A lenda vida, e para este que vos escreve o melhor guitarrista de todos os tempos, David Gilmour, anunciou nesta quarta-feira (24 de abril) via redes sociais, a chegada de um novo disco de estúdio.
Intitulado Luck And Strange, o novo petardo do icônico ex-Pink Floyd fora gravado em um período de cinco meses em Brighton e Londres, tendo a produção do disco assinada pelo produtor Charlie Andrew, conhecido principalmente pelo trabalho com o ALT-J e Marika Hackman.
Sobre a escolha de Andrew, Gilmour comentou:
“Convidamos o Charlie para vir à casa, então ele veio e ouviu algumas demos, e disse coisas como ‘Bem, por que precisa haver um solo de guitarra ali?’ e ‘Todos eles desvanecem? Não podem apenas terminar alguns deles?’. Ele tem uma maravilhosa falta de conhecimento ou respeito pelo meu passado. Ele é muito direto e de forma alguma intimidado, e eu adoro isso. Isso é tão bom para mim porque a última coisa que você quer são pessoas apenas concordando com você.”
Na parte lírica, Gilmour contou com a parceira de longa data e esposa, Polly Sampson. Sobre o processo de composição do álbum e temáticas que aborda, ela revela:
“É escrito a partir do ponto de vista de alguém mais velho; a mortalidade é constante. Passamos muito tempo durante e após o confinamento conversando e refletindo sobre esse tipo de coisas.”
Sampson ainda ressalta a colaboração do produtor para o processo criativo, descrevendo a experiência como libertadora:
“Ele quer saber do que as músicas se tratam, ele quer que todos que estão tocando nelas tenham as ideias que estão na letra informando sua execução. Eu particularmente o adorei por esse motivo.”
Ao todo, o sucessor de Rattle That Lock (2015) contará com nove faixas, sendo uma delas, um cover para Between the Points, do grupo Indie Pop The Montgolfier Brothers, tendo a participação dos filhos de David, Romany e Gabriel Gilmour.
Já a arte da capa, fora concebida por outra lenda, o fotógrafo e designer Anton Corbijn, criador da icônica capa do atemporal disco de estreia do Joy Division, Unknown Pleasures (1979). A ideia por trás do conceito da arte é inspirada em uma letra escrita por Charlie Gilmour para a última música do álbum, Scattered.
Sobre trabalhar em família em Luck and Strange, David diz:
“Polly e eu estamos escrevendo juntos há mais de trinta anos, e as transmissões ao vivo do Von Trapped mostraram a ótima combinação da voz e da harpa da Romany. Isso nos levou a uma sensação de jogar fora parte do passado ao qual eu me sentia preso, e que eu poderia descartar essas regras e fazer o que eu quisesse. Isso tem sido uma alegria imensa.”
E a cereja do bolo, se não o pedaço mais apetitoso, fica a cargo da faixa título, que trará à tona novamente, os teclados do saudoso e igualmente lendário, Richard Wright. A música derivou-se de uma jam na casa de Gilmour em 2007.
Ao lado do guitarrista, participam também os baixistas Guy Pratt e Tom Herbert, Adam Betts, Steve Gadd e Steve DiStanislao na bateria, Rob Gentry e Roger Eno nos teclados, com arranjos de cordas e corais por Will Gardner.
O Primeiro single do trabalho, que chega em 06 de setembro, The Piper’s Call, já está disponível nas principais plataformas de streaming. Luck And Strange será lançado via Sony Music, notícia não muito boa para os amantes da boa e velha mídia física, levando em consideração que a empresa abandonou o mercado fonográfico brasileiro em 2021…
01. Black Cat
02. Luck and Strange
03. The Piper’s Call
04. A Single Spark
05. Vita Brevis
06. Between Two Points
07. Dark and Velvet Nights
08. Sings
09. Scattered