Em comemoração aos 7 anos de existência, a Bruxa Verde Produções, em conjunto com a Brado Records e Underground Scream, organizou mais uma edição do festival do selo Bruxa Verde. Foi uma celebração em alto nível, proporcionando, na gelada e chuvosa noite de domingo, 08 de junho, uma verdadeira concentração de headbangers na Belvedere Casa da Cultura, em Curitiba, tudo para detonar com o melhor do Metal da Morte em um domingão brutal e extremo.

Ethel Hunter, Orthostat, Voorish e Vazio foram as responsáveis por esse bailinho letal em uma noite tétrica.

Com apoio de: Rock Pinheiro, Trajano Records, Zoom Discos, O SubSolo e Underground Extremo, a festa foi de peso.

Ethel Hunter | Death Metal | Curitiba/PR

O quarteto encarregado de abrir fogo é uma banda local de Death Metal. Sua vocalista, a linda, carismática e enérgica Larissa Pires, deu uma baita aula de empoderamento feminino como frontwoman da formação, com seus poderosos guturais e forte presença de palco. Antes de finalizar o show, a banda agradeceu ao público presente e convidou todos a seguirem nas redes sociais. No repertório, incluíram a faixa: Passage to Death, o mais recente lançamento da banda.

Formação: Oliveira Rodrigo Borges (baixo), Gerson Watanabe (guitarra), Weliton Lisboa (bateria), Larissa Pires (voz)

Setlist: Feel the Dirty, Unbearable Duel, Ignoble Redemption, Witness to Darkness, Vile Disturbance, Depths of the…, Uncertainty of Existing, Flesh Blood, An Unleashed Desire, Passage to Death, Nomade

Review: Karla Sweden
Fotos: Chris Alfredo

Orthostat | Death Metal | Jaraguá do Sul/SC

Assim que entrei na casa de show, corri para localizar o stand de merch, com a urgência de quem não quer deixar dúvidas de qual banda está indo apoiar. Em seguida, comprei minha camiseta da Orthostat e já vesti ali mesmo. Por volta das 20h40, subiu ao palco minha banda estrela da noite: a Orthostat, dando aula de como se faz verdadeiro Death Metal. É sempre um prazer assistir à banda, com suas composições complexas e temas diferenciados, música para verdadeiros apreciadores, ao melhor estilo “Conservatório do caos”.

Assim que a banda entrou no palco, me virei e disse: “Eu AMO eles”. E Scarlet respondeu: “E eu amo ele”, apontando para o baixista Eduardo, seu esposo. Estávamos ali, eu, Thais e Scarlet, minhas novas amigas de rolê, ao pé do palco, enquanto o fervo acontecia atrás de nós, todos os headbangers batendo cabeça. O mais puro Death Metal, com classe. Músicos que admiro e respeito demais, com a sempre impecável presença de palco da banda.

A Orthostat agradeceu ao público por comparecer em pleno domingo chuvoso. A plateia respondeu de forma bem humorada: “Ninguém morreu!”. O repertório incluiu nove faixas (incluindo a intro), e o caos reinou com o som pesado. Músicas do primeiro álbum como: Gravity, ajudaram na avançada satânica. O guitarrista Rudolph agradeceu às bandas que dividiram o palco naquela noite e também ao público que saiu de casa para apoiar o Underground em vez de ficar em casa de conchinha. Também agradeceu a quem comprou ingressos, dizendo que isso fortalece as bandas e apoia “a bancada satânica”.

Após o show, a banda se reuniu no stand de merch, acompanhados de suas esposas, sempre presentes, vendendo camisetas, agora com modelo disponíveis em várias cores.

Recentemente, a banda lançou o tema Alchemical Veritas, um Split entre a Orthostat e a banda Precipício, que já se encontra disponível em todas as plataformas digitais de streaming. Anunciado no Instagram oficial da banda, lançado pela @bradorecord com apoio da @sfpresspr:

“A obra conceitual explora visões distintas, porém complementares, sobre a busca pelo conhecimento. Enquanto a Precipício mergulha na alquimia como manifestação filosófica e artística, evocando temas do ocultismo e da sabedoria esotérica, a Orthostat apresenta sua tradicional abordagem centrada em verdades absolutas, amparadas por leis imutáveis do universo. Um Death Metal técnico e lógico, onde a existência é moldada pela razão.”

Produção: @_orthostat, @precipiciodeathmetal e @daniel.stiegler79

Un saludo especial para el guapo vocalista. ❤️

Formação: David Lake (voz), Rudolph Hille (guitarra), Eduardo Rochinski (baixo), Igor Thomaz (bateria)

Setlist: Intro, Heat Death, Nothingness, Entropy, Hydrogen, Qetesh, Gravity, Chemistry, Ambaxtoi

Review: Karla Sweden
Fotos: Chris Alfredo

Voorish | Black Metal | Florianópolis/SC

A banda de Black Metal, que já havia tocado com o Vazio em Florianópolis, veio para a segunda data da turnê pelo sul. Foi a terceira banda da noite. Após algumas dificuldades com o baixo, que precisaram de socorro imediato do roadie, o show foi temporariamente interrompido depois das faixas Dark Ages e Over My Hands. O problema foi resolvido provisoriamente, e a banda seguiu para o final do set sem maiores contratempos. Profissionalismo de sempre, performance impecável e, claro, com seu característico corpse paint, que, dessa vez, não vi sendo feito no banheiro feminino, rs.

Ao fim do show, a banda pediu ao público para não se dispersar, para poderem tirar uma foto coletiva no palco.

Formação: Scepticismi (baixo), Umbra (bateria), Devil (voz), Dolorthornus (guitarra)

Setlist: Pray, Satan’s Fall, You Are Nothing, Dark Ages, Right Way, Over My Hands, My Feelings, Make It Real

Review: Karla Sweden
Fotos: Chris Alfredo

Vazio | Black Metal | São Paulo/SP

A banda paulista, um dos nomes mais icônicos do Black Metal nacional, promove seu mais recente lançamento: o álbum Necrocosmos, considerado um divisor de águas na carreira da banda.

O submundo chamou, e eles responderam ao chamado, retornando após três anos para uma mini-turnê. A jornada começou em Florianópolis, onde também tocaram ao lado do Voorish.

Para encerrar a noite de rituais com chave de ouro, o Vazio foi a banda que obteve a resposta mais intensa do público, que se rendeu ao peso dos riffs, provocando o único mosh da noite e uma verdadeira epidemia de bate-cabeça. Quem não foi, perdeu o melhor show de Black Metal.

“Não há luz onde pisamos, só destruição, resistência e som extremo.”

Formação: Renato Gimenez (voz, guitarra), Daniel Vecchi (bateria), Eric Nefus (guitarra) e Nilson Slaughter (baixo)

Review: Karla Sweden
Fotos: Chris Alfredo

Das ilhas do Caribe. Una chica sin filtros e de opiniões impopulares. Licenciada em Design Gráfico com Pós-graduação em Docência no Ensino Superior. Atualmente Designer Gráfico Freelancer - Espanhol Nativo - English as a Second Language - Amante do café, literatura (História, biografias, romance literário) Rock/Metal e uma boa companhia. Ϟ Música é a minha terapia. "I love getting pretty & listening to violent music."︎ ✷ Stay Metal