A noite estava caindo sobre Belo Horizonte, quando a banda Contortion iniciou sua apresentação. Abrindo os trabalhos no Mister Rock para um público ainda tímido, mas que se ambientou logo ao poder dos riffs rápidos e vocal agressivo dos californianos. O Contortion se apresentou em trio formado por Brian Stone (vocal e guitarra), Spencer Strange (guitarra) e Jason Engols (bateria). Apesar da ausência do baixista diminuir a densidade do som, eles fizeram um show feroz e muito competente. Vale a pena conferir o trabalho deles.
Fotos Cortotion por Luiz Figueiredo.
Encerrado o primeiro ato da noite, o palco se preparava para a apresentação teatral do Paradise In Flames. Tocando em casa, a banda mineira de Black Metal fez um show com muitos elementos cênicos, uma imagem grandiosa no telão ao fundo e ossos e caveiras na frente dos pedestais. O som pesado se entrelaça muito bem com o teclado, assim como os vocais guturais se conectam perfeitamente às passagens mais líricas interpretadas pela vocalista Nienna.
O Paradise In Flames está em turnê do seu último disco: Blindness, tocando por todo o Brasil. Vai também para Colômbia (com Vitimas e Hate) e Japão (com Marduk) ainda este ano.
Chegava às 20 horas e era o momento do primeiro headliner começar seu show. O Malevolent Creation, ao contrário do que se esperava, veio para a turnê brasileira sem seu líder Phil Fasciana. As datas da turnê foram remanejadas para privilegiar uma logística mais adequada à condição de saúde do guitarrista e fundador da banda, mas ele foi recomendado por médicos a não se arriscar. Uma pena, mas compreensivo diante do ocorrido.
O baixista e vocalista Jesse Jolly comandou a banda no palco mandando clássico atrás de clássico. O repertório foi praticamente todo montado com base nos discos dos anos 1990, com destaque para músicas como Multiple Stab Wounds, Living in Fear, Eve of The Apocalypse que abriu o show e Blood Brothers, rápida e brutal que fechou a apresentação. Foi um show muito legal, pois, mesmo sem o líder da banda, os músicos são todos experientes e se dedicaram em entregar um espetáculo a altura do que o Malevolent Creation representa para o fã de Death Metal.
Fotos Malevolent Creation por Jhone Santos
Para completar o domingo brutal, nenhuma banda melhor que o Krisiun para a missão. Uma vez que os norte-americanos do Malevolent Creation executam um Death com mais variações de tempo, blast beats combinados com passagens mais cadenciadas, o Krisiun se dedica ao som brutal constante. Estamos falando de um muro sonoro que desaba na nossa cabeça.
Logo de cara, o baixista e vocalista Alex Camargo anunciou que essa turnê é especial pela comemoração de 25 anos de lançamento do álbum Conquerors of Armageddon. Entretanto, o repertório foi diverso e rasgou praticamente todas as fases da carreira da banda e algumas músicas muito esperadas ficaram de fora, como a Soul Devourer e a própria Conquerors of Armageddon.
A banda agradeceu inúmeras vezes a presença das pessoas que compareceram e que eles gostam muito de tocar em Belo Horizonte e prestou a reverências à cena histórica do Metal Extremo da cidade, citando a presença do Gerald Minelli, baixista do Sarcófago, grande influência para o Krisiun.
Fotos Krisiun por Jhone Santos
Setlist:
MALEVOLENT CREATION: Eve of The Apocalypse, Premature Burial, Coronation of Our Domain, Dominated Resurgency, Slaughter of Innocence, Infernal Desire, Living in Fear, Homicidal Rant, Carnivorous Misgivings, Multiple Stab Wounds, Kill Zone, Alliance or War, Slaughterhouse, Manic Demise, Blood Brothers.
KRISIUN: Kings of Killing, Ravager, Endless Madness Descends, Scourge of the Enthroned, Necromonical, Messiah´s Abomination, Serpent Messiah, Descending Abomination, Combustion Inferno, Solo Max e Moyses, Blood of Lions, Bloodcraft, Hatred Inherit, Black Force Domain.
























































































































































