Em algum lugar de Gotham (Blumenau) City, se encontra localizada a Mansão Wayne, que abriu suas portas no dia 15 de novembro para a realização da primeira edição do Blumenoise: Blumenoise VOL, 1, organizado pela Bruxa Verde Produções.
A Mansão Wayne Estúdio Bar, que serve como estúdio de música – sala de ensaio para as bandas, esta vez serviu de palco para 5 bandas de Metal nacional com apresentações monstruosas e insanas, cedendo seus espaços para a confraternização dos metaleiros fiéis em cada rolê, no que foi um festival de peso.
Elephantüs | Stoner/Doom | Blumenau/SC
Era cedo ainda, quando a Elephantus encontrava-se fazendo o esquenta, nas proximidades da Mansão Wayne, se preparando para abrir fogos e detonar no palco essa noite. Às 18:15 a banda iniciou o show, trazendo ritmos brasileiros somados a uma pegada oriental, a banda que conta com apenas dois integrantes: Andrei e Marcelo e uma brutal predominância e versatilidade instrumental.
O Andrei agradeceu o Mateus da Bruxa Verde, que não estava presente no evento, mas fez o corre acontecer. E para fechar com chave de ouro, a banda fez sua saideira tocando uma faixa que será seu próximo single: Super Sapiens Sapiens.
Formação: Andrei Mamede (bateria), Marcelo Maus (voz, baixo)
Platoon | Thrash Metal | Manaus/AM
A segunda banda a tocar foi a Platoon às 19:40, a banda demorou bastante para começar a tocar, porém não houve indícios de dificuldades técnicas. A Platoon, que literalmente cruzou o continente, percorreu pouco mais de 4 mil quilômetros para nos presentear com seu mais puro Thrash Metal.
Com destaque para o baixo grooveado, e com seus solos de guitarra rápidos e virtuosos, a banda nos deu um show de pura brutalidade, apesar de ter sido um show para apenas 20 headbangers, (como se fosse uma espécie de espetáculo de camarote). Entre as faixas tocadas pela Platoon, com maior destaque, se encontram: Hell Comando introduzida ao som de Prelude of Warrior Sous e Pelotão da Morte.
Formação: Emerson Sousa (baixo), Junior War (bateria), Jean Monstrinho (guitarra), Elderson Oliveira (guitarra), Peixoto War (voz)
Antroforce | Heavy Metal | Carapicuíba/SP
Diretamente de Carapicuíba (zona oeste de São Paulo), o trio paulista da Antroforce, ativo desde finais de 2006, veio para fazer parte deste festival. O Antroforce foi a terceira banda da noite, assumindo o palco às 20:40 com seu Thrash Metal oitentista, com letras em português e com seu baixo com escalas bem trabalhadas, guitarra com riffs rápidos e pesados e uma bateria violenta que não mediu esforços em fazer barulho.
A banda também expressou seu agradecimento ao organizador do Blumenoise VOL, 1, pelo convite, e aproveitou para apresentar seu som novo: A Fortaleza.
Formação: Laerte (guitarra, voz), Fry (baixo), Ivan (bateria)
Pacta Corvina | Blackened Thrash Metal | Rio Grande/RS
O Pacta Corvina, que já de início conseguiu capturar a atenção dos presentes com sua intro peculiar, fazendo com que as conversas e as cervejas ficassem para depois; pois aquele som gerou a urgência em quem se encontrava do lado de fora, para correr ao palco e ver o que estava prestes a acontecer.
Era às 21:40h e o Pacta Corvina com seu Blackened Thrash e com suas muitas características de Doom, veio nos trazer umas poderosas mensagens, o foco: Fogo nos racistas, e seus diferenciados audios em espanhol correndo no fundo com notícias sobre a igreja católica e sobre o abuso infantil, claramente mostraram que a banda possui um posicionamento e uma mensagem a transmitir.
Também houve agradecimento por parte da banda a todas as bandas do rolê e à organização do evento.
Formação: Fernando Giacobbo (baixo), Guilherme Giacobbo (guitarra), Tiago Corrêa (bateria)
Evil Syndicate | Death/Thrash Metal | Manaus/AM
O sonho de todo headbanger “maduro” é terminar um rolê cedo para voltar para o aconchego do lar. Sendo assim, um pouco antes das 23:00 entrava no palco a 5ª e última banda do evento. Tudo isso graças ao feriado, que possibilitou que o público pudesse chegar mais cedo para apreciar.
Evil Syndicate, também oriunda de Manaus/AM, cruzou o país, literalmente de norte a sul para trazer o seu Thrash Metal cru e sem frescura. Guitarras carregadas de raiva em riffs que ora são lentos, ora extremamente agressivos, juntamente com a bateria cadenciada e de presença constante, combinam com os poderosos vocais. Destaque para Skull and Bones, que chama para uma satisfatória marcha diretamente para o inferno.
Formação: Marcelo Immbrizi (baixo), Miguel Feitosa (voz), Marlon Lacerda (guitarra), Braythener Ventilari (bateria), Anderson Souza (guitarra)
Análise técnica
ESTRUTURA: O local de fácil acesso, localizado no coração de Victor konder, na Rua Dr. Sapelt, onde antes funcionava uma escola, e hoje é sede da Mansão Wayne. O local conta com mesas na área externa, mesas de sinuca, banheiro feminino e masculino, e pelo seu pequeno tamanho, oferece uma ótima acomodação, contando até mesmo com um confortável sofá ao lado do bar.
SOM E LUZ: Por ser um ambiente mais focado em estúdio de ensaio, a estrutura de iluminação é estática no centro, contendo uma fita de leds ao lado palco e uma contra-luz lateral vermelha para a bateria. Salvo ajustes em tempo de execução, o que é normal em qualquer evento, todas as bandas tiveram sua apresentação com sonoridade limpa, não apresentando nenhum contratempo que chamasse a atenção.
HORÁRIOS: O horário de abertura estava pautado para as 16h, e 18h o showtime, sendo que a primeira banda se apresentou às 18:15h, e o festival transcorreu de forma normal sem atrasos ou alterações nos horários das apresentações.
CAST: O cast reuniu 5 bandas de Metal nacional bem diversificadas, com sons variando entre Death/Thrash Metal, Heavy Metal, Stoner Doom, Thrash Metal, Blackened Thrash Metal.
4 das 5 bandas que faziam parte do line-up eram de fora da Região Sul, Antroforce (Carapicuíba/SP), Platoon e Evil Syndicate da cidade de Manaus/AM, (que tocaram junto em uma mini-tour pela primeira vez no Sul). Pacta Corvina da cidade do Rio Grande/RS, e o duo blumenauense, Elephantus.
BAR COZINHA: O lugar disponibilizou durante o evento uma grande variedade de bebidas, que incluíam drinks como Cuba – um dos favoritos da noite – além de um leque de diversas marcas e tamanhos de cervejas para todos os gostos e necessidades, contando até com garrafas de 1 litro.
Na sua primeira edição, o Blumenoise atraiu o público headbanger de Blumenau e região, que aproveitou o feriado para curtir com os amigos, tomar aquela gelada e curtir um som Underground. Algo interessante de se observar foi o entrosamento entre as bandas que trocaram figurinhas, entre uma apresentação e outra, venderam seu merchan e se elogiaram mutuamente no palco, mostrando como a cena continua unida. Resta agora aguardar pelas próximas edições.