Início Destaque Resenha: Moralis – Póstuma (2020)

Resenha: Moralis – Póstuma (2020)

Resenhar material lançado em 2020 é algo interessante e convidativo. É legal analisar o que foi feito pelas bandas no período de confinamento, como que as coisas foram resolvidas e etc.
 
 
 
O material da Póstuma chegou em formato digital (sensacional) e já me cativou com a capa do EP. A arte te deixa na dúvida se o material é um disco, um jogo ou um filme. A única certeza é que seja lá o que for, é MUITO bem feito!
 
A banda é de São Paulo e foi formada em 2017, o EP é curtinho, só 4 músicas, e eu ainda não sei se devo ficar feliz ou triste com isso (rs).
 
Bora ouvir a primeira música, Prometheus
 
Eu vi as fotos da banda e eu adoro tentar adivinhar como deve ser o som só de ver as fotos. Ok, me julguem, mas é divertido! O que eu percebi pelas fotos é que se tratava de algo moderno, nada preso ao passado.
 
A música começa com uma real paulada da moleira, tudo muito bem equilibrado, bem gravado. Os arranjos são bem trabalhados e estão presentes na música toda, não é aquele tipo de música que você ouve e enxerga algum tipo de simplicidade. Tudo está bem pensado e cheio de identidade.
 
Vamos pra faixa 2, Redemption – Intro de bateria, riff poderoso e destaque para as guitarras muito bem harmonizadas e trabalhando com total entrosamento. O que eu mais gosto nesse estilo auto-intitulado Death Metal Melódico, é que tudo é possível, tudo é permitido, nada precisa seguir padrões. A música tem nuances, agressividade, partes melodiosas, enfim, é completa em todos os sentidos.
 
Eu estava sentindo falta do baixo até aqui, mas no meio de Redemption tem um bonito arranjo de baixo bem evidente para os (assim como eu) amantes do baixo.
 
Faixa 3, Minerva – O tema lírico sempre é algo que eu gosto de explorar, e de acordo com o release da banda, as temáticas são existencialistas, questionadoras e carregadas de filosofias. Isso muito me interessa. Músicas com nomes de deuses e afins são bastante questionadores. Parece que estou triste de já estar na faixa 3 e o disco só ter4… Destaque para as dobras de guitarra e o interlúdio cheio de arranjos Speed Metal.
 
Última faixa, Gaya  música mais calminha do ep mas não deixa de ser um sabugo! Eu gostei da performance de todos da banda, o material soa muito coeso e cheio de detalhes que merecem uma ouvida mais detalhada posteriormente. Gaya tem riffs poderosos e cheios de ataque. Essa agressividade realmente me cativa e me faz querer ouvir mais.
 
Eu sempre evito comparações entre bandas, apesar de saber que é inevitável. Não faremos nenhum tipo de comparação e seremos felizes, a banda é realmente boa, soa perfeitamente bem e dá pra ouvir o bom entrosamento dos músicos.
 
TRACKLIST:
01) Prometheus
02) Redemption
03) Minerva
04) Gaya
 
FORMAÇÃO
Bia da Aldea – vocal
Júlio Alves- guitarra
Rodrigo Batista– guitarra
Diego Carmelo Bob – baixo
Murilo Pasqualino – bateria
 
Tecladista desde cedo, produtor musical, atua exclusivamente na área musical com bandas, aulas e estúdio.