Estive presente no sábado (22/10) na casa Fabrique Club para acompanhar a apresentação do Alestorm. De imediato afirmo que é a primeira vez que estive presente na casa para ver algum show, que fica na Barra Funda em São Paulo com início pelas 18hs.
Vale lembrar que eu gosto bastante dessa banda, que eu assisti aos shows anteriores e que esta foi minha terceira vez os assistindo.
Abertura da casa no horário programado, arrecadação de alimento bacana, uma pilha imensa de itens a serem posteriormente doados, nota 10!
As coisas um pouco mais apressadas do que o de costume, perdemos a apresentação do Matador, banda nacional que vem recebendo grande destaque na mídia e estava ansioso pela apresentação.
Iniciando minha noite com a segunda banda, InnerForce, diretamente da Argentina, tocaram super bem, com garra, músicas muito boas, por sinal. O som dos caras começou bastante prejudicado por conta da casa. Não deu pra entender direito se o problema era o técnico lutando com o equipamento ou se era a acústica da casa, mas o som estava uma emboleira só!
Assisti com preocupação, mas os caras fizeram de tudo para que o público os acompanhasse mesmo sabendo que o som estava bagunçado. Foi unânime a aprovação do público e eu adorei ver e sentir que a banda não foi maltratada e sim, acolhida. Bem sabemos que brasileiro (falo pelos paulistas) tem um preconceito deveras chato com argentinos e que uma banda de abertura (que já tem uma enorme chance de ser hostilizada) vindo do país vizinho poderia ter sido alvo de chacota.
Bom, a banda desceu do palco, eu fui comprar um pouco de álcool e o palco ganhou a forma necessária para que a banda principal se apresentasse. Todo mundo sabe que é impossível fazer um bom show sem um pato gigante no palco, certo?
Rapidamente o som foi passado, algumas músicas peculiares foram tocadas pelo som da casa, e a banda subiu. Vejam bem, o som foi passado rapidamente mas foi conferido. Certamente antes de a casa abrir o som também deve ter sido passado (eu espero).
Quando o show começou, a impressão que dava era que o técnico de som tropeçou e deslizou todos os faders da mesa para cima. Tudo estava alto pra caramba e descontroladamente sem definição.
Primeira música a banda demonstrou estranheza, porém a partir da terceira parece que nos retornos de palco tudo se alinhou, pois os caras entregaram o show como de costume. O problema é que para o público, o som continuou absurdamente sem condições.
Retornando ao início do texto, eu assisti ao Alestorm outras duas vezes, tanto com a formação original quanto com a atual. Os caras são músicos de alto nível apesar da postura sempre piadista e divertido que a banda assume, são experientes em diversas tours ao redor do globo, outras bandas em que tocam também, ninguém ali é marinheiro de primeira viagem.
Inclusive o técnico de som!
Minhas fichas serão apostadas no fato de a casa não ter o equipamento necessário para atender bandas e no final, o som foi prejudicado por conta desse fato. Enfim, o show seguiu, muitas piadas, brincadeiras, risadas, todo mundo se diverte.
Entre a música 2 e 3 houve um problema com a caixa da bateria, que levou alguns minutos para ser resolvido. Durante a espera, teclado e guitarra começam a brincar com um improviso e foi bastante interessante de acompanhar a brincadeira deles. Tocaram a terceira música e novamente a caixa caiu e o roadie precisou trabalhar duro para resolver. Problema surge – Roadie dá o sangue – Problema resolvido. Nota 10
Musicalmente falando, a técnica é impecável e a banda tem muito carisma.
Achei que os VS’s (elementos gravados diferentes de playback, apenas complementares e não substitutivos) foram um pouco exagerados na busca de entregar as músicas mais próximas do que se ouve nas gravações e isso, na minha sempre humilde opinião, tira um bocado da coisa orgânica e visceral que eu gosto de ver em shows.
Em suma, não vou dizer que o evento foi ruim, Alestorm não tem erro, é sempre muito legal poder vê-los. Ao final do show, Cris performa um Stage Dive e é levado para a rua (!!!!) onde fica bebendo e tirando fotos com todos (sim, TODOS) que quiseram fazê-lo. Na saída do evento também encontrei com os argentinos da InnerForce conversando, tirando fotos e esbanjando simpatia com todos que quiseram conversar com eles.
Segue set list do evento
1. Keelhauled
2. Treasure Chest Party Quest
3. Mexico
4. Magellan’s Expedition
5. The Sunk’n Norwegian
6. Shipwrecked
7. Seventh Rum of a Seventh Rum
8. Alestorm
9. Come to Brazil
10. Hangover
11. Zombies Ate My Pirate Ship
12. Nancy the Tavern Wench
13. Rumpelkombo
14. P.A.R.T.Y.
15. Captain Morgan’s Revenge
16. Shit Boat (No Fans)
17. Encore
18. Drink
19. Pirate Metal Drinking Crew
20. Fucked With an Anchor
Agradecimentos especiais ao veículo Metal na Lata pela contribuição com as fotos, do excelente fotógrafo Belmison Santos.