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História & Metal – Young Voice of the Holocaust – Anne Frank – (Perc3ption) #15

O Perc3ption, em pouco mais de uma década de existência, alcançou o nobre posto de uma das bandas mais relevantes do cenário Prog/Power Nacional.

Com uma carreira sólida baseada especialmente em seus dois primeiros excelentes álbuns de estúdio, lançados em 2013 e 2016, o Perc3ption, formado por Kleber Ramalho nos vocais, Glauco Barros e o estreante Vandré Nascimento nas guitarras, Wellington Consoli no baixo e Alessandro Kelvin na bateria, chegou em 2023 ao seu terceiro álbum de estúdio, que vem sendo aclamado pelo público e pela crítica nacional e internacional como o melhor trabalho da banda até então.

Além da grandiosidade de suas composições, os temas abordados pela banda em suas letras são absolutamente relevantes, indo de personagens icônicos como Desmond Doss e Ernest Shackleton, passando pelas teorias de Viktor Frankl, pela obra de Van Gogh e por momentos marcantes da Segunda Guerra Mundial.

Ouça o álbum abaixo:

Em uma dessas músicas, Young Voice of the Holocaust, um épico de mais de 8 minutos, o Perc3ption nos apresenta a história de Anne Frank, que iremos explorar mais profundamente através desta matéria.

“Dear friend, I hope I can tell you everything. More than I ever told. Cause paper has more patience than people. Where is God when we need him the most?”.

“Querido amigo, espero poder contar-lhe tudo. Mais do que eu já contei. Porque o papel tem mais paciência do que as pessoas. Onde está Deus quando mais precisamos dele?”.

Durante sombria época da Segunda Guerra Mundial, uma voz emergiu do esconderijo, atravessando o tempo e a intolerância para tocar corações ao redor do mundo. Anne Frank, uma adolescente judia alemã, transformou sua experiência de reclusão e perseguição nazista em palavras que ecoam até hoje. Seu diário, um testemunho vívido e emocionante das agruras e esperanças enfrentadas por sua família e amigos durante os anos de ocultação, capturou a essência da resistência e da humanidade.

“My father told me. We have to move before they come. We’ll have to live. Hidden and quietly in a secret place”.

“Meu pai me disse. Temos que nos mover antes que eles venham. Teremos que viver. Escondido e silenciosamente em um lugar secreto”.

Anne Frank foi uma jovem judia alemã que se tornou conhecida mundialmente por seu diário, escrito durante os anos em que ela e sua família se esconderam dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1942, Anne, juntamente com sua família e outra família judia, encontrou refúgio em um anexo secreto em Amsterdã para escapar da brutalidade nazista. Durante os dois anos de isolamento, Anne documentou seus pensamentos, medos e sonhos em seu diário, que se tornaria um relato pungente da vida cotidiana sob o jugo do Holocausto. Seus relatos detalhados da convivência tensa, a busca por normalidade e os momentos de alegria e amor revelam uma perspectiva única da época.

“An oppressive silence hangs around this hiding place. In the darkness of my thoughts I imagine a life without fear. I feel like a bird whose wings have been ripped out. But who continues to throw himself against the bars”.

“Um silêncio opressivo paira sobre este esconderijo. Na escuridão dos meus pensamentos imagino uma vida sem medo. Eu me sinto como um pássaro cujas asas foram arrancadas. Mas quem continua se jogando contra as grades”.

A tragédia atingiu em 1944, quando o esconderijo foi traído e Anne Frank foi capturada pelos nazistas. Apesar de sua prisão e subsequente deportação para campos de concentração, o espírito resiliente de Anne continuou a brilhar.

“I still believe, in spite of everything, that people are truly good. I don’t think of all the misery, the beauty that still remains, still prevails”.

“Ainda acredito, apesar de tudo, que as pessoas são realmente boas. Não penso em toda a miséria, na beleza que ainda permanece, ainda prevalece”.

Infelizmente, Anne não sobreviveu aos horrores de Bergen-Belsen, mas seu legado persiste através de seu diário, publicado por seu pai, Otto Frank, após o fim da guerra. Hoje, a Casa de Anne Frank, em Amsterdã, é um museu que preserva sua memória e promove a conscientização sobre os perigos do ódio, preconceito e discriminação.

A história de Anne Frank transcende sua própria vida, servindo como uma lembrança poderosa das consequências da intolerância e do poder duradouro da empatia. Seu diário continua a inspirar gerações a lutarem por um mundo onde a diversidade seja celebrada e onde a história nunca se repita. Anne Frank, a voz silenciada pela injustiça, permanece viva através das palavras que moldaram o curso da história e reforçam a importância de manter viva a memória do Holocausto.

“I see the world being slowly turn into insanity. I hear the approaching thunder that one day will destroy us too. When I look up at the sky I somehow feel that everything. Will change for the better, that peace will return once more”.

“Eu vejo o mundo sendo lentamente se transformando em insanidade. Eu ouço o trovão que se aproxima e que um dia nos destruirá também. Quando olho para o céu, de alguma forma sinto que tudo. Mudará para melhor, que a paz retornará mais uma vez”.

Saiba mais sobre a banda e acompanhe todas as suas novidades através do Instagram @perc3ptionband e @hellyeah_music. O álbum e a camiseta da banda podem ser adquiridos através do site https://perc3ption.com/store/art-in-extreme-situations-pre-venda/

A Hell Yeah Music Company surgiu em 2020 a partir do sonho de dois amigos, Luis Fernando Ribeiro e Leandro Abrantes, que se conheceram há 15 anos por meio do Heavy Metal e tomaram-no como trilha sonora de suas vidas e matéria prima de sua arte. Respeito, valorização, criatividade e amor pelo que fazemos são nossos pilares. A #HYMC nasceu para quebrar padrões, ignorar estereótipos e dar suporte às bandas brasileiras que compartilham do mesmo sonho que nós. Baseada em Florianópolis, SC, a Hell Yeah atende bandas de todo o Brasil e de Portugal. Hell Yeah Music Company, música como experiência.