A importância do Iron Maiden para o Heavy Metal mundial é como a vida na terra sem água. Mesmo que você não goste, graças a eles muitas bandas surgiram. “Senjutsu” seu 17° álbum de estúdio vem para quem sabe finalizar uma Era. Um álbum que gerou muita expectativa e comoção entre os fãs da música pesada.
Pois o clima de despedida dos ingleses já veem a algum tempo, mas agora aproxima-se mais do que nunca. Um álbum duplo com mais de 1h de duração, uma viagem musical sem limites de criatividade e sem medo da opinião alheia, fazendo exatamente o que queriam dentro do estúdio.
O apelo milenar na temática e letras trazem um apreço a mais, já que, “Senjutsu” soa obscuro, denso e em alguns momentos melancólico. Não que isso não traga qualidade, mas os sinais de despedida estão ali, ao meio de todo o talento musical nesses mais de 40 anos de história.
A faixa n° 6 do disco – “The Time Machine” – traz uma mensagem muito interessante, onde expressa que nós somos máquinas do tempo, que tudo que vivemos é tão importante e audacioso quanto ao que almejamos. Muitas vezes não valorizamos a nossa estrada e vivencia e perdemos de ver o quanto somos grandiosos e o quanto já desbravamos a vida. Um belo paralelo entre o que já somos com o que gostaríamos que fossemos, tendo o esquecimento da jornada neste meio tempo.
O apelo histórico da cultura oriental é tão presente, que soa praticamente como um manuscrito do livro “A Arte da Guerra”, que, bem interpretado soa tão atual quanto as letras de “Senjutsu” podendo se encaixar em diversas partes de nossas vidas.
Se for uma despedida é realmente um “gran finale”!