Nos dias 15 e 16 de fevereiro, Otacílio Costa tremeu com mais um Otacílio Rock Festival.

Indo para sua 14ª edição, teve como tema da camisa oficial o slogan “14 anos fazendo a cena acontecer”. E de fato, faz jus a este, pois como é sabido de uma parcela majoritária dos headbangers, o mês de fevereiro já é data reservada para curtir o fest na serra catarinense.

O SUBSOLO | COBERTURA | 14º OTACÍLIO ROCK FESTIVAL 2020



Este ano com dois dias de evento, parece que as bandas foram escolhidas a dedo, tanto pela qualidade dos trabalhos apresentados quanto pelos estilos. Tivemos Heavy Metal, Thrash Metal, Death Metal, Hard Rock, acid Rock e Folk Metal, incluindo uma atração internacional.
A cada ano que passa, percebemos uma maturidade maior por parte da organização, que mostra profissionalismo e engajamento com o público. A nossa equipe chegou cedo, já no sábado de manha para acompanhar o movimento e trazer os acontecimentos para você, leitor!


OVERBLACK

O SUBSOLO | COBERTURA | 14º OTACÍLIO ROCK FESTIVAL
Foto por Agenda Metal


Após um reposicionamento na cena e o recente lançamento do seu disco Still Burns, Overblack ganha cada vez mais visibilidade nos eventos por onde passa.


Com a nova formação após o ingresso de César Rahn (baixos), Jhonny Muniz (bateria) e Paulo Borget (guitarra e vocais) mandaram um Thrash Metal de respeito pra abrir o evento com o peso que a galera merece. Pontualmente às 14:00 do sábado, a banda já estava a postos, bem como o público frente ao palco, sedento por metal aguardando o início das apresentações.
Houve mosh de sobra durante a apresentação das músicas do álbum Still Burns, o qual trata de temas que podem ser interpretados tanto como histórias de guerras, quanto batalhas do cotidiano.
Por: Sidney Oss Emer


VOLKMORT


O SUBSOLO | COBERTURA | 14º OTACÍLIO ROCK FESTIVAL
Foto por Agenda Metal


Em uma conversa informal com o vocalista Dunkel Traum, brincamos que, por ser uma tarde ensolarada, quando Volkmort subisse ao palco, o céu poderia escurecer para deixar o clima mais “Doom”. E não é que foi isso que aconteceu? 


Deathos (Panzer Bass), Unorthodox (Death Guitar) Necro Abhorrence (Unholy Guitars) Sepulchral (Grave Drums) ao lado de Dunkel Traum (Flagéllum Vocal) subiram ao palco, como de costume, a equipe de iluminação “tenebrizou” o ambiente do galpão e as nuvens se encarregaram do resto. A interpretação no palco já é uma marca registrada da banda que há quase 20 anos traz o peso do Doom Metal arrastado pelos palcos onde passa. Muita técnica e imersão nas músicas apresentadas.
Por: Sidney Oss Emer


SUBURBAN BASTARDS


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Foto por Agenda Metal
Carregados com uma energia e com uma simpatia admirável, no palco Alvaro Mena (vocais), Marcelo Marecos (guitarras), Sergio Torales (guitarras), Vanessa Torales (baixos) e Daniel Salinas (bateria) desceram a porrada numa mistura de Punk Rock com as principais vertentes do metal tradicional. O resultado é um som pesado, agressivo, rápido e com corpo. O que rendeu mosh em todas as músicas. Muita presença de palco e interação com o público pode ser percebida pelos músicos, que procuravam não apenas tocar o som, mas estar presentes e curtir o próprio som com a galera.
Por: Sidney Oss Emer


SLAMMER


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Foto por Agenda Metal


Não deixando baixar a poeira, Slammer que já é conhecida por sua agressividade e brutalidade nos palcos, chegou botando ordem na casa (ou desordem, depende do ponto de vista). Tendo o Heavy Metal como estilo principal para suas composições, o power trio adiciona volumosas doses brutais de metal, ora Death, ora Black. E o resultado é uma porradaria sonora que mantém a roda do mosh acesa durante sua permanência no palco.


Compõe Slammer: Urso (vaixos, vocais), Jairo (bateria), Zema (guitarra).
Por: Sidney Oss Emer


AS THE PALACES BURN


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Foto por Agenda Metal


A união de músicos extremamente talentosos pode gerar um super grupo ou um super choque de egos, e o projeto morrer na praia. Por nossa sorte: Diego Bittencourt (guitarras), Alyson Garcia (vocais), André Schneider (baixo),  Gilson Naspolini (bateria) se enquadram na primeira categoria e não tem problema algum apontar a banda de Criciúma como um super grupo, já tinha tido essa impressão ao ouvir o trabalho de estreia End’evour mas nunca tinha conferido eles ao vivo até esse OTA, e ai me arrependi por não ter os visto ao vivo antes. Com uma pegada extremamente técnica, e melódica, suas musicas ao vivo ganham mais punch como as fantásticas The Devil’s Hand e I tried e para finalizar (First take like a motherfucker!) Domination do Pantera para botar fogo nos mosh, impossível não virar fã.Por: Harley Caires



SYNTZ


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Foto por Agenda Metal


Com a responsabilidade de manter a quebraceira, antes de uma das headliners, Syn TZ foi uma ótima escolha. Mais uma banda que apesar de ter o gênero denominado como Heavy Metal, todos os que a conhecem sabem que seu estilo é único e inconfundível. Grande presença de palco e energia de sobra pra fazer os headbangers caírem no mosh e agitar do início ao fim do show. Como de costume, Jay Heart (vocais) desce do palco e coleta a participação do público em Headbanger, passando o microfone para a galera mandar aquele agudão do Heavy Metal.


Compõe Syn TZ: Jay Heart (vocais), Marco A. G. (guitarras), Edu Beeck (baixos), Junior Vormehlen (bateria).
Por: Sidney Oss Emer


DROWNED


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Foto por Agenda Metal


Ao lado do Korzus essa era uma das banda que mais estava a fim de conferir ao vivo, desde a época do lançamento dos seus primeiros registros, Bonegrinder Back to Hell, sempre me cativou o Death/Thrash desenvolvido pela banda que em trabalhos como By the Grace of Evil e Bio Violence chegaram a uma sonoridade ímpar com altas doses de extremismo e originalidade. Nessa apresentação que faz parte da turnê do álbum 7th, fomos presenteados com um best of da carreira dos mineiros, que aproveitaram a data do Otacílio rock festival para lançar nas plataformas virtuais o registro Damned Alive, e muito desse trabalho podemos conferir ao vivo, o fato da Drowned estar atualmente com três guitarras deu um brilho especial tanto para as faixas mais recentes como The Bitter art of Detestation, e The Violent March of Chaos, para as mais clássicas como Back From Hell, ak 47 e a minha favorita (que foi muito bom ver sendo tocada) Bio violence. Minas Gerais a muito tempo foi e sempre será o berço de grandes nomes da música extrema nacional e o Drowned carrega essa bandeira com total dedicação e orgulho, uma das melhores apresentações do festival sem dúvida.Por: Harley Caires



ARMORED DAWN


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Foto por Agenda Metal


Carregar o título de banda revelação do Metal nacional, é além de um batia orgulho uma responsabilidade, e a Armored Dawn está ciente do seu papel para a construção e o profissionalismo do Heavy Metal no Brasil. Isso fica evidente assistindo uma apresentação da banda ao vivo, toda a estrutura que eles trazem consigo, desde indumentária até equipamentos e todo esse cuidado reflete e faz com que eles possuam uma legião de seguidores fiéis. Só foram os primeiros acordes invadirem o ota que foi possível ver um grande número de headbangers cantando letra por letra, agitando e curtindo o show como poucas vezes a gente presencia, faixas como RagnarokViking Zoombie, Beware of the Dragon fez a alegria dos fãs e convenceu até os fãs de metal mais extremo (me incluo nesse time).Por: Harley Caires



CARCINOSI


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Foto por Agenda Metal


Quem observa o Underground extremo nacional deve lembrar o estrago que as demos: Hyperdimension e Transfigured in Cancerous Atrocities causaram nos ouvidos dos bangers e a responsável por tais ofensas (no bom sentido é obvio) por tais registros subia no palco do OTA, marcando uma nova fase da banda que começou com o lançamento do single Deiceved em 2018 e culmina no trabalho Resumption, e esse retorno é muito comemorado pelos fãs de música extrema pois o Metal da morte praticado pela Carcinosi é técnico, agressivo e com as doses certas de melodia, arrisco me a dizer que eles conseguiram chegar em um nível de impor a sua sonoridade, você ouve musicas como: Insurrection , e Reverse Rebuild e já consegue dizer isso é Carcinosi.Por: Harley Caires



HOLLOW


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Foto por Agenda Metal


Uma banda em evolução constante, assim podemos definir a Hollow , conheci a banda no trabalho Spirit Soldier, uma pancada, que mostrava elementos de Metal moderno, com vocais absurdos de pesado, porém quando veio Downfall o salto de qualidade foi gritante, não que a banda fosse ruim mas aqui eles encontraram a sua sonoridade o que me fez curtir muito a apresentação ao vivo, misturando no set esses dois trabalhos tivemos faixas como Spirit Soldier, Its real, Downfall com vocais gritados e solos de guitarra cortantes , o pessoal que ficou de madrugada para ver a banda teve seu pescoço castigado quem foi dormir infelizmente perdeu.Por: Harley Caires



DEADNATION


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Foto por Agenda Metal
Chegando ao seu terceiro ano de estrada e nas vésperas de lançar o seu primeiro debut , a Deadnation não se intimidou com o horário e fez com que seu metal da morte da velha escola chegasse para todos, além de ser uma banda coesa com músicos com passagem por várias bandas importantes da região sul , e nítido ver que eles se encontraram na proposta como banda , e por isso tocam como muita pegada, faltava na cena um grupo que reverenciasse a velha escola sueca de nomes como Emtombed e Dismember, mas se engana quem pensa que estamos perante uma cópia. Sons como Braindead, e Redrum só deram uma amostra do que está por vir, death bangers não perdem por esperar.
Por: Harley Caires

Confira a segunda parte da cobertura clocando aqui.
Especialista em cybersegurança, acordeonista e tecladista. Entusiasta de fotografia, já foi fotógrafo e redator nos projetos Virus Rock e Opus Creat. Não limitado a um subgênero do metal, tem como preferências: folk metal, doom/sinfônico, death metal, black metal, heavy metal. Gaúcho de coração, valoriza a cultura tradicionalista gaudéria, a qual inspira suas composições nas bandas em que toca. Interesses globais: Música, ciência, tecnologia, história e pão de alho.