Final de ano chegando com grandes nomes do metal aportando em Belo Horizonte. A grande expectativa da noite era o Jinjer. O Brasil recebe pela terceira vez uma das bandas de metal mais aclamadas dos últimos anos. O Jinjer, que veio ao país em 2018 e 2022, retorna para sua turnê mais longa no país, com seis shows ao lado do Heaven Shall Burn.
O Jinjer tem em sua história a marca da superação; a banda de Metalcore, formada em 2018 na Ucrânia, passou por duas situações pesadas no momento de maior ascensão do grupo: o advento da pandemia de Covid-19, que impossibilitou a banda de excursionar para apresentações ao vivo, e também a guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. Em função da guerra, a banda foi impossibilitada de deixar o país por meses; apenas em junho eles conseguiram autorização do governo para deixar seu país e acabaram sendo reconhecidos como embaixadores da Ucrânia em turnê, que passou pela Europa e outros destinos. Na ocasião, tiveram apenas uma data no Brasil.
Na terça-feira de tempestade em BH, o que não desanimou o público que compareceu em grande número ao Mister Rock para presenciar o show. Acompanhando o Jinjer, vem a banda alemã Heaven Shall Burn, banda clássica da cena que se iniciou fazendo um Death Metal Melódico, mas que hoje se envereda pelos caminhos do Metalcore também, e de Belo Horizonte tivemos a estreia da banda Ammit, banda que traz uma pegada de Metal Moderno com elementos de DJENT e Música Eletrônica, explorando a temática de misticismo egípcio e ocultismo.
AMMIT: A primeira a se apresentar foi a Ammit, fazendo sua primeira apresentação ao vivo já abrindo para duas grandes bandas. A Ammit não decepcionou, entregou um show pesado. Os vocais de Giulia Roiz, alinhados à precisão da banda, surpreendem e, mesmo sendo nítido um certo nervosismo da banda (normal para uma estreia desse nível), a banda executou seu set trazendo muita energia. Uma grata surpresa, bem recebida pelo público, tem tudo para crescer muito ainda como uma grande banda da cena.
Heaven Shall Burn: Banda clássica, galera em êxtase. O Heaven Shall Burn chega a BH pronto para deixar os bangers destruídos. Desde o primeiro minuto, a intensidade impressiona. A energia dos músicos no palco é absurda, sinergia com o público logo de cara, clássico atrás de clássico. O Heaven Shall Burn deu aula, Marcus Bischoff alucinado, agitando e interagindo bastante com o público. Era nítido a alegria que os músicos demonstravam por estarem tocando em BH e pela recepção do público. O Heaven estava abrindo o show do Jinjer, mas poderia tranquilamente ter sido a headliner do evento. Muitos bangers com camisa da banda, muitos estavam ali para ver o Heaven Shall Burn. Foi um show épico, público que cantou da primeira à última música e, ao final do show, Marcus Bischoff ainda deu um “stage dive” no público, deixando a galera insana.
Jinjer: Mais ou menos meia hora depois, integrante por integrante vai entrando ao palco, levando o público ao delírio, até que Tatiana entra e o show se inicia já em uma intensidade absurda. Não à toa, Tatiana é tão querida e respeitada. Que energia, que voz, que presença. Ela toma o público nas mãos. Por vários momentos, o público gritava o nome dela, demonstrando todo carinho por ela. Vários moshs durante todo o show foram abertos. O show terminou com Pisces, e a banda saiu ovacionada do palco. O evento foi organizado pela Liberation, que mais uma vez entregou um serviço de grande qualidade.