(Bruno Polengo)
O The Bombers é uma banda de punk rock formada em Santos em 1995. Recentemente os integrantes se trancaram em estúdio para produzir o seu novo disco, inteiramente em português, quando na metade do processo, foram surpreendidos pela pandemia causada pelo Covid19.
A banda decidiu dar uma pausa no processo de gravação do álbum e iniciou um novo projeto, com novas músicas e inteiramente criado à distância.Desse processo, surgiu Bumerangue, um EP com 6 faixas inéditas marcando a estreia do novo baixista da banda, RaulSignorini (Sick Dogs in Trouble) e a volta do baterista da formação original, Estefan Ferreira.
Além disso, o The Bombers executa seu novo trabalho em uma Live pela Mutante Rádio em parceria com a Bode Preto Produções. Conversamos então com o nosso amigo Matheus Krempel. O vocalista inicia nos contando de cara sobre o novo EP:
“O nosso novo EP se chama Bumerangue, basicamente por ser uma brisa nossa (ou minha), sobre o fato do Bombers sempre ir e voltar atacando com a mesma intensidade.Também tem a ver com o fato deste ser o primeiro lançamento inédito com a volta do Estefan na bateria e do Bombers cantando em português.”
O time musical The Bombers tem na formação o guitarrista Gustavo Trivela, o baixista Raul Signorini e o baterista Estefan Ferreira. Dentre remanescentes e novatos, a produção não para como nos conta o vocalista Matheus Krempel:
“Nunca fomos tão produtivos quanto nos últimos meses. Nossa resposta a toda essa questão da pandemia foi aceitar as restrições de isolamento e aprender a trabalhar a distância. Esse novo trabalho foi composto, pensado, criado e gravado à distância. Desde Abril já lançamos vídeos, versões acústicas, participamos de diversos bate papos em formato de lives e participamos da Live juntos pela Vila Gilda, que foi uma live beneficente que contou com a participação de diversos artistas como o Gilberto Gil, Capital Inicial, Me First and The Gimme Gimmes onde apresentando algumas canções inéditas e uma versão de um som do Bruno Thadeu, um artista de Santos.”
O vocalista segue em um papo descontraído, nos contanto as particularidades da banda e suas misturas sinérgicas musicais:
“Dois virginianos, um canceriano e um aquariano com bastante amor pela música e muita cara de pau. A banda é um Frankenstein eclético. O Trivela escuta muito afrobeat e música regional brasileira, o Estefan curte uns sons mais pesados e o Raul é chegado em rock n’ roll clássico. Eu acho que as minhas maiores influências são o Tim Armstrong (Rancid), Vic Ruggiero (The Slackers) e o Ginger Wildheart (The Wildhearts).”
Matheus Krempel é direto ao falar sobre o mainstream do Rock:
“No rock? Pensa em um miojo requentado no microondas, com uma latinha de seleta sendo servido em um jantar à luz de velas. “
Chegamos ao final da conversa agradecendo a atenção da banda conosco, e ela nos apresenta o seu cartão de visitas para os fãs apreciarem, e ficarem ansiosos pela Live na Mutante Rádio:
“Com certeza a faixa “Ardendo em Chamas”, que é o abre alas do nosso novo ep. A letra basicamente fala sobre a forma que encontramos para lidar com toda essa questão de ansiedade, depressão e que em meio a toda essa questão da pandemia e o isolamento social se tornaram mais graves. É sobre buscar ser a flecha e não o alvo. Infelizmente, depressão e ansiedade nos perseguem todos os dias. Então se for para ser o alvo, que seja correndo em zigue zague para não ser pego ao invés de ficar parado sendo uma presa fácil.”
Você confere a faixa “Ardendo em Chamas” no lançamento do novo EP, com isso disponibilizamos uma produção da banda nestes dias de afastamento social devido ao COVID-19: