que conquista principalmente os headbangers apaixonados por leitura.
A banda demonstra seu potencial instrumental ao longo das músicas. São doze faixas onde podemos ouvir o baixo muito bem, dando um grave poderoso nas músicas, acompanhado de uma bateria pesada também. Outro ponto a se destacar é a presença muito bem colocada do teclado, que faz um fundo muito rico nas canções. Tudo isso define a banda, como ela mesma se denomina, “heavy metal com algo a mais”, pois é dificil rotular o som apresentado pela banda, o que é bom, pois vemos surgir algo original e único.
A oitava faixa também chama muito a atenção. “Ministry of Truth” é uma música muito forte, com um refrão marcante e riffs incríveis. Alias, o “ministério da verdade” da obra 1984, de George Owell, foi citado na “Written to Life”, o que me leva a creer que tenha sido a maior inspiração na composição desse álbum.
Outra faixa que se destaca é “The Key”, que traz uma melodia mais calma, acompanhada da linda voz da vocalista convidada Lan Weiss. No entanto, a tranquilidade vai tomando peso aos poucos até o retorno do vocal de Marcel Briani. É uma linda música, muito bem trabalhada em todos seus momentos e instrumentos.
Ao final, além das 12 faixas citadas no encarte, ainda há um bônus aos que ficarem até o final. Pude ver, através do site oficial da banda, que a faixa bonus se chama “The Infamous Great War Ballad of the Hilarious InSoulitary Pirate Wich is Always Drunk as Hell”. Um título no mínimo cômico e curioso, que dá nome a uma faixa que é um tanto inusitada também. “E assim, este capítulo termina”, como podemos ler na penúltima página do lyric book.
É um disco excepcional ao meu ver. Me deu gosto ouvir e re-ouvir ele várias vezes, principalmente por suas letras, com temáticas muito bem exploradas e ricas. Por ser um disco de 2014, creio que em breve estaremos vendo coisa nova da In Soulitary, e torço para que seja em breve. 
TRACKLIST:
1. Burning Tsa
2. Hollow
3. Written to Life
4. Behind the Rows
5. Mouth of Madness
6. River of Souls
7. Devil’s Playground
8. Ministry of Truth
9. Raven King
10. The Key
11. Deep Fear
12. True Religion
Bônus. The Infamous Great War Ballad of the Hilarious InSoulitary Pirate Wich is Always Drunk as Hell
FORMAÇÃO:
Marcel Briani – vocais
Danny Schneider – guitarra
Rafael Pacheco – guitarra
Elder Oliveira – contra-baixo
Andre Bortolai – teclado
Matthew Liles – bateria
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Onde há espaço para escrever, tenha certeza que irei deixar minhas palavras. Foi assim que me tornei letrista, escritor e roteirista, ainda transformando minha paixão por música em uma atividade para a vida. Nos palcos, sou baixista da Dark New Farm, e fora deles, redator graduado em Publicidade e Propaganda para o que surgir pela frente.