Eis que então fomos convidados a nos deslocarmos até a cidade da neve, para cobrir um evento único para a região. O primeiro São Joaquim Rock Festival foi em um lugar fechado, com um público lotado e sedento por Rock/Metal. Mas para o segundo, nem só de Rock vive os festivais, e sim de arte e isso, teve de sobra em todo o evento.

O local escolhido foi a concha acústica da Praça João Ribeiro e foram selecionadas quatro bandas, a anfitriã, ASoM e a também joaquinense Opala, a lageana Groove Haze e vindo de longe de Nova Fazenda/SC, a Dark New Farm.

Chegando no local, fomos informados que a ASoM teve problemas internos e não participaria do evento, sendo adiado em duas horas o previsto para as outras bandas terem mais tempo. Com um pouco de atraso e enrolação na passagem de som, a Opala foi a primeira banda a subir no palco, se demonstrou tímida mas com talento musical muito grande. Destaque para o vocalista e guitarrista, Douglas Porto, que é um excelente instrumentista e tem uma voz impecável. Ficou um pouco estranho algumas músicas com violão e o baterista Herik Melo ficava um pouco preso enquanto cantava, mas por outro lado, cantava muito bem e isso fez muito a diferença.
Ai vem a vez da Groove Haze subir no palco e trazer sua psicodelia, e com ela, a chuva forte e com a chuva a vontade impressionante do publico de não ir embora e curtir o show na chuva. Groove Haze dispõem de percussão e teclado, o que da uma característica única até para as versões que apresentam, saindo até um glorioso Tim Maia groovado. A energia dos integrantes transpareceu para o publico e isso fez com que a chuva, fosse apenas um detalhe no evento, de nada atrapalhou, afastou apenas os que não estavam ali de coração.


Vinda de longe, Dark New Farm subiu ao palco com sangue no olho, nem a chuva era capaz de frear a destruição que viria a seguir. Montagem de palco não durou nem cinco minutos e os berros de Harley já chamava a atenção, sem pensar duas vezes, iniciaram a apresentação com o clássico Roots do Sepultura, dali pra frente o caos estava começando a ser formado, o publico saiu de baixo das tendas e foram para a frente do palco. A chuva? Virou uma gota d’água perto de tanta vontade de fazer um show memorável. No final da apresentação o publico foi convidado a subir no palco e você fica com o registro dessa foto:


Concluímos que foi um festival bem pensado, com exposições, praça enfeitada com fitas e muita diversão. Que venha um terceiro evento e que não tenha fim, os joaquinenses amantes do Rock/Metal, merecem ter o que curtir, pois assim com trabalho de formiguinha, o Rock/Metal nunca morrerá!
Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.