Não sei se todos sabem, mas entrei no blog com o intuito de escreve sobre o Punk Rock/Hardcore. Quem entende um pouquinho de música (acredito que todos que leiam o blog) vai entender que o Braza carrega muito disto.
Ao chegar no evento estranhei o pouco público ali presente, e ao conversar com o Rafael Toldo(organizador), estava tudo dentro do esperado porém o local era grande. Mas nada mudou, foi muito bem escolhido o local, trouxe toda a vibe positiva das bandas que ali se apresentaram. Bali Hai, repleto de natureza e pessoas de bem.
As bandas Green Pepper e O Mundo Analógico abriram a noite. Green Pepper foi a primeira e veio com um repertório todo de cover, aquecendo o pessoal que estava muito quieto e receoso. Logo em seguida veio o O Mundo Analógico, estreando suas novas músicas do novo CD “O Recomeço de Tudo” e ainda tocando os clássicos do primeiro álbum “Nosso Mundo”. A galera se soltou, cantou, agitou, pulou, e estavam prontos para a subida do Braza ao palco. O.M.A sempre faz shows contagiantes, eu particularmente adoro o show deles e me divirto muito.
Lá pelas 01:30 de Sábado, o Braza veio ao palco com uma simplicidade gigante, passando pelo público que não chegou a reconhece-los, exceto eu, que vi e dei um salve pro Danilo (guitarra e voz) que respondeu na mesma moeda. O show começa numa energia sem tamanho com um dos hits do primeiro CD, a música “Embrasa”, que trouxe uma polêmica criada pela banda mesmo, se sentindo mal ao colocar uma mulher rebolando a “bunda” no clipe. Na época, a banda sentiu estar ofendendo as mulheres por conta da opressão que sofrem da sociedade e apagou o clipe. Editou e republicou sem a mulher rebolando, com um texto explicando: “Não vemos problemas em reconhecer um equívoco, voltar atrás e mudar de ideia. Nem em “perder” os “views” que o clipe já tinha.” O público então se aproximou do palco, cantou junto, dançou e pulou com os cariocas.
É incrível como a banda consegue unir tantos instrumentos e fazer melodias perfeitas, misturando Reggae, Jazz, Rock, Samba, e tantos outros ritmos. Impossível olhar para o Braza e não lembrar de hits cariocas, seja do funk, pagode ou hardcore.
A versatilidade e entretimento com o público fez a galera ir a loucura, Vitor Isensee muitas vezes largou os teclados e foi cantar, afinal, muitas músicas do primeiro CD ou do segundo ele gravou e assim executa nos shows. Lá pro meio do show a música “We Are Terceiro Mundo” é tocada e o Bali Hai vem abaixo, a banda solicita que a galera abra uma roda e a o pedido foi atendido. Uma Roda Punk enorme foi aberta e todo mundo se quebrou e se divertiu. Inclusive as “mina”.
Se encaminhando pro final, o maior hit da banda “Segue O Baile” é executado e todos cantam muito alto, sem exceção. Eles emplacaram essa música na Malhação (programa para jovens da TV Globo) e tiveram um sucesso imensurável. Com um conteúdo brasileiro e carioca, o clipe de “Segue O Baile” já alcançou 1.451.150 visualizações no You Tube (https://www.youtube.com/watch?v=iQSkfPg8AF4). Por fim, eles tocaram “Ela Me Chamou Para Dançar Um Ragga” que para mim é a melhor música do álbum novo.
Fiquei muito feliz de poder ver mais uma vez o show deles. Apesar da saudade do “Forfun”, o Braza ocupa muito bem esse espaço, dando um novo rumo e diversão para a vida de todos.
Ainda rolou um encontro no camarim, fotos, vídeos, autógrafos, tudo muito simples mas de coração. Afinal, assim é o brasileiro. Isso é BRAZA!
Queria agradecer mais uma vez ao Rafael Toldo por toda assistência no evento. Espero que essa parceria dure e tu continue a trazer ótimos shows para a city. Dalhe!